Part 16

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C.

Estar nos braços de Maya me trazia paz, me deixava com o peito aquecido. Era estranho ter todo esse sentimento por ela, mas ao mesmo tempo compreensível, Bishop era sempre tão carinhosa, e cuidava tão bem de mim, mesmo que a maior parte do tempo era eu que cuidava dela, mas enfim, tinhamos uma sintonia única. Seu jeito moleca me deixava maluca de um jeito bom.

Todos os dias eu tinha que aguentar as mensagens e ligações de Carlotta perguntando se eu já tinha me declarado para a loira, e a minha resposta sempre era a mesma. Ainda não estou preparada… Até cheguei a cogitar a idéia de jogar a real para a canadense, mas sempre desistia no meio do processo, pois Joe também estava envolvido nessa bagunça.

- Hoje irei dormir no Joe. -anunciei depois de alguns minutos em silêncio.

- Pra que isso? -perguntou limpando as mãos sujas de Cheetos em meu moleton.

- Pare de ser folgada. -reclamo beliscando sua barriga.

- Ai! Você anda judiando demais de mim. -a mesma faz um beicinho.

- Você que anda muito folgada. -me ajeito na cama jogando uma de minhas pernas em cima das suas, automaticamente a mão da loira começa fazer uma carícia gostosa em minha coxa. Eu não fazia aquelas coisas por mal, sempre agimos assim, e não tinha pra quer mudar só porque descobrir ter uma queda por ela agora.

- Não me respondeu porque irá dormir lá.

- Porque ele é o meu namorado e namorados dormem juntos. Além do mais iremos viajar depois de amanhã e Joe infelizmente não poderá ir.

Vejo os lábios de Maya se contrairem em um sorrisinho. Sua empatia com Yoon não era de agora.

- Que pena.

- Não seja uma ridícula. -digo montando em suas pernas sem pensar. Sinto minhas bochechas esquentarem, sentindo os braços da outra rodearem meu quadril, tendo meus dedos firmes em seus ombros.

- Sou a ridícula que você ama -debateu cheia de si.

- Vou te morder - ameacei apertando seu pescoço magro devagar. A loira me olhou como dissesse "você não tem coragem". E então apenas mordisquei sua bochecha direita, depois a esquerda.

- Isso nem é uma mordida, você babou em meu rosto isso sim.

- Estava tentando ser uma boa pessoa. -expliquei beijando onde havia mordido. E como eu só estava fazendo merda mesmo, resolvi jogar. -Não adianta chorar.

- Chorar?! -perguntou com o cenho franzido.

- Sim. -segurei em seu rosto jogando sua cabeça para o lado, e me inclinei passando a língua em sua pele alva, fazendo Maya suspirar apertando meu quadril, ato que faz minha pele se arrepiar.

- Carina-podia jurar que Maya havia soltado um gemido. Para finalizar deixei uma mordida ali sentindo a mesma se mexer inquieta. E só talvez seu amiguinho tivesse dado sinal de vida.

Quando cai na real da merda que eu estava fazendo, simples a abracei fortemente, enterrando meu rosto em seu pescoço, tendo os braços fortes da canadense me apertar contra si. Era como se precisávamos daquilo para nos acalmar. Eu queria chorar, gritar e dizer que estava apaixonada por ela. Mas me mantive calada.

-Esta tudo bem? -perguntou alguns segundos depois ainda abraçadas.

- Sim. -sussurrei a apertando mais contra mim. -Sempre vai ficar bem.

[…] Depois daquele momento estranho no quarto de Maya, decidimos descer para caminhar um pouco. O clima estava bom lá fora, apesar da neve que ainda caia. Acabamos encontrando com Emmett e Travis, que estavam ainda em seus lance que ninguém entendia.

I love my best friend | Marina Onde histórias criam vida. Descubra agora