Part 37

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M.

Algumas semanas depois...

Os últimos dias desde a nossa primeira consulta médica se resumia entre enjôos, alterações de humor, e desejos. Carina, mal conseguia manter os olhos abertos quando deitavamos para ver televisão, estávamos entrando no terceiro mês e eu não via a hora de chegarmos no quarto, para ver o seu sexo, e no nonô para finalmente conhecer seu rostinho.

Eu tentava o meu máximo estar mais presente no dia a dia de minha noiva, e não tentar surta com algumas coisas bestas,mas nem sempre funcionava. E ela também surtava comigo, como uma simples cueca presa no registro do box (sendo que ela deixava sua calcinha também), peças de roupas que eu esquecia dentro da máquina, que a horas tinha parado de bater, entre outras. Mas estamos sobrevivendo.

Ainda estamos sobrecarregadas com algumas coisas do trabalho, universidade, e Carina com muitas coisas da dança, que segundo a doutora Robbins ainda ela pode praticar, porém todo o cuidado é necessário. A obra do interior estava me dando um trabalho danado, sempre tinha problemas para resolver, mesmo eu tendo uma boa equipe ao meu dispor era cansativo, mas eu sabia que tudo isso faz parte de qualquer trabalho, e quando estamos fazendo aquilo que gostamos nenhum problema se torna um obstáculo.

Já passava das nove da noite, e eu estava em frente ao meu notebook em uma chamada e vídeo com minha mãe. Carina estava tomando o seu terceiro banho do dia, e como estava com saudades da minha velha topei uma chamada para ver seu rosto.

- Você esta com um carinha abatida minha filha. Esta se alimentando direitinho?

- To mãe, só excesso de coisas mesmo. - suspirei lhe dando um sorriso sincero. -São muitas coisas sabe?

- Sei sim, mas não deve se atolar tanto. Você é uma pessoa e não uma máquina. Deveria sair mais, esta pálida. -minha matriarca negou com a cabeça me fazendo rir.

- Mamãe, pálida eu já sou. Acredito que até o final do mês estarei mais tranquila. -afirmei, mas não tinha tanta certeza disso, já que as obras estavam mais devagar que eu imaginava.

- Ainda estamos no dia dois querida, o mês tem trinta e um dias. Porque não pede uma folga e adianta a vinda pra cá.

- Vou ver mãe, caso contrário apenas no dia vinte e um mesmo. Porque a senhora não vem pra cá? Ficarei muito feliz em tê-la aqui.

- Vou ver filha. -repetiu minha frase me fazendo rir. Eu queria tanto contar a ela agora, mas combinamos que seria uma surpresa para quando fossemos até Miami no meio do mês.

- Deixa-me te falar querida. O Andrew ta um perigo com aquela moto nova, passa acelerando pelo bairro. Yolanda ta doidinha com isso, coitada. Sem contar o fato que agora começou a fazer uma amizades das erradas na oficina.

- Sério? -dona Kate assentiu. -Que coisa, mas a senhora achava que ele esta mexendo com algum tipo de droga?

-Que foi me contado não, ele esta bebendo bebida alcoólica. A dona Nadir disse que viu ele com maconha na boca.

- Ai mãe, a senhora vai ouvir dona Nadir?-franzi o cenho. A mulher era conhecida no bairro como fofoqueira mentirosa, então ninguém lhe dava ouvidos ha não ser minha mãe e tia Yolanda.

- A da droga fiquei com um pé atrás, mas da moto e dos caras vi com esses olhos aqui. -a mulher apontou para os seus próprios estalados. -mas se não estiver, jaja que esta. Andrew, mudou muito, Maya.

-Vou ter uma conversa com ele, apenas pra ver o que esta rolando e tals. Só não comenta nada disso com Carina, ta legal?

Olhei para o corredor quando o barulho do chuveiro parou. Respirei fundo voltando a minha atenção para a tela.

I love my best friend | Marina Onde histórias criam vida. Descubra agora