Part 35

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Hoje é o meu aniversário, mas quem ganha o presente são vocês 🥳🙊
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M.

O sábado passou totalmente arrastado, mas aproveitado de todas as formas possíveis, desde ficarmos agarradinhas no sofá vendo um filme, ao sairmos cedinho de casa para ir a feira de artesanatos. Para o meu azar a feira funcionava de sábado à domingo, das sete e meia às três horas.

Nem era oito horas de um domingo ainda, e Carina já estava em pé com o som em um volume razoável cantarolando uma canção de uma língua estranha. Sendo acordada pela terceira vez em menos de meia hora, me levantei completamente irritada. Calcei meus chinelos e entrei no banheiro batendo a porta com certa força. Segundos depois Carina abriu a mesma colocando sua cabeça ali.

-Porque bateu a porta? -me perguntou, eu estava tentando mirar meu pau no vaso então apenas virei a cabeça para o lado.

- Não bati. -menti. Não estava afim de morrer, uma coisa que Carina detestava era bateção de portas.

- Então eu estou ouvindo coisas? -arqueou uma de suas sobrancelhas. Apenas dei de ombros, como se disse "pode ser?!" mas não tinha coragem para pronunciar. Quando terminei de fazer xixi balancei meu pênis e passei o papel sobre a ponta e puxei a descarga. - Se acordou estressada não desconte na porta.

-Já disse que não bati, quando drama por causa de uma porta, se essa porra cair eu mando arrumar. -murmurei lavando minhas mãos  logo secando na toalha de rosto.

- Não vou falar nada para não brigarmos. Pois eu sei que é isso que você quer. -a morena saiu sem me dar a chance de rebater.

De frente para o espelho fiz minha higiene bocal após prender meus cabelos desgrenhados. Lavei meu rosto e passei um hidrante facial que ficava ali. Quando pus os meus pés para fora do comodo encontrei minha noiva ajeitando a mesa da varanda com o que costumávamos comer pela manhã. Frutas, iogurte, panqueca, biscoitos,  leite e café preto. Senti meu estômago roncar, e caminhei até o lado de fora após colocar um casaco pendurado próximo a porta.

- Bom dia! -lhe disse puxando uma cadeira me sentando.

- Bom dia! -a italiana ficou me olhando por um tempo. O jeito que ela me olhava me intimidava, me assustava menos quando ela falava. -O que aconteceu para você acordar com o pé esquerdo hoje?

- Nada demais-me limitei pegando uma xícara e colocando um pouco de café.

- Certeza?

- Hunrum. -levei a xícara até os lábios com o líquido fulminante. -Eu só queria dormir até mais tarde, estou cansada, fui dormir tarde porque tinha que organizar algumas coisas do trabalho, terminar meu trabalho da universidade que estão atrasados.

- Desculpa, eu avisei você que iriamos sair cedo, e você disse que estava tudo bem. Não vi o horário que foi se deitar, eu estava em coma. -sorriu me fazendo rir -Se estar cansada eu respeito isso, então eu pego um Uber e vou pra feirinha pra você poder descansar. Não quero ser um peso e parecer que estou te forçando a sair para fazer minhas coisas.

Respirei fundo com as palavras distorcidas de Deluca.

- Amor, não distorça as minhas palavras. Nenhum momento eu disse que você é um peso, que esta me forçando a fazer suas coisas, pelo contrário eu vou porque gosto de estar perto de você.

- Mas não é o que parece. Desde que acordou esta passando raivinha.

- Carina, eu já disse que estava chateada pois estou cansada. -tentei manter a paciência.

I love my best friend | Marina Onde histórias criam vida. Descubra agora