Part 23

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C.

31 de Dezembro.

Tinha alguns dias que tínhamos voltado pra casa, além da estadia grátis ter acabado, não poderíamos ficar gastando todas as nossas economias em Páris, por mais atrativo que fosse.

Combinamos que passaríamos a virada do ano em casa mesmo, como tínhamos feito no ano passado. E esse ano não seria diferente, assistiriamos a chuva de fogos da nossa varanda, aproveitando apenas a companhia uma da outra, era mais do que o suficiente, e ambas estavamos de acordo. Depois da meia noite Emmett, Travis, e Victoria viram pra cá para bebermos juntos.

Eu tinha preparado uma ceia pequena, compramos algumas bebidas, e champanhe que não podia faltar para uma virada digna. Maya, estava em seu banho enquanto eu terminava de me arrumar, ela tinha praticamente se mudado para o meu quarto, já que para mim a sua cama era baixa demais, me causando uma insônia horrível. E como eu já imaginava, Maya queria dormir ao meu lado.

Com um pequeno sorriso nos lábios, eu passava uma chapinha em meus fios, os queria escorridos naquela noite. Ainda estava enrolada em minha toalha, deixando meus ombros marcados por Maya desnudos. Soltei mais uma mecha preso na presilha para alisa-los temporariamente, e como eu era um pouco lerda com esse tipo de coisas acabei queimando minha mão pela terceira vez, tentando não me incomodar com a ardência nos dedos.

- Esta nisso ainda?! -perguntou a loira entrando no quarto com os cabelos enrolados em uma toalha branca, e uma em volta de seu corpo.

- Comecei quase agora. Estava falando com o Andrew no notebook. -avisei a olhando pelo reflexo do espelho.

- Aconteceu alguma coisa por lá? -seu rosto de transformou em uma careta preocupada.

- Não, ele só queria me contar que a mamãe finalmente o deixou passar a virada do ano com os meninos do bairro. Pelo o que eu entendi eles vão pra praia, vai ter um show de rap.

- Milagre sua mãe liberá-lo assim, ela prende ele demais não acha?

- Sim, mas ela faz por mal. Apenas é protetora demais, e me ter tão longe a fez se apegar mais ainda ao moleque.

- Sei que não meu amor. -sorrio com o jeito carinhoso dela me chamar, era a primeira vez que se dirigia a mim como amor e eu não estava reclamando. Quase acabo me queimando por estar tão boba e perdida na mulher atrás de mim que seca as pontas do cabelo com a toalha que até então estava em seus cabelos.

- Nem liguei para a minha mãe hoje. Ela deve estar uma fera comigo. -bufou me fitando pelo espelho.

- Quando me ligou parecia tranquila. -avisei deixando a prancha em cima da penteadeira retirando mais uma mecha de cabelo enrolado.

- Ela ligou para você, mas para mim não. -disse indignada pegando seu celular perdido entre os edredons da cama, que não havíamos arrumado depois da tarde de sexo. Eu ainda precisava trocar aqueles lençois. -nenhuma ligação perdida dela.

- Não fique emburrada ciúmentinha, não tenho culpa que a minha sogra me ame mais. -lhe provoquei.

- Não tenho ciúmes de vocês duas, até fico feliz dessa relação estranha que vocês tem. -me beijou a bochecha. -minha mãe vai surtar quando descobrir que estamos juntas, ela sempre shippou a gente.

A olhei com os lábios abertos, e Maya começou a me contar tudo sobre esse papo de Katherine nos ver como um casal fofo... Alguns minutos depois a loira começou a revirar meu guarda-roupa atrás de uma camiseta sua que cismou estar comigo, mas não estava. Era o que eu acreditava até que a loira balançou a peça diante de meus olhos fazendo minhas bochechas corarem.

I love my best friend | Marina Onde histórias criam vida. Descubra agora