Part 31

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C.

O almoço foi regado de muito risada e conversa. Modesta parte, mas eu cozinho muito bem, e juntamente de minha cunhada faziamos uma dupla e tanto na cozinha. Como havíamos feito nossa parte, a organização ficou por Maya e Carlotta.

Logo depois nos reunimos na sacada, Kelly juntamente de minha irmã na rede estendida ali, e eu com com a minha namorada no sofazinho de dois lugares. Estávamos enroladas em uma manta, tendo minhas pernas entrelaçadas no quadril da loira, que fazia uma carícia gostosa em minha coxa.

Nós quatro ficamos ali sentadas conversando sobre o trabalho de Carlotta, que aos nossos olhos era um serviço animador. Maya, assim como eu enchia a ruiva de perguntas, que com paciência nos explicava. Cuidadosamente me mexi embaixo coberta, ajeitando a almofada em minhas costas, e como uma imã selei os meus lábios no das minha namoradinha. Céus, essa mulher é uma delicia.

-Assim do nada? -perguntou minha loira sorrindo. Carlotta e Kelly tinham a atenção no celular da mulher negra, que lhe mostrava alguma coisa com um sorriso.

- Uhum! -murmurei passando a pontinha do meu dedo embaixo dos seus lábios. -Minha boca ama demais a sua para ficar tão longe. -sussurro próximo aos seus lábios.

- Da para as duas gay pararem de agarração e respeitar a visita.

-Ai,Carlotta. -choramingo quando a grossa de minha meia-irmã taca um travesseiro bem em meu rosto.

- Vocês duas são piores que crianças. -reclamou Kelly dando um tapa na perna da noiva, o que me fez rir, porém meu riso morreu quando minha doce Maya beliscou meu quadril.

Eu já estava começando a sentir meu estômago roncar de fome novamente, sendo que nem fazia três horas que tinha me alimentado. Tentei ignorar para ver se passasse, porém roncou mais uma vez, fazendo Maya me olhar pelo cantos dos olhos.

-Fome meu amor?! -assenti com um beicinho. - Vou descer para ir naquela cafeteria que você adora e pegar algumas rosquinhas açucaradas, e chocolate-quente.

- Te amo vida. -enchi seus lábios de beijinhos desprendendo minhas pernas de seu quadril para que a loira pudesse se levantar. Juntamente de minha cunhada, minha namorada saiu me deixando sozinha com a mais velha que me olhava como um predador.

-O que foi?! -perguntei me achando suja, já que seus olhos me analisavam por demais.

- Seus peitos estão um poucos maiores desde a última vez que te vi.

- Maya, disse a mesma coisa, mas é por causa do meu período menstrual que já era para ter vindo. -coloco minhas mãos sobre meus peitos sensíveis. Eles sempre ficavam assim quando eu ficava naqueles dias, e por estar com uma regata bem justa, e sem sutiã estava bem nítido.

- Esta quantos dias atrasada? -a mesma se ajeita na rede de modo que fique de frente para mim.

- Bom, uns cinco, seis dias. -faço uma rápida conta mental. Caracas, eram dias demais, o máximo de tempo que atrasava para mim era de um à dois dias, e isso quando acontecia.

- Vocês transam sempre de camisinha? -Carlotta estava me assustando com aquelas perguntas. Fico em silêncio, tendo uma ruiva com a sobrancelha direita arqueada.

-As vezes, mas eu tomo remédio, Carlotta. -minha voz sai falha.

- Afs, Carina tomo mundo sabe que remédios e camisinhas não são cem por cento eficaz. Quantos anos você tem?! -eu fiquei quieta pois sabia que tinha vacilado. -Além da menstruação atrasada, e dos seios inchados tem sentindo mais algum sintomas diferente?

-Eu sinto muito sono, fome o tempo todo, e ando um pouco sensível. Mas isso quer dizer nada não é? -sinto meus olhos se lacrimejarem, esperando que minha irmã mais velha confirme isso para mim. Maya e eu somos muito nova para sermos mães.

-Bom, você tem todos os sintomas de uma grávida. -sinto uma lágrima solitária escorrer por meu rosto, deixando um baixo soluço escapar por minha garganta. -Irmãzinha não chore. Vem cá.

A ruiva se senta ao meu lado, passando um de seus braços em volta do meu ombro me abraçando. Eu não sabia o que estava sentindo naquele momento. Era um trilhão de coisas passando por minha cabeça.

- Se você realmente estiver grávida, o que tem noventa e nove por cento de certeza, você e Maya serão boas mães.

- Mas ainda somos muito nova, Car. Estamos atoladas de coisas em nossas vidas. -seco minhas lágrimas me sentando ereta no acento macio.

- Isso que acontece quando um casal não se cuida. Desculpa Carina, mas vocês se arriscaram em não se prevenirem. -me deu bronca, e ela realmente estava certa.

-Pode ter acontecido no percurso que eu troquei os meus remédios. Mais que droga. Caraca eu posso ser mãe tem noção disso. -pela primeira vez me permitir sorrir com a idéia, eu ainda estou desesperada, mas se eu realmente estiver nosso bebê será muito amado.

- Sim pirralha. -seus dedos apertaram meu nariz me fazendo rir. -E será um bebê muito fofo e lindo, se puxar as mães.

Um sorriso gigantesco rasga meus lábios ao imaginar um bebê com a mistura de nós duas. Uma linda garotinho ou garotinha bem branquinha (o)  como Maya, cabelos amarelos como o sol com os meus olhos, e cachos.

-Não comente nada com Maya ainda ta bom? Quero fazer isso quando estivermos sozinhas, e a certeza. -minha irmã apenas assentiu deixando um demorado beijo em minha têmpora direita.

Alguns minutos depois as outras duas voltaram com os nossos chocolate quente, e as rosquinhas que tanto amo. Claro que a minha cara de choro não tinha passado desapercebido por minha namorada, mas logo tratei de mudar o seu foco enchendo seu rosto pálido de beijinhos.

Mais tarde deixamos nossas visitas irem para o antigo quarto de Maya descansarem um pouco, e eu fui fazer o mesmo, deixando meu benzinho assistindo um filme ao meu lado enquanto me fazia um cafuné relaxante. Algumas horas depois nós quatro nos arrumamos e saimos para mostrar a cidade ao casal de pombinhos. Foi uma noite agradável, e relaxante.

No dia seguinte foi a mesma rotina, mas infelizmente eu tive que sair para trabalhar, deixando as três em casa podendo fofocar o sábado todo. Quando sai enchi Maya de beijos já sentindo saudades do seu colo.

O dia passou lentamente fazendo meu corpo gritar por cama. Em um dar momento o ritmo deu uma caída, e enfim meu turno havia acabado, peguei minha bolsa juntamente dos três testes de gravidez da melhor marca que eu tinha comprado e chamei um Uber.

Quando abri a porta de casa encontrei somente minha irmã e a noiva deitadas no sofá vendo filme.

-Ei! ...Cadê a Maya? -pergunto pendurando meu casaco próximo a porta.

- Foi socorrer um amigo na rua, parece que o carro do Emmett parou na estrada, e ela foi levar gasolina. -respondeu a ruiva passando as mãos nos cabelos de Kelly que parecia estar dormindo.

- Eu comprei os testes. -soltei me sentando na poltrona com a bolsa no colo.

- Vai lá fazer então, antes que Maya chegue. -apenas assenti correndo para o banheiro com os três testes na mão. Respirei fundo encostando a porta atrás de mim, agradeci por estar com vontade de fazer xixi.

Eu sentia minhas mãos suarem frias enquanto esperava dar o tempo de virar os palitos. Agradeci quando minha irmã bateu na porta permitindo sua entrada. Era bom ter alguém ao seu lado em um momento como esse.

- Acho que deu o tempo, Carina. -disse Carlotta me tirando dos pensamentos.

Com as mãos trêmulas virei os palitos, e quando apareceu ali duas riscas em todos meu coração se acelerou.

- E ai?

- Eu to grávida. -Digo deixando as lágrimas escorrerem. E naquele momento não era um choro de tristeza, e sim de alegria, mesmo que tudo aquilo não tivesse sido planejado por nós. -Eu vou ser mamãe, Carlotta.



I love my best friend | Marina Onde histórias criam vida. Descubra agora