Eleven

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Cheiro de aventura...

Forks- Wa November 02th 01:55 p.m

Com o corpo próximo pia os dois conversam, ou melhor davam risada de cada palhaçada que um contava para o outro, tornando o momento agradável enquanto preparavam o almoço. O macarrão estava cozinhando dentro da panela, enquanto a garota cortava a cebola para colocar no molho, Seth se responsabilizava em lavar a louça e arrancar mais risadas vindas da moça, que não sabia o motivo de seu choro, se era o ácido do legumes ou as piadas bestas que o mesmo lhe contava a fazendo passar o braço pela bochecha sentindo sua barriga doer.

— Minha irmã disse que quer te conhecer. Quer dizer, não só ela como também sua namorada. As duas ficaram com vontade de comer seu bolo de coco depois dos meus comentários críticos a sua culinária. — Ele disse sorrindo tímido enquanto enxaguava a louça.

— Então quer dizer que eu ando cozinhando para um crítico? Como não notei isso, eu devia ter caprichado mais, usado meu tempero especial. — Deu risada lançando um piscar de olhos para o garoto. — Qualquer dia desses eu faço um bolo para elas.

Comentou jogando toda a cebola na panela fazendo aquele velho costume barulho de quando a água entra em contato com a panela quente. Mexeu com a colher de silicone esperando com que começasse a dar uma douradinha para poder colocar as demais coisas, já separado no outro lado da bancada por Seth. O creme de leite, nozes-moscadas e alguns temperos a mais e assim foi acrescentando conforme a ordem, misturando tudo para chegar no ponto, percebendo o peito do rapaz inflar para sentir o cheiro, elogiando-a pela comida antes mesmo de comer. Mais alguns minutos e estava tudo pronto, depositou a travessa do molho no centro da mesinha redonda se sentando junto dele e assim começando a comer. Ela gostava de o ver comer, mostrava que ele realmente não estava blefando em seus elogios, a deixando ainda mais feliz e até mesmo fantasiando determinadas ocasiões. Quem nunca fez isso? Quem nunca fantasiou um relacionamento sem ao menos ter aproximação com a pessoa; planejou uma vida, que atire a primeira pedra. A verdade era que Jade era muito fantasiosa, sempre foi assim; desde muito pequena acreditava em fadas, princesas, bruxas e claro, em príncipes encantados. Uma mente verdadeiramente fértil.

Com a barriga cheia os dois se jogaram no sofá - depois de terem limpado a bagunça na cozinha, claro. Buscavam por algo para assistir na televisão, uma briga e tanta, já que cada um queria assistir uma coisa diferente até que entraram em um bom senso e assim começaram a ver os "this is the end" a comédia era incrível, mas algumas partes chegavam a fazer a jovem a se sobressaltar no sofá arrancando risadas do garoto que se deitava mais no sofá ao receber tapas vindo dela.

— Para de rir! — Ela reclamou jogando o travesseiro em cima do.

— Você se assustou com isso, imagine se é uma coisa aterrorizante mesmo. — Ele provocou a irá da humana que iniciou uma guerra.

Jade se levantou por causa de sua perna para tentar fazer o que queria, então pegou as almofadas acertando-o inúmeras vezes nele, mas se cansou. Não soube dizer quantas horas ficaram assistindo, mas que estava sendo bom isso era fato. Os dois comentavam sobre algumas cenas e faziam críticas cruciais sobre os personagens, mas não deixava de rir horrores com cada ato deles. Um dos últimos filmes que assistiram foi "The package" a risada se instalava no cômodo e também o conforto e a intimidade. Com a cabeça deitada sobre o peito do mais novo ela apontava as cenas chorando de rir, era de fato cômico cada momento e a forma em que eles se encrencavam em cada parte do filme para no final tudo dar certo.

— Vou fazer alguma coisa pra comer, você quer? — Perguntou se levantando e notando que esse já dormia, sorriu ajeitando-o melhor no sofá.

  Foi até seu quarto pegando um travesseiro e uma coberta, voltando até o cômodo para o cobrir, tocou a cabeça desse sentindo sua pele quente, essa que já tinha acostumando, mesmo que a temperatura sempre a assustasse. Seth aparentava está pegando fogo, a cima dos 42º graus sem dúvida, mas ainda assim o cobriu e colocou o travesseiro sobre a cabeça alheia, vendo-o se remexer no sofá. O pequeno Clearwater parecia um verdadeiro anjo dormindo, não conseguia deixar de o observar, cada detalhe do rosto desenhado pelos deuses. Os olhos fechados em uma linha, os lábios rosadinho, tão bonitos... e convidativo. Acariciou o cabelos descendo pelo rosto se aproximando aos poucos selando a bochecha, sentindo seu corpo estremecer pela diferença de hipertermia. Afastou-se vendo as horas no relógio, já passava das dez, fazia sentindo ele está com sono e não o acordaria, seria perigoso demais ir para a reserva agora. Desligou as luzes e trancou as portas indo para seu quarto se despindo para tomar seu banho.

Manhã seguinte...

  Acordou mais cedo do que o habitual queria está de pé antes dele ir embora, mas quando chegou na sala já com a roupa trocada, avistou tudo dobrado e um bilhete em cima do travesseiro, sentiu uma leve pontada no peito, não era como se tivesse triste, mas queria acordar de manhã com ele ali. Sorriu pequeno ler o bilhete escrito com tanto cuidado e em letras pequenas e no final o desejo de um bom dia.

"Desculpa por ter dormido durante o filme, achei que seria apenas um cochilo mas vejo que foi mais do que isso. Pra recompensar pensei na gente colocar sua ideia em prática, que tal a gente acampar? Bom vou ficar esperando sua resposta. Obrigado pela estadia. Tenha um bom dia. — Seth" 

Deixou o bilhete dentro do livro que ele a deu de presente, pegando as coisas para levar para seu quarto, sentindo o cheiro dele no travesseiro, um cheiro tão entorpecente que a fazia revirar os olhos, abraçando-o com vontade imaginando que estava abraçando-o como planejava fazer assim que acordou mas não teve tempo. Pretendia fazer isso depois. Seu dia seria corrido, quer dizer, igual vem sendo durante essa semana. Se sentia como a Rapunzel, presa naquela casa a qual parecia mais uma fortaleza.

Mas uma vez o dia está começando
À sete em ponto devo varrer o chão
Tudo encerar, polir, pra ficar brilhando
Faço assim, e no fim, sete e quinze já são

Então começo a ler um livro ou dois ou três
A minha galeria eu pinto outra vez
Depois violão e tricô, tentando imaginar
Quando a minha vida vai começar?

Notas: Gostaram da referência a enrolados, eu amei kkkk. Como diz uma amiga minha; "Bem baitola." Vocês também acham isso? Podem opinar, pois acredito que isso é o que faz um livro ser bom, as críticas. Provavelmente não terá atualização nos próximos dias - Eu acho. Mas estarei escrevendo novos capítulos. Não esqueçam de comentar e da voto, ajuda e muito. Obrigado!!!!

𝖮 𝗆𝗂𝗅𝖺𝗀𝗋𝖾  (𝗍𝗐𝗂𝗅𝗂𝗀𝗁𝗍) -- Em RevisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora