Twenty seven

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A morte não é nada para nós, pois, quando existimos, não existe a morte, e quando existe a morte, não existimos mais.

Forks - Wa January  08th 07:11 p.m

Tudo em seu corpo doía, braços, pernas e principalmente sua cabeça. A enfermeira não foi capaz de dar muitas informações e chegou a comentar que o dono da loja ficou de prestar queixa, mas para isso precisaria de sua concepção. Bem, ainda estava cogitando a ideia de fazer ou não. Não sabia se iria valer mesmo a pena ir procurar por aquelas garotas, evitaria mais vítimas, mas se elas iriam ficar presas só a justiça poderia dizer. Apesar de tudo ainda tentava manter o ânimo. No fundo tocava "say something" uma das suas canções favoritas e que a ajuda a esquecer toda aquela dor. Infelizmente os analgésicos estavam demorando um pouco para fazer efeito, mas isso não poderia a parar. Como diz seu pai, ela era forte a ponto de carregar um caminhão nas costas e não seria uma dorzinha que iria a abalar.

Guardou a base dentro da gaveta junto com o restante da maquiagem, deu para esconder bastante as marcas em seu rosto, mas não o corte que estava em seus lábios. Suspirou dando a volta para seu quarto onde a mala com boa parte de suas roupas estava, a ideia ainda batia em sua cabeça, ou melhor, martelava e seu coração dizia que era melhor pensar um pouco, mas não tinha muita o que pensar. Mordeu os lábios inferior e guardou a última peça e antes mesmo de fechá-la pode ouvir o barulho estonteante de uma moto, correu até a porta já preocupada com o que poderia ser e ao abrir deu de cara com Seth, ele estava com uma feição de preocupação e ao vê-la tocou o rosto com as mãos quentes em um carinho gostoso - se não tivesse tocado em uma parte dolorida de seu rosto.

— O que foi? Está sentindo dor? — Ele disse tudo de uma só vez a puxando para mais perto em um abraço.

Jade manteve os lábios em uma linha tentando conter a vontade repentina de chorar, mas foi inevitável, seu coração doeu, quis sair correndo desesperadamente por aí, isso tudo por causa de um olhar. A preocupação de Seth a fez querer dar um passo para trás e querer pensar mais sobre assunto. Uma lágrima caiu e para evitar perguntas o segurou pelo rosto selando os lábios dele em um beijo intenso, seu coração deu uma leve falhada, mas ainda assim teve coragem para continuar, não queria perguntas, não queria perder tempo com baboseira e sim apenas aproveitar aquilo que podia. Ele por sua vez fechou a porta com o pé, envolvendo os quadris em um abraço forte e sem muita dificuldade a trazer para seu colo.

— Você está tentando fugir do assunto.

Ele disse em um sussurro causando arrepios na jovem, não apenas pelo contato de suas mãos por debaixo da camiseta que usava, sentindo o aperto em seu seio. Arfou conseguindo sentir seu íntimo pulsar e o frio na barriga a fazer perder quase os sentidos se a fala não tivesse ficado em sua mente. Estaria mesmo usando o momento como distração. Sim, mas também como uma lembrança boa antes de sua decisão final.

— Não pensa nisso agora, por favor.

Sua voz saiu em um sopro quando teve a região do pescoço sugada pelos lábios quentes dele, a fazendo afundar os dedos entre os cabelos e juntar ainda mais o corpo. O peito subia e descia em uma velocidade razoável enquanto o coração batia de maneira rápida, a vontade de chorar ainda não tinha lhe abandonada por completo, muito pelo contrário, parecia que cada movimento dele vinha um choque de lembranças das poucas, mas ótimas coisas em que viveram juntos.

Os ventos, as folhas daquela floresta e tudo que estivesse ao redor deles estavam sendo testemunha do amor de ambos. As mãos envolvidas na altura da cabeça da jovem era a aliança que ambos tinham; ela por sua vez não conseguia mais pensar em nada apenas em desfrutar aquele momento com toda a sua força. Ele infelizmente não sabia o que viria depois daquele momento da primeira vez dos dois. Sua cabeça afundava contra as almofadas do sofá enquanto gemidos saiam de sua boca, assim como da dele. Seu rosto se mantinha de maneira tão angelical mesmo cometendo aquele atoa, Seth era de fato precioso e Jade por sua vez tinha sorte de o ter e ser vítima de seu imprinting, pois agora não conseguia enxergar sua vida sem o metamorfo.

Abriu seus olhos em busca do relógio mais próximo tentando não se movimentar muito pois não queria o acordar. Haviam pego no sono ali mesmo no sofá depois do ápice, as mãos grandes do mais novo abraçava sua cintura nua, sendo assim a única coisa que cobria-os era a jaqueta de couro dele. Ao encontrar viu que faltava pouco para as três a manhã, era melhor o acordar para que assim fossem para o quarto. Seth era grande demais para conseguir dormir confortavelmente naquela estofado. O balançou de um lado para o outro, mas esse não acordava de jeito nem, até mesmo pensou que algo tivesse acontecido se ele não pulasse do sofá ao ouvir um uivo ecoar pela floresta. Se assuntou cobrindo o corpo por reflexo, ele aparentava estar aflito e por pouco não saiu daquele jeito:

— Coloca uma roupa, precisamos ir pra reserva agora!

Seu tom de voz foi uma mistura de sensações, medo e angústia também a fazendo se preocupar com o que havia acontecido. Se levantou como foi pedido buscando suas roupas que estavam jogadas ao chão, vestindo o casaco dele para se esquentar mais, junto de uma toca e assim o seguindo para fora da casa. Em uma velocidade incomum chegaram na casa dos black, notando que não era os únicos que estavam chegando, alguns saiam correndo entre as árvores, outros surgiam em seus carros e uma a fez se encolher quando saltou de um tronco até o chão. Seus cabelos loiros, brilhantes como a luz do sol e os olhos vermelhos como o sangue vinha em direção a humana que se encolheu mais ao lado de seu namorado o agarrando pelo braço. A última vez que havia visto um ser daquele jeito acabou por ter longos pesadelos pela noite.

— Calma, ela é nossa amiga. Está tudo bem. — ele sorriu da maneira que podia a reconfortar, acariciando as mãos gélidas da mesma.

Assentiu notando o olhar fixo da mesma em sua direção antes de entrar como um vulto para dentro da casa, Leah apareceu na porta a fechando logo depois e dizendo para que todos se acalmasse, pois Dr.Carlisle estava a atende-lo. Não conseguia compreender o que estava acontecendo ali, mas o falatório não deixava de afirmar que era algo grave. Sofia se aproximou mais dos dois negando com a cabeça para o mais novo que apenas assentiu a abraçando de lado assim como estava com Jade. A madrugada estava mais fria do que o comum, fazendo com que se agarrasse ao mais novo para que pudesse se esquentar. Seu corpo tremia e era altamente acariciando pelos braços dele afim de esquenta-lá, o silêncio para o ouvido humano era angustiante, enquanto alguns lobos surgiam da floresta com rapidez e o mesmo barulho que ouviu quando descobriu o segredo do lobo ecoava, como se estivesse rasgando papel. Era angustiante pra lá. A porta da casa abriu, chamando a atenção de todos, Jacob junto de Sam saíram cabisbaixos. Em um salto, duas outras pessoas se juntaram, fazendo com que se encolhesse um pouco mais. Não os conhecia, mas o olhar era amigável, pelo jeito não eram inimigos.

— Cade ela? — O loiro de cabelos ondulados e pele pálida perguntou ao mais velho do bando.

— Lá dentro com Carlisle.

Respondeu Black dando espaço para que eles passagem, mas antes mesmo que isso acontecesse um vulto passou em alta velocidade por eles e de lá o doutor surgir negando com a cabeça. Olhou para todos que ficaram cabisbaixos de repente, a fazendo ter certeza de que a notícia não era bom. O barulho de pele rasgando e uivos saíram por toda a reserva entendo agora o que se passava, aquele rapaz havia falecido, não sabia quem era, muito menos teve a chance de conhecer, mas a dor que emanava de todos era facilmente aderida por ela, se sentindo mal pela ocasião. A morte de alguém nunca e fácil. Explicar o que cada um ali estava sentindo era impossível, a mistura de tristeza, raiva e remorço era nítido em cada olhar que mantinha fixo ao chão. Cada pessoa lida de uma forma diferente com seus sentimentos, e cada um tem seu jeito de reagir ao luto, o que os da diagnósticos diferente de quanto tempo isso irá durar. Mas naquele instante todos estavam sentindo a mesma coisa, ódio e um único pensamento, acabar com aquela anarquia de uma vez, esbanjar como troféu a cabeça daquele sanguessuga que levou a vida de seu colega.

Notas: Pode pegar fogo no cabaré, mas eu não arredo o pé . Eita lasqueira, é fogo no parquinho e a molecada de diverte, né não? Mais um capítulo para vocês, bem atrasadinho mas está aí. Eu pretendo atualizar ainda essa semana, só que vai varia de alguns ocorridos, meu lindo aniversário está chegando (que a propósito é sexta-feira, estou aceitando pix de presente se quiserem é só pedir a chave na dm, brincadeira) então estou bem ansiosa, ansiosa também para terminar essa parte é poder colocar a outra em prática. Espero que esse capítulo tenha agradado a todos e não esqueçam de vota e comentar bastante, me ajuda a manter a motivação, desde já obrigado e até a próxima!!!

𝖮 𝗆𝗂𝗅𝖺𝗀𝗋𝖾  (𝗍𝗐𝗂𝗅𝗂𝗀𝗁𝗍) -- Em RevisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora