Seven

4.2K 446 120
                                    

3/3

Deus nos fez um pro outro, e quando
Ele quer que duas pessoas fiquem juntas, ninguém pode impedir.

Continuation ...

Com a toalha em volta de sua cintura o garoto passava as mãos pelos cabides de seu guarda-roupa em busca de uma de suas melhores roupas, queria e passaria uma boa visão a sua garota, desejava que ela o visse como um homem e não como um garoto assim como os outros membros da matilha e até mesmo sua mãe. Seth não se considerava um perito em relacionamentos ou no amor, mas sabia que a aparência era algo crucial para um primeiro encontro. Talvez estivesse se precipitando demais, ao menos sabia se aquilo seria considerado um encontro ou se Jade abriria a porta para um tremendo desconhecido e isso o fazia querer da para trás, mas seu coração não permitiria. Seu lobo não permitiria.

— Aonde pensa que vai?

Disse Sue passando pela porta do quarto do filho com uma bandeja com comida em mãos, notando que todo seu esforço para mantê-lo dentro de casa era falho. A mulher observou ainda em pé próxima da porta seu filho ajeitar os cabelos em frente ao espelho grudado em seu guarda-roupa, sentindo seu coração doer um pouco. Seth estava crescendo mas a senhora nunca havia dado muita importância a isso, até o momento. Seu filho estava se tornando um homem, homem esse que estava prestes a ir de encontro ao seu destino com a cara e a coragem, sua expressão não demonstrava medo embora estivesse mesmo receoso de ir até lá. Seria uma passo importante.

— Não se preocupe, eu não vou chegar nela dizendo o que sinto e que tive um imprinting. Eu vou conquistar ela mãe, você vai ver.

  O sorriso do garoto transparecia esperança e isso reconfortou o coração da genitora que largou a bandeja em cima da pequena mesinha que tinha no quarto para que pudesse abraçar o filho como sinal de seu apoio, e antes de deixá-lo ir atrás de quem estava em seu caminho, selou a testa em incentivo o apoiando em sua decisão. Por mais que Sue não quisesse e temesse pela ida de seu filho atrás da jovem Jade, também não queria o ver desconcentrado ou doente pelos cantos por causa dela, pois sabia muito bem o que aqueles sentimentos poderiam causar. Não queria perder seu menino. Agora entendia o porque de ter a encontrado e ter gostado daquela moça. Com os olhos cheios de lágrimas o viu sair pela porta correndo e então suspirou pedindo para os Deuses não deixar com que aquela moça machucasse o coração de seu filho.

  Por mais rápido que fosse, o rapaz tinha a impressão que aquela estrada nunca acabaria, que nunca chegaria a casa da sua queria Dulcinéia. Seu coração parecia que sairia pela boca enquanto seu corpo estava mais quente do que o normal, aquilo tudo tinha um nome e um motivo. Estacionou a moto em frente a casa, desceu e colocou o capacete sobre o guidão segurando o pequeno buquê de amor-perfeito. Respirou fundo não pensando que ficaria tão nervoso em estar centímetros de distância de quem tirou seu sono, aquilo era insano, estava em choque.

"Oi, prazer sou o Seth. Te vi por aí... Não, ela não iria acredita."

  O transformo estava tão envolvidos em seus pensamentos que não notou uma pequena aproximando na porta, Jade carregava em suas mãos um de seus livros, esse o mais recente posto em sua pequena estante de livros na sala. "Starters". Junto dele vinha um bloco de anotação e uma caneca quentinha de café, o intuito principal era se sentar na mesinha que tinha naquela área antes de sua atenção ser totalmente direcionada ao rapaz que andava de um lado para o outro, ele aparentava está perdido, talvez desnorteado e então resolveu se aproximar mais da pequena escada, mas antes deixou as coisas sobre a mesa, apoiando sua mão no corrimão de madeira para ver o que se passava:

— Olá!

O mundo parou ali, parecia que o vento não tocava mais os cabelos negros da garota muito menos os pássaros cantavam dentro da floresta quando o viu se virar aos poucos e finalmente os olhares de encontraram. Para Jade aquilo era um choque, todo seu corpo sofreu com os arrepios do dejá-vu que teve, enquanto para Seth a moça parecia brilhar ao ponto de ofuscar as coisas que estavam ao seu redor. 

Tudo estava em câmera lenta, os pássaros que abandonavam a região antes da tempestade que estava para chegar viesse; a fumaça que saia da caneca de café. Tudo menos ela. Black estava certo, não era mais a gravidade que te prendia na terra e sim ela. A garota movimento a cabeça com leveza tentando afastar seus pensamentos e voltar a si. Tentando.

— No que posso ajudar? — Sua voz saiu falha, quase inaudível se não fosse a audição aguçada do garoto.

Assim como ela, Seth não esperava que fosse pego de surpresa, pretendia passar a visão de um homem e quem sabe até mesmo forçar um pouco a sua voz para sair em um tom galanteador, mas não! Estava ali parecendo um verdadeiro mongo encarando a menina tão linda e bela, seus olhos eram verdes que o fazia lembrar do imenso mar, mas não aquele que tocava as rochas da praia, mas sim aquele que nunca tiveras a oportunidade de conhecer, ainda. De certa forma tudo na aparência da garota lhe fazia lembra alguma coisa e só então notou que a sua perguntar não tinha sido respondida, tudo aquilo era culpa de seu fascínio.

— Eu encontrei você na floresta ontem, vim ver como está.

Ela ergueu um pouco mais o olhar e direção a quem acabarás de reponder interessada no assunto, pois agora quem poderia lhe tirar todas as dúvidas estava logo ali a sua frente, mas não foi isso que a fez olhar mais ainda pro garoto e sim o sorriso que ele deu no final da frase. Hicks sentiu um calorzinho no peito que a fez levar a destra até a região a tocando com delicadeza, uma sensação tão pura e gostosa tomou seu coração que por pouco não deixou um sorriso escapar, decidindo assim que não seria nada ruim convida-lo para entrar:

— Por favor, entre. Acho que o mínimo que posso te oferecer em agradecimento é uma xícara de café.

Ela sorriu buscando suas coisas em cima da mesa indo em direção a porta ainda aberta, passando para dentro da casa ouvindo a porta se fechar atrás de si segundos depois. Deixou suas coisas em seus devidos lugares, o livro voltou para a estante, o caderno para a pequena gaveta e o café quase gelado ficou em suas mãos após fazer sinal para que ele se sentasse e só então notou o pequeno buquê de flores nas mãos cheias de veias do rapaz que olhava cada canto da casa, como se quisesse gravar o local.

— Sua casa é muito bonita, e bastante grande. — Seth falou em um tom baixo, costume de sua voz. — A propósito trouxe isso aqui para você. — Ele se levantou estendendo o buquê em direção a garota. — Prazer, eu sou Seth.

Aquele sorriso. Aquele sorriso estava fazendo o corpo dolorido estremecer e seu coração ir tão rápido quanto o motor de um carro. Se sentia hipnotizada, fascinada em cada detalhe do rosto alheio. Os fios de cabelo jogado para trás em um curto topete, os brincos pequenos da cor negra que ressaltava a pele vermelha, a pinta no canto esquerdo da boca, boca rosada e bem desenhada e o sorriso tão brilhante e abnóxio. Tudo Isso a fazia se perder na beleza dele. Em reflexo de sua ação, deixou a caneca em cima da mesa de centro, apanhou o buquê com a mão direita e com a outra tocou os ombros largos se aproximando mais um pouco para o abraçar. Um ato mal pensando, mas recebido de bom agrado pelos dois.

— Prazer, Jade. Obrigado pela ajuda, e pelas flores. Elas são linda, eu amei.

A voz melodiosa fez com que ele a abraçasse também, sentindo a explosão de sentimentos dentro si. Se soubesse que a recepção seria tão boa daquela maneira tinha vindo o quanto antes, mas na verdade nenhum deles entendia a reação que seus corpos estavam tendo, era algo surreal e completamente estanho mas ao mesmo tempo tão gostoso. Jade gostou do carlozinho em seu peito e também a quentura do corpo alheio; Seth se apaixonou ainda mais pela sua metade, a inocência e o olhar dela lhe arrancava o chão. Sim, aquilo era mesmo paixão.

Notas: Como estão? Eu espero que bem. Acabamos a maratona, mas terá mais uma pela frente. Talvez amanhã tão não terá atualização, pretendo escrever alguns para deixar adiantado. Não esquece do voto e do comentário!

𝖮 𝗆𝗂𝗅𝖺𝗀𝗋𝖾  (𝗍𝗐𝗂𝗅𝗂𝗀𝗁𝗍) -- Em RevisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora