Décimo setimo capitulo

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P.O.V Josh

No momento que Noah saiu eu fiquei trinta minutos escorado na pia sem saber o que fazer. Eu tinha planejado tudo, tudo que íamos fazer. Cancelei minha ida pra empresa por uma semana pra aproveitar o mês perdido com ele.

Agora eu acordei, meus olhos estavam inchados, eu estava me odiando. Simplesmente pelo fato de ter chorado a noite toda. Prometi não me apaixonar, prometi não me apegar, prometi não amar.

Mas Noah era um problema. Ele era demais. Tudo que ele era, era em exagero. Ele era lindo, lindo demais, ele era gentil, gentil demais, era pimentinha, pimentinha de mais, era carinhoso, carinhoso demais. O Noah era perfeito, mas ele ia além da perfeição. E agora na minha cama me sinto como um adolecente idiota que acabou de terminar um relacionamento de escola. Mas nem namoramos, apenas tínhamos um papel. Que eu já rasguei.

Estava com zero vontade de me alimentar, zero vontade de sair da cama, zero vontade de respirar.

Noah me fazia bem, bem de mais. Me fazia tão bem que agora está me fazendo mal. Então apenas fecho os olhos e desejo voltar no tempo. Não precisa voltar muito no tempo, apenas podia ser pra ontem mesmo, na parte que ele fala "eu sinto nojo de você" pelo menos eu fecharia os ouvidos.

Gostaria de falar pra ele que também sinto nojo de mim, sinto raiva de mim, e vejo o quanto sou um filho da puta.

P.O.V Noah

- Lins: Mano. Já fazem três dias.

- N: Deixa eu dormir.

- Lins: Noah, senta na cama. AGORA.

Me assusto, nunca vi minha irmã assim. Sento na cama e a olho.

- Lins: Noah, você está deitado nessa cama desde o dia que chegou, bebe água quando alguém traz, não come, não toma banho, apenas dorme e chora. Olha, você não me contou o que aconteceu, mas por favor. Reage. Reage Noah. Tua mãe está preocupada, a Sina já ligou milhões de vezes. Por favor, pelo menos explica.

- N: Eu amo ele.

- Lins: Ama quem?

- N: O Josh. Eu não posso amar ele.

- Lins: Noah...

- N: Ele... eu amo ele Lins. Eu amo ele.

Linsey sorri e eu desabei no choro de novo. Foi a primeira vez que eu verbalizei aquele sentimento. Não sei se me fez mal ou bem. Mas sei que botei pra fora.

A real é que no dia que eu cheguei em casa eu já não queria estar aqui. Quem sabe se tivesse me despedido, quem sabe se eu tivesse dado a chance dele explicar, quem sabe se eu pelo menos tivesse dito antes de ir que eu o amava me faria melhor agora. Mas tudo que consigo fazer é chorar. E me arrepender por ter dito que sinto nojo dele, a verdade é que eu sinto orgulho dele, do homem que ele é. Um cara que todo mundo respeita, um homem de negócio, que sabe ganhar dinheiro e que sabe cuidar bem de mim.

Eu queria que ele estivesse me chamando de baby, eu queria ser punido por ele novamente, eu amava quando ele me fazia chorar, me fazia gozar, quando me batia. Sinto falta de tudo nele.

Nesse momento estou por cima de minha irmã agindo como uma garota do setimo ano do fundamental quando acaba o namoro. Chorando, e lembrando de alguns momentos.

Se eu pudesse voltar o tempo eu teria pedido uma explicação. Acho que a adrenalina me permitiu falar toda aquela merda.

Mas como eu poderia prever que não conseguiria viver sem ele? Como imaginaria que eu me sentiria abandonado sem meu daddy me protegendo de todo o mal?

- Lins:Vai tomar um banho, coloque uma roupa decente, vamos a uma festa.

- N: Mas...

- Lins: Vai Noah.

Respiro fundo.

Sabe aquele ditado "tudo pode mudar da noite pro dia". Depois dessa noite, algo me diz que vou acreditar nele.

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Façam suas apostas. O que vai acontecer?

That's my daddy | noshOnde histórias criam vida. Descubra agora