Thriteen

2.9K 298 13
                                    

2/3

Por que você tem
que me abraçar desse jeito
Toda vez que você me vê?


Forks- WA November 05th 10:53 p.m

A noite estava tão bonita, mesmo com a temperatura gelada que fazia, as estrelas brilhavam no céu junto da lua que desfocava a atenção da garota no caminho que estavam fazendo. Não sabia dizer ao certo quanto tempo já fazia que os dois estavam caminhando, mas tinha certeza que estavam distante de onde o carro se encontrava. Se Katherina estivesse ali a chamaria de louca por está indo acampar com um cara que conhecia a menos de um mês, mas nada podia fazer, quando se tratava de Seth Clearwater seu corpo aparentava agir por impulso, não tinha mais controle de nada, apenas o seguia como uma linda devota ao encantos dele. Não compreendia sua ligação que tinha com o garoto, coisa do destino diria, mas estaria dando uma de Lorandi, a louca da astrologia, ou apenas queria uma amizade e sabia o quanto ele a fazia bem. Os momentos de solidão naquela casa havia cessado depois de sua aparição, só não esperava está enganada sobre ele. As folhas que balançavam conforme o vento fazia sua pele se arrepiar por completo a fazendo agarrar mais um pouco a mochila em suas costas e tentar acompanhar os pessoas rápidos do garoto. que sempre a ajudava em alguns lugares um pouco mais alto por conta do seu gesso. Ele por sua vez aparentava sempre está a atento aos barulhos, vez ou outra parava olhando para os lados e seguindo, isso a fazia lembrar os animais e até mesmo julgou-o pela a tribo, e se fosse um hábito dos índios? Talvez sim, talvez não. Em alguns pinheiros havia inúmeros animais e bichos. como corujas, morcegos e até coisas a mais que a jovem não conseguia enxergar pela escuridão. A única coisa que iluminava ali era a lua e a pequena lamparina nas mãos do homem que logo parou se virando e sorrindo para ela:

— Chegamos. — Avisou se virando em direção a quem ainda vinha em passos curtos.

— Que bom, eu não sei se aguentaria andar mais um pouco. — Deu risada parando ao lado do. — Acho melhor a gente montar logo a barraca.

— Claro! — Ele respondeu colocando ambas as bolsas no chão.

Jade fez o mesmo buscando por uma garrafa de água em sua mochila, girou a garrafa virando-a na boca para se deliciar do líquido que tanto desejou durante todo o trajeto, mas seria um pouco demais pedir para que ele parasse para isso. Acendeu a outra lamparina começando ajudar a montar o local onde passariam a noite, custou um tempo, cerca de vinte minutos para ela estar grudada perfeitamente no chão dando a chance para eles forrarem a parte de dentro com suas coisas. Depois de tudo arrumado, levou as mãos até os quadris suspirando orgulhosa.

— Nos formamos uma ótima equipe. — Deu risada fazendo um toque com ele.

— Por que não vai se trocar enquanto eu faço a fogueira? — Disse sugestivo e até mesmo constrangido e isso foi notável pela menina.

— Tem certeza, eu posso te ajudar e depois me troco. — Retorno.

O que ela não percebia era que ele estava nervoso, talvez essa não fosse a palavra certa ou sim. A verdade era que Seth temia pelo o que poderia acontecer naquela noite, seria sua primeira vez com ela e não, não seria como as outras vezes. Essa cena estava gravada em sua memória sendo ela a principal de quando sofreu o imprinting. A visão dos dois em frente a fogueira o deixava ainda mais ansioso. Segundo sua irmã Leah, nem todas as visões são correspondentes ao futuro, muita das vezes podem mudar conforme a decisão dos envolvidos e isso era sua preocupação. E se Jade corresse ou não gostasse de alguma das suas ações. Está desse jeito era um saco!

Depois de convencê-la, aproveitou para pegar algumas madeiras para poder então fazer a fogueira, empilhando-as sobre as pedras para que o vento não apagassem as faíscas. Riscou a pederneira algumas vezes contra a palha seca, surgindo então os primeiros vestígios de fogo e assim acendendo-o, técnica essa que aprendeu com seu pai. Harry sempre tentou passar aos filhos todos os conhecimentos da floresta, não era atoa que foi um ótimo caçador e pescador. Antes do falecimento e a descoberta que seus filhos também seria metamorfos, costumavam os levar para a floresta, acampavam e ensinava métodos de sobrevivência.

— Mal sabia ele que a gente iria conhecer essa floresta como a palma das nossas mãos. — Disse para si mesmo sorrindo ladino.

Enquanto isso dentro da enorme cabana a
jovem tentava controlar sua respiração afobada, repetindo para si mesma que estava tudo bem, não tinha nada demais dividir a barraca com ele e realmente não tinha, não sabia o porque mas seus sentimentos dizia que poderia confiar no sujeito de olhos fechados, sentimentos esses que vinham gritando em seu peito desde quando abriu os olhos naquela manhã. Por que estava tão elétrica e nervosa? Será que só ela estava sentindo isso ou ele também? Mordeu os lábios vestindo o moletom por cima da blusa de manga cumprida tomando coragem e forças para sair dali, passou a toca pela cabeça conseguindo ver pelo reflexo que a fogueira já estava pronta e assim pegou a mochila com as comidas que haviam trago saindo em fim:

— Você participou dos escoteiros? Nunca na minha vida eu teria feito uma fogueira tão rápido assim. — Comentou risonha se sentando ao lado dele no enorme tronco. — Isso já estava aqui antes? — Indagou.

— Sim, você apenas não viu. — Mentiu descaradamente. — E não, tudo isso foi meu pai que ensinou.

— Ele devia ser ótimo nessas coisas, não é? — Mesmo que soubesse que aquele assunto era delicado não pode deixar de perguntar. — Você podia me ensinar algumas coisas né.

Diferente do transmorfo, a gaiata não aproveitou tanto sua infância nem a adolescência por conta das quimioterapias e as exigências dos médicos que a impediam de fazer inúmeras coisas e as vezes a qual foi acampar quase não estavam em suas atuais memórias. Só tinha uma que não dava para se esquecer, foi quando seu avô acabou por jogar inseticida em alguns mosquitos que os rondava e o produto pegou no fogo causando um enorme lunaréu. Deu risada por conta de seus pensamentos o fazendo questionar sobre o que tanto dava risada e então contou dando início a uma sessão de histórias. Falavam sobre suas infâncias, adolescência e até mesmo coisas vividas a pouco tempo. Momentos bons e ruins, mas que serviram de exemplos, aprendizados e agora motivos para umas boas risadas.

— Faz assim, desta forma o marshmallow vai derreter melhor e mais rápido. — Ela disse o ajudando a segurar o doce. — Seth vai cair. — gritou mas foi tarde demais.

— Vai ter que me dar um pedaço do seu, esse era o último. — Olhou para a bolacha na mão da jovem.

— Não faz isso, deixa esse pra mim. É a regra, o último do saco fica para quem ganhar no jokempô. — Fez um bico grunhido o nariz encarando a mistura em sua mão.

— Não seja tão ruim assim. — Ele implorou.

— Tudo bem, vamos dividir.

Segurou com a mão direita levando a bolacha em direção a boca dele, mas antes mesmo que esse mordesse a levou para a sua enfiando-a na boca, o que ela não esperava era que ele puxasse seu rosto em direção ao dele. Por frações de segundos o mundo parou, nada mais acontecia ao redor dos dois, o vento não tocava mas a pele, muito menos balançava as árvores. As corujas não se comunicavam mais; o fogo havia se esvaído das lenhas indo para o corpo dos dois que trocavam faíscas em meio aos olhares fixos uns nos outros. Jade esqueceu de respirar, até mesmo de mastigar, tudo pra ela não valia mais a pena, apenas aquele rosto que aparentava ficar ainda mais belo na luz do luar. O contato da mão quente e grande do mais novo em seu rosto aquecia todo o restante de sua matéria afastando a friagem que antes tinha. Clearwater não estava diferente, finalmente estava acontecendo o momento que almejou desde o princípio, sentia uma mistura de sensações que poderia se indiscritível mas não, ele sabia que era a junção do medo, nervosismo, ansiedade, amor, muito, mas muito carinho e admiração. Aquele momento era perfeito para poder a beijar, se não fosse o barulho atrás de uma das moitas ali chamando a atenção dos dois vendo sair de lá um pequeno animal. Em reflexo ambos se afastaram buscando por qualquer ponto fixo que não fosse o olhar um do outro.

— Acho que tem mais na mochila, eu vou lá ver. — Disse-a se levantando e entrando na barraca.

To be continued...

Notas: finalmente a atualização, o que vocês acham que vai acontecer? Já acamparam, bem é o meu sonho. Terá atualização ainda essa semana, e já avisando que quase todos os capítulos estão prontos e a fanfic chegará ao fim. Espero que estejam ansiosos assim como eu! Comentem, e votem por favor. Obrigado!!!!

𝖮 𝗆𝗂𝗅𝖺𝗀𝗋𝖾  (𝗍𝗐𝗂𝗅𝗂𝗀𝗁𝗍) -- Em RevisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora