Part 27

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M.

Ofegantes, suadas, e cansadas eu tinha uma Carina agarrada ao meu corpo com a respiração calma após nos recuperar depois do segundo orgasmo maravilhoso da manhã. Beijo seus cabelos com um sorriso nos lábios, me dando uma certa preguiça, apenas aumentando minha vontade de ficar na cama e dormir mais um pouquinho.

Nossos apetites sexuais sempre vinham pela manhã, com os primeiros raios de sol entrando pela janela. Na verdade não tínhamos tempo ruim, deu uma vontade de dar uma trepada nós dava, sem se importar se era de manhã, tarde ou noite, sexo era a nossa língua materna... Mas infelizmente naquela manhã não podíamos nos dar o luxo de ficarmos deitadas até mais tarde, ainda tínhamos que trabalhar, e só de pensar que em alguns dias as aulas na universidade voltará sinto uma preguiça absurda.

Eu tinha sido aceita na construtora do pai de Gal, hoje será a minha segunda semana, e confesso que tem sido puxado porém de um grande aprendizado. Gael, pai de minha amiga tem me ensinado muitas coisas importantes, sempre me pondo para assistir suas reuniões sejam presencial, ou por videoconferência. Então eu não me dava o luxo de chegar atrasada, pelo contrário sempre chegava quinze minutos antes.

- Fica aqui mais um pouquinho comigo. -pediu a mais velha toda manhosa se agarrando mais a mim quando tentei me levantar.

- Não posso meu amor. O dever me chama. -beijo rapidamente seus lábios. -Você não vai trabalhar hoje?

A mesma respira fundo se jogando para o lado vazio da cama me deixando me levantar. Sorrio apaixonada da sua carinha sexy de pós foda. Cabelos desgrenhado, lábios avermelhados e inchados.

- Depois das nove. -boceja ajeitando seus cabelos. -Tá uma situação muito complicada com o Joe. Fica soltando piadinhas desnecessária o tempo todo.

- Preconceituosas? -arqueo a sobrancelhas.

- Não bella. Ele nem é doído, senão eu mesma arranco as bolas dele na unha. -acabo fazendo uma careta só de imaginar a cena.

-O que você disse pra ele quando terminaram afinal? Você nunca me contou como tudo aconteceu. -a morena torce os lábios com um sorriso envergonhado me deixando ainda mais curiosa. -Vamos me conte.

-Bom... -e meu celular começou a tocar sem parar interrompendo a italiana. Peço para ela esperar enquanto vou atrás do meu celular carregando na tomada próxima a penteadeira.

-Minha mãe... -sussurro para Deluca enquanto aperto o botão para atender a chamada. -Oi mãe!

- Oi minha querida, como vocês estão? -sua voz soou calma do outro lado da linha.

- Estamos bem.

- Diz pra ela que estou mandando um beijo. -pediu Carina sussurrando finalmente se levantando da cama. - Carina ta te mandando um beijo.

E passei quase o resto do meu tempo livre ali na chamada antes de sair correndo para o trabalho.

[…] -Então vamos fazer assim, eu pago pelos ingressos e você a pipoca com o refri. -avisei Carina que brincava com os meus dedos enquanto esperavamos a nossa vez na fila do ingresso.

- Aceito então. -a mesma sorriu me dando um beijinho na bochecha, ato que me fez suspirar apaixonada.

Depois do serviço Carina propôs que saíssemos para caminhar um pouco, e surgiu a idéia de irmos ao cinema ver algum filme que estivesse em cartaz, e aqui estávamos nós em plena terça-feira fazendo programinha de casal.

- Acho que não foi uma boa idéia ver o filme de terror,bella. -choramingou a morena enterrando o rosto em meu pescoço.

- Isso é apenas ficção meu amor. Nada disso é real. -passo a minha mão por seu braço segurando o riso.

- Não ria, Maya.

-Desculpa, mas é que você com medo é fofo. -selo rapidamente nossos lábios aproveitando o escurinho do cinema.

Alguns minutos depois do fim do filme, saimos para comer alguma coisa, as mãos que antes estavam frias pelo terror, agora estavam quentes dentro do bolso do meu casaco. Olhávamos as vitrines das lojas, ora e outra eu tinha que frear Deluca para o seu próprio bem, caso contrário ela iria estourar seu cartão.

Paramos em frente a uma loja de calçados, os tênis na vitrine chamou muito a nossa atenção, porém os preços estavam bem salgados.

-Ai não! -disse a mirena passando o nariz em meu ombro inspirando o meu cheiro. Meus braços estavam em volta de seu quadril, enquanto suas mãos seguravam meus cotovelos. Virei brevemente minha cabeça para trás vendo o ex de Carina vindo em nossa direção com mais um garoto, que era mais novo que ele com traços parecidos. Pelas semelhanças diria que eram irmãos. Se bem que os coreanos tem quase todos as mesma fisionomia.

- Relaxa ta bom?! -pedi beijando sua testa.

- Oi Carina. -disse o garoto mais novo apertando a mão da minha garota. Joe me olhou, e se olhar matasse eu estaria jogada no chão mortinha.

- Oi Jay. Tudo bem?

- Jay, vamos. -o mais velho saiu arrastando o menino que não conseguiu responder a minha italiana. Então o mesmo apenas acenou de longe com um pequeno sorrisinho nos lábios.

Senti Deluca relaxar ao meu lado, soltando todo ar que parecia estar segurando até então.

-Ele me odeia. Pensei que pudemos os três sermos amigos. -brinquei recebendo um tapa no braço. -Agora você poderia me dizer o que aconteceu entre vocês.

-Bem, apenas não ria de mim tá legal? -pediu me puxando pelas mãos para nos sentarmos em um banco vazio ali perto.

- Porque eu riria?! -coloco uma mecha de seu cabelo atrás de sua orelha.

-No dia que Joe e eu terminamos, nós estavamos transando. -torço meu nariz só de imaginar a cena. -não faça essa carinha, para chegar ao ponto preciso te contar isso. Enfim, estávamos nós dois lá em nosso momento íntimo. Eu olhava para ele, o beijava e tudo, porém não era ele que eu via ali, e sim um outro alguém, de tanto pensar nessa pessoa eu acabei gozando, e foi seu nome que saiu dos meus lábios naquele momento. Ele ficou puto comigo, o que não julgo.

Eu fiquei com os olhos arregalados com uma imensa vontade de rir, enquanto a mais velha tinha as bochechas avermelhadas.

- Amor. Eu... Amor. -comecei a rir, mas rir com vontade mesmo. Era tão trágico e Ilário ao mesmo tempo. Não desejava isso nem para o meu pior inimigo.

-Amor pare de rir. -a mesma colocava a mão em minha boca, quase subindo em cima de mim fazendo algumas pessoas olharem para nós duas. -Maya Bishop.

- Desculpa, mas é que... -comecei a rir novamente, mas logo me recompus. -Não te julgo, eu sou gostosa mesmo. -brinquei a fazendo rir.

-Ridícula! Eu fiquei mal por isso em partes, mas serviu para mim abrir meus olhos em relação ao Joe.

-Sobre o que exatamente? -a italiana me olha, e apenas diz não valer apena falar sobre aquilo e eu respeito seu espaço. Enchi seu rosto de beijinhos achando adorável sua face vermelha pela situação.

Pobre Joe...


I love my best friend | Marina Onde histórias criam vida. Descubra agora