Capítulo 13- Aquele com o Flashback do Draco

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∆Flashback∆

Hogwarts, 1996

~Pov Hayley~

Estava andando nos corredores da escola, matando tempo até o horário da minha próxima aula quando escuto um choro vindo do banheiro da Murta. Entrei para ver quem era e tentar ajudar. Vi um cabelo loiro, mas não acreditei que era mesmo ele: Draco Malfoy. Me aproximei e disse, suavemente:

- Draco? O que aconteceu?

Ele se assustou com a minha presença e na hora secou as lágrimas.

Ele se assustou com a minha presença e na hora secou as lágrimas

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- O que quer Potter? - ele perguntou em tom ríspido.

- Eu ouvi um choro e queria ver se estava tudo bem. Mas já percebi que não tá nada bem. Precisa de ajuda? - ofereço caridosamente.

- Não preciso de nada vindo de uma Potter. Agora faça o favor de sair daqui e me deixar em paz. E se você ousar contar pra alguém, eu acabo com você, Potterzinha. - ele responde, com raiva.

- Não precisa ser um babaca Malfoy! Eu só queria te ajudar. Eu sei que você tá passando por muita merda agora, mas não precisa descontar sua frustração em quem nunca te fez nada de ruim. Só pra deixar claro, eu não sou como meu irmão, eu nunca odiei você. Mas se você não precisa de ajuda, então vou indo porque tenho coisas mais importantes pra fazer. Até nunca mais, idiota! - saí de lá, batendo a porta.

Os dias foram passando e eu nunca comentei com ninguém sobre o que tinha acontecido. Mesmo que o Draco tenha sido um imbecil comigo, acho que ninguém precisava saber o que ele estava passando. Nem mesmo eu sabia. Tudo o que consegui ver em sua mente foi dúvida, culpa e sofrimento.

Sempre que eu sentava no Salão Principal para qualquer refeição, eu percebia que ele me encarava. Mas ele não lançava olhares de raiva. Pelo contrário, eram mais parecidos com tristeza e pedido de ajuda. Eu não conseguia desvendar sua mente, era tudo muito escuro e conturbado.

Depois de aproximadamente duas semanas do ocorrido no banheiro, professor Slughorn nos colocou juntos na aula de Poções para um trabalho em dupla. Passamos boa parte da aula sem conversar, até que ele quebrou o silêncio:

- Eu sei que você nunca me odiou. Eu só estava com raiva aquele dia e acabei descontando em você. Eu só não entendo porque você foi tão gentil comigo, sendo que eu sempre tratei você, seu irmão e seus amigos tão mal.

- Draco, eu não sinto raiva de ninguém. Nós éramos crianças quando nos conhecemos e cometemos muitos erros desde aquela época. Mas isso não vai fazer eu odiar você. Até porque eu sei o que você tá passando. Sei que você não tá bem.

- Acho que você é a única pessoa nessa escola que não me considera um monstro horrível. - ele diz dando um riso fraco.

- Tenho certeza de que isso não é verdade. Mas você poderia tentar ser mais gentil né? Eu sei que você não é um monstro horrível, mas você age como um. - digo, com o tom de voz firme.

- Eu até poderia tentar, mas acho que não conseguiria. Mas, a partir de agora, vou ser gentil com você pelo menos. Você foi legal comigo e merece ser tratada da mesma forma. - ele responde com uma leve curvatura nos lábios.

~Pov Draco~

Desde o dia da aula de Poções, eu e a Hayley ficamos mais próximos. Eu gostava de estar perto dela. Ela era uma boa ouvinte, uma boa amiga. Eu sabia que podia contar qualquer coisa, que ela sempre me entenderia e arrumaria um jeito de me ajudar, mesmo que fosse impossível.

A parte ruim é que não podíamos ser amigos em público. Ela não podia ser vista comigo por conta dos seus amigos e eu não podia ser visto com ela por conta de quem eu era: um comensal da morte. Ela sabia de tudo, mas não se importava. Lá no fundo, via quem eu era de verdade.

°°Quebra de tempo°°

Hogwarts, 1998

~Pov Hayley~

- Draco, por favor, não vai!!! - falei com lágrimas nos olhos. - Fica comigo.

- Desculpa Hayley. - ele diz triste.

Ele vai caminhando em direção ao monstro que matou meu irmão

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Ele vai caminhando em direção ao monstro que matou meu irmão. Não conseguia acreditar que ele estava me abandonando. Ele tinha tanto medo de morrer que preferiu seguir o caminho do mal, que não pertencia a ele, do que ficar comigo.

De repente, ele corre até sua mãe e tira a varinha dela. Meu irmão se joga dos braços do Hagrid e Draco joga a varinha em sua direção. Tudo aconteceu como um flash, mas rapidamente eu raciocinei o que ele tinha feito. Ele ajudou o Harry. Ele estava do meu lado o tempo todo.

Enquanto todos corriam para se proteger e atacavam os comensais, eu procurei por ele no meio da multidão. Quando o encontrei, fui correndo em sua direção, o abracei e disse:

- Obrigada por tudo!

Ele sussurrou no meu ouvido:

- Presta atenção! Eu vou fugir com os meus pais, mas assim que eu conseguir, vou mandar uma carta pra você. Agora, eu quero que você corra e se esconda. Por favor Hayley, se proteja! Fique segura!

Assim que terminou de falar, ele se soltou dos meus braços e correu em direção aos pais. A última coisa que vi antes de ele sumir de vista foi seu sorriso para mim. E naquela hora eu percebi que eu podia confiar verdadeiramente nele.

Mais que amigos - George WeasleyOnde histórias criam vida. Descubra agora