Thirty

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Quero te abraçar forte e roubar sua dor
Ainda há muito o que aprender
E ninguém sobrou para lutar
Quero te abraçar forte e roubar sua dor

Forks - Wa January 22th 07:00 a.m

Todos nós temos uma melodia que é tocada do início de nossa vida até o último suspiro dela, e nesse momento a sua estava na nota mais baixa assim como a suas esperanças. É horrível quando se está em um hospital apenas para fazer alguns exames básicos, ou aquelas consultas de rotina, mas nada se comparar em receber a notícia de que você tem poucas chances de sobreviver, que seu pior inimigo lhe atacou novamente sem ao menor lhe dar um aviso e que agora não havia mais volta, sua situação era irreversível - ou talvez não. Carlisle lhe contou tudo antes que pudesse liberar a entrada de Seth no quarto e com um pouco de dificuldade para falar o pediu para que não falasse nada, não queria-o ver triste, o vampiro apenas assentiu saindo do quarto e segundos depois o rapaz passar pela porta vindo até a cama abraçando-a com força para que tivesse certeza que ela estaria ali. Alisou suas costas dando risada, negando tamanha preocupação e quando tentou falar acabou parando pela falta de ar:

— Não fala, por favor. — Ele pediu ainda de olhos fechados deitando sua cabeça em seu peito. — Eu liguei para seus pais. Eles estão vindo pra cá ainda hoje. Carlisle não quis me dizer o que você tem, disse apenas que estaria tudo bem.

— E está, está tudo bem. Foi apenas uma pneumonia forte. — Sua fala saiu pausada, recebendo um olhar de reprovação do garoto, rindo de sua cara. — Você fica lindo bravo.

— Você é uma teimosa, vou buscar uma caderno para que escreva. Não quero que fale para que não sinta falta de ar. — Ele voltou a bater na mesma tecla.

— Não, você irá me ouvir. Eu só vou parar de falar quando minha voz ficar rouca e não sair mais. — Deu risada o vendo negar e deixar um beijo em sua testa.

— Você me assustou, pensei que iria perder você.

Sua confissão fez com que o peito da garota doesse como se tivesse arrancado seu coração, seus olhos cheios de lágrima já a entregando, pois esse era seu maior medo também, perder ele. Estaria sendo egoísta demais em não querer deixá-lo, Seth Clearwater havia sido seu primeiro amor, aquele amor intenso a qual você é capaz de fazer de tudo para ver aquela pessoa feliz e os amorzinhos da época da escola não se comparava ao tamanho do sentimento que carregava por ele. Era único. O abraçou apertado, negando e com a voz baixa disse:

— Vou te amar até que a lua se encontre com o sol, até que eu viva sem respirar, até que o mundo amanheça com o clarão da lua. Meu amor por ti é eterno, por isso te amarei para sempre! E se tem planos de me largar, sinto muito. lamento porque não tem devolução.

Os dois deram risada e ficaram ali conversando sobre assuntos aleatórios, ele queria falar de tudo menos do aperto que estava sentindo em seu peito. A conversa calorosa seguiu por boa parte da tarde, até que recebeu a mensagem dos pais da mesma dizendo que já estavam no hospital, disse a ela que já voltaria e esse foi o momento perfeito para que ela pudesse cair em lágrimas, chorou, mas chorou como um verdadeiro bebê, não estava nem aí, precisava chorar e desabar naquele instante. Enquanto a alguns metros de onde estava Alice, Edward e Carlisle conversavam sobre a situação da garota, afinal todos estavam curiosos para saber o que ela tinha:

— Ela está com câncer no pulmão, pelo histórico de cura dela mostra que esse não tem nada a ver com o anterior, infelizmente se ela tivesse procurado um médio assim que começou a sentir os sintomas poderíamos tentar reverter o caso, mas agora já é tarde. Esse é o lado ruim dessa doença, a maneira que ela se alastra pelo corpo de forma silenciosa, se não fosse por você, Alice ela não estaria aqui agora. — Respondeu o homem de mais de trezentos anos.

𝖮 𝗆𝗂𝗅𝖺𝗀𝗋𝖾  (𝗍𝗐𝗂𝗅𝗂𝗀𝗁𝗍) -- Em RevisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora