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"Capitulo 1: I'm on a sugar crash"
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(...)
Olhou para baixo, era alto, as chances de sobreviver eram tão baixas que lhe alegravam.
Sorriu pela primeira vez em anos, permitiu que a covinha que tanto odiava no canto de sua bochecha aparecesse.
Jogou sua mochila e casaco no chão do alto prédio. Esperava que a sensação fosse tão boa como esperava, como sonhava.
Os cabelos loiros se mexiam com o vento, os olhos cheios de mágoas se fecharam. Permitiu que a brisa lhe levasse. Afinal de contas, ele não estava ali.
Em princípio... por que estaria?
(...)Um ano antes(...)
O assoprar da fumaça saio dos lábios rosados, seguido por um longo bocejo que ecoou pelo quarto já vazio, com apenas algumas caixas aqui e ali, o jovem garoto de cabelos reluzentes se manteve encostado na beirada da grande janela, o clima combinava com seu estado de Espírito.
Frio e vazio.
Tentava se afundar ao som de Bloody Mary enquanto via as pessoas passeando normalmente pelas ruas. Queria aquilo.
Queria aquela paz de poder andar sem ser parado por qualquer pessoa que seja, com desculpas honorárias, perguntas inapropriadas, tudo que deixava o jovem Uzumaki irritado.
Levou o cigarro aos lábios novamente, tragando como se não tivesse compromissos para mais tarde, apenas tentando esquece-los.
Se virou ao ouvir uma movimentação vindo da porta, a pequena menina lhe encarava com os olhos avermelhados, os cabelos eram soltos, batendo até metade de suas costas, e a expressão sôfrega o deixava inquieto.
Não gostava de vê-la daquele jeito.
As grandes pérolas lhe imploravam redenção, mas sentia que não poderia dar o que a irmã ansiava.
Era doloroso demais para si, e apenas uma vez precisava priorizar sua saúde mental. Fez um gesto para que ela de aproximasse, apagando rapidamente seu cigarro o jogando fora em seguida.
Fazia meses que não encostava em um.
A pequena lhe envolveu em um abraço, afundando o rosto em sua camisa social meio amassada, se permitindo sentir o cheiro repugnante do vício de seu irmão, mas sem despistar a sensação de conforto.
O abraço envolvia mais do que carinho ou aconchego, exigia aceitação, a tentativa de ser compreensivo.
Como ser compreensivo naquela situação?
Se soubesse que em uma semana sua vida poderia mudar deste jeito pularia daquela maldita ponte quando teve a chance.
Apertou os lábios quando os olhos predadores lhe vieram à mente...
Os olhos que foram sua salvação e perdição ao mesmo tempo.
Uma linha eterna entre o amor e o ódio.
Seguido pelo sorriso que lhe enlaçou.
"-Deveria sorrir mais, seus dentes além de perfeitos são tão brilhantes, poderia iluminar toda esta cidade de merda- A doce e animada voz falou ao seu lado, dando soquinhos ao mencionar a cidade.
O Rio abaixo da grande ponte era vasto, era belo. Mesmo nas noites, se forçasse os olhos, conseguia ver diversas pedras no fundo, a maioria afiada.

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= • || Sugar Crash
Hayran KurguSeu pai anunciou seu casamento no final de Novembro, e suas lágrimas na grande e ampla sala branca ao ouvir a notícia sobre sua mãe acabaram com si. Sua vida não tão perfeita chegou ao fim em L.A... Os meses passam e as coisas mudam, e agora, ele te...