Fourteen

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Eu te amarei incondicionalmente...

Forks- WA November 06th 00:27 p.m

Entrelaçou os dedos das mãos pelas vigésima vez, enquanto o rapaz ainda permanecia dentro daquela barraca, a fazendo se questionar se tinha feito algo de errado. Fez tão mal assim ter comido a bolacha sem o dar um pedacinho? Não, Seth não era tão infantil a ponto de ficar chateado por causa de uma bolacha, ou era? Seu coração ainda estava descompensado e suas pernas bambas, ou será dormentes, tudo tinha acontecido tão rápido que em frações de segundos o garoto não estava mais do seu lado. Pensou em chamá-lo, mas recuo. E se ele quisesse espaço. Se sentia uma verdadeira idiota por está colocando tanta pressão em si mesma, tinha sido apenas um acidente, não? Mas o que explicava a forma em que se olharam, aquilo já tinha acontecido outras vezes, mas por que justo dessa vez sentiu como se pudesse ver o que se passava dentro dele; como se conseguisse enxergar todos seus sentimentos; através do olhos escuros como a noite e calmos como a mesma, podia ver o desejo daquilo também, não era só ela que queria provar os lábios dele, o desejo era afim. Quando cansou-se de ficar ali, pronta para ir atrás dele, o viu sair de lá. Suas roupas eram diferentes da que usava, confortável, mas não deixava de seu calorosa. Uma camisa verde e um calção escuro.

— Realmente era a última. — Foi o que ele conseguiu dizer.

— Desculpa por ter comido. — O respondeu mantendo os olhos no chão. — Acho que vou dormir, já está tarde e aqui fora está muito frio.

Ditou dando alguns passos em direção a ele, tentavam evitar a qualquer custo a troca de olhares, não queriam que as coisas ficassem mais desconfortável do que já estavam, e se tinha uma coisa que Seth não queria era que ela se sentisse assim, só de pensar já sentia ódio de si mesmo. Deixou com que ela entrasse para fazer o mesmo em seguida fechando a barraca, ajeitou a lamparina perto da entrada esperando com que ela se ajeitasse para fazer igual. Por mais que o espaço fosse grande aparentava ter diminuído com ela ali dentro, fazendo com que todo o ar escapasse de seu peito o fazendo se questionar se estava respirando. O silêncio era constrangedor mais do que o ocorrido.

Ajeitaram os travesseiros e desejaram boa noite um para o outro, desligando a luz permanecendo apenas com o clarão que vinha da fogueira do lado de fora. Apesar do desejo de que tivessem uma boa noite, nenhum dos dois estavam com os olhos fechados ou até mesmo com sono, aquilo não bastava de uma desculpa para o ocorrido. De costas um para o outro os pensamentos de ambos se cruzavam no que devia ter acontecido, e se não tivessem hesitado, será que estariam assim? Jade abraçou o próprio corpo quando o vento bateu contra as paredes finas daquilo que os acomodavam se encolhendo um pouco mais em meio ao edredom.

— Está com frio? — A voz rouca ecoou pelo perímetro  a fazendo se arrepiar e não era por causa do frio.

— Um pouco. Eu esqueci de trazer uma coberta mais quente. — Sua voz saiu baixa e se não fosse pela audição do lobo, juraria não ter ouvido.

— Pode ficar com a minha.

Foi então que se virou para olhá-lo, dando de cara com esse que estendeu a sua coberta , fazendo-a negar na mesma hora. Se ela estava com frio imagine ele com aquela roupa tão, tão desproporcional(?) Não compreendia a capacidade daqueles homens conseguirem andar daquela maneira para cima e para baixo apenas de bermuda em uma temperatura de quatro graus. Aquilo era surreal.

𝖮 𝗆𝗂𝗅𝖺𝗀𝗋𝖾  (𝗍𝗐𝗂𝗅𝗂𝗀𝗁𝗍) -- Em RevisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora