Instituto Durmstrang

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Draco

Não faz uma semana que estou na minha casa (acho digno do momento e apropriado chamá-la de Malfoy Manor), um lugar muito bem habitável como sempre, mas nunca acolhedor e nas minhas condições atuais não está sendo muito diferente do que julguei.

Ao sair de Hogwarts eu não só larguei todos que eu tinha algum laço de amizade como também deixei uma boa parte da minha história lá, Lucius, nome apropriado ao meu pai, tinha me dado uma semana para me dar a resposta sobre minha mudança, ou se até mesmo se ela iria acontecer.

Segunda-feira, 6 de novembro de 1995. ~Lembrança on~

-Draco Lucius Malfoy.

A voz grossa e aveludada de Lucius tinha chego em meu ouvido com clareza, como eu não poderia escutar tão claramente? Todos da casa conhecem o tom do grande Sr. Malfoy quando está irritado e quer tirar satisfações.

-Pai…

-Não me chame de pai menino tolo, não agora.

-Lucius não fale assim com nosso filho, como está querido? Sente-se vamos tomar um pouco de chá a mesa já está servida. - Minha mãe amorosa e carinhosa como sempre, acho que é a única que tem algum tipo de compaixão nessa casa.

-Narcisa, não comece com essa enrolação quero saber o que houve para esse menino ter nos mandado uma carta com uma mudança tão radical. Sabe que Hogwarts é uma das melhores escolas não é? E depois que o Lord caiu, mudanças radicais assim são arriscadas, se não me der um bom motivo eu…

- Por Merlin Lucius, deixe-o em paz por um minuto, sim? Se ele nos enviou uma carta assim ele deve ter bons motivos, mas agora não é hora para isso, vamos os dois.

- Narcisa o que vou falar sobre o sumiço desse menino?

- Depois conversamos Lucius, agora siga seu filho e sua mulher até a mesa de chá, vamos Draco.

É assim que tudo funciona aqui em casa quando o assunto sou eu, minha mãe querendo preservar minha saúde mental, mesmo que quase nunca consiga, coitada ainda é uma mulher boa, e meu pai sempre preocupado com o que vão pensar sobre isso e sobre a situação dos Malfoys, o que não é uma surpresa.

Após a derrota do Lord das Trevas meu pai se empenhou em fazer com todos achassem que ele tinha sido forçado a ser fiel ao Lord, claro logo após de sair de Azkaban. Poucos acreditaram no começo, mas o seu esforço foi tão grande que o Ministério da magia o deu uma segunda chance, uma chance totalmente comprada pelo pouco de dinheiro que sobrará do gofre Malfoy ( já que os mesmos que o deram uma segunda chance foram os mesmo que nos congelaram as contas), quando ele já estava bem envolvido com o Ministério da Magia as pessoas voltaram a “acreditar” nele.

Por favor não me deixe esquecer de quando ele resolveu dar um de bom pai na frente de Harry Potter, que logo depois ficou conhecido como sogro do Salvador do Mundo Bruxo, tão patético quanta a pena dele em Azkaban, três meses foi sua pena, o que o dinheiro e poder não compra não é? Por isso que digo com todo orgulho que sou um Malfoy, não pelo meu pai ou pela história da família e sim pelo o poder que tenho sobre quase tudo.

- Então Draco? Não respondeu minha pergunta, está bem meu filho?

Minha mãe diferente do meu pai era um pouco mais discreta, sentada na sua costumeira poltrona branca de flores roxas (que julgo dizer violeta), tomando o seu chá britânico, também costumeiro.

- Ah sim minha mãe, estou bem.

Um pigarro foi escutado do outro lado da mesinha de centro, meu pai com outra xícara de chá britânico nas mãos, só que diferente da minha mãe ele me olhava com um semblante nada bom.

Sempre fui teu PotterOnde histórias criam vida. Descubra agora