*VOTEM* ♥️
CAPÍTULO 3
Eram cinco horas, eu já havia fechado toda a loja, só faltava a porta da frente. Por que o homem queria que eu me arrumasse em sua casa? Vejo um carro preto parado na frente da loja. O vidro de traz se abre e tenho a imagem de Josh Beauchamp com óculos de sol, olhando para seu celular. Para que ele tinha que ser tão encantador? Ele desliga o celular e logo o vidro se fecha. Será que carro de rico se abre da mesma maneira que carro normal? Não sei. Pulo pra dentro e fecho a porta, puts, acho que foi força de mais. Depois de voltar a respirar e colocar minha mochila em meu colo, olhei para Josh que tinha seu olhar fixo em mim. Nunca entendi, mas ele observava todos os meus movimentos. Isso era completamente estranho, eu estava vendo ele pela terceira vez na vida, e já estava indo pra sua casa me arrumar pra uma festa com a empresa de seu pai. Pensar nisso me deu um frio na barriga incomum.
— J: Está quieto.
— N: Só pensativo.
— J: Em que?
— N: Nada de importante.
Ele vira pra frente olhando pra estrada. Seu Smoking era diferente do smoking de manhã.
— J: Como foi o seu dia?
— N: Agradável. E o seu?
— J: Igual a todos.
— N: Como?
— J: Você parece criança.
— N: Eu sou uma criança.
Dou um sorrisinho sapeca, que logo se desmancha ao ver o olhar sério de Josh sobre mim.
— J: Quem te cria Noah?
— N: O que?
Ele deixa um sorriso escapar de seus lábios, me olha mas logo desvia o olhar. Eu entendi o que eu entendi? Ou eu entendi errado?
— J: Você me perguntou como é meus dias. Eles são cheios de reunião, de pessoas querendo que eu assine papéis, de pessoas falando mal de você pelas costas, de pessoas falando bem de você, táxi, helicóptero, reuniões de novo, e compromissos.
— N: Esqueceu da parte de ganhar muito dinheiro.
— J: Essa parte eu esqueço de ver.
Dou uma risadinha e olho pra janela vendo que estávamos saindo da área rica de Los Angeles e entrando na área das pessoas milionárias. Cada casas daquelas eram cerca de nove ou dez da minha. Vejo começar uma grade preta, era sem dúvida a casa mais linda de todas, é claro... é aqui a casa dele. O motorista entra, acelera até a grande porta, onde para, Josh solta o cinto, e eu já solto o meu também e abro a porta pulando pra fora dele e admirando a bela casa a minha frente, pego minha mochila e coloco nas costas. Vou atrás dele e começo a segui-lo, ele abre a grande porta, fico travado com tanta riqueza. Era tudo lindo.
— J: Me siga, Noah!
Vou subindo as escadas com ele, até entrar em um quarto, era um quarto... que meu deus. As paredes eram brancas, as luzes que ele acendeu eram um pouco amareladas, iluminado pouco, mas o suficiente, mas logo ele liga outro botão que acende as luzes todas do quarto, sua cama tinha roupas de cama cinza escuro, enquanto as cortinas eram pretas. Por que ele me levou ali?
— J: Pegue seu smoking, depois vá para o quarto ao lado e se arrume.
— N: Você gosta muito de dar ordens.
— J: Sim, eu gosto. Desculpe.
— N: Tudo bem, eu gosto que me deem ordens.
Eu estava pegando a sacola para sair do quarto quando a frase contendo as palavras "gosto" e "ordens" deixei escapar. Não é como eu já tivesse sido submisso de alguém, mas desde quando conheci esse mundo, sempre pensei em ser um baby. É... isso estava na lista de sonhos mais loucos. Nesse instante, Josh que estava pegando algo no armário me olha com um sorriso no canto dos lábios, eu já olho para os meus pés e fico vermelho.
— N: Eu vou indo.
— J: Quero te ver pronto. Vem aqui quando estiver.
— N: Tudo bem.
Saio de lá, entro ao quarto ao lado, ele era bem menor, mas muito luxuoso e aconchegante. Vou até ao banheiro e... uau... era a coisa mais linda que já vi em toda minha vida. Já vou tirando minha roupa pra me jogar debaixo daquele chuveiro que eu pretendia sair apenas semana que vem.
...
Merda, já eram sete e vinte da noite, e tínhamos que sair às sete e quarenta. Eu estava pronto, aliás, meu sapato, minha calça, meu sinto e minha camisa. Eu estava... estranho. Alguém bate na porta, fico com muita vergonha, nunca ninguém tinha me visto assim. Respiro fundo, eu estava com um smoking de quinze mil dólares.... eu não sei por que eu vou fazer isso, o que me faz começar a me arrepender. Outra batida na porta. Sinto um enjoo no estômago.
— N: Entre.
Josh abre a porta, no momento que seus olhos bateram em mim sua boca se se contorce em um grande "uau" que me deixa com mais vergonha ainda.
— N: Acho que ficou ruim.
Viro de frente ao espelho, me olhando novamente. Meus brincos de argola deixei em cima da mesa, obviamente eles iam achar ruim. Escuto passos, logo vejo o reflexo de Josh atrás de mim. Ele vai se aproximando, se aproximando mais.
— J: Noah... não diga que está ruim, por que está simplesmente perfeito.
Por alguma razão suas mãos vão em minha cintura e sinto sua respiração em meu pescoço deixando beijinhos molhados. Ele me puxa mais pra perto, colando sua virilha em minha bunda. Minha cabeça tomba para trás em seu ombro enquanto curto o carinho do homem que conheci ontem. Ele se afasta subitamente, demoro me recompor e entender o que estava acontecendo. O que estava acontecendo? Josh beijou meu pescoço, o que isso significa.
P.O.V Josh
Merda. Como eu ia me controlar? Ele estava com uma calça justa, ele estava lindo, e com os brincos ficaria mais ainda. Ele olha pra mim, deixo um leve sorrisinho escapar. Merda de novo.
— J: Coloque os brincos, ficará mais incrível do que já está.
Falando isso saio do quarto fingindo que nada aconteceu. Noah Urrea, aquele menino me tirou do sério desde a primeira vez que o vi. Sempre me deu a entender que curtia os mesmos fetiches que eu. E hoje falou que gosta de receber ordens. Porra, eu não ia me render a um baby de dezessete anos, ia?
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Votaram?
Oque acharam?