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Elsa



Acho que nunca tive tanto medo em minha vida. Após  a ligação se encerrar parecia que meu coração aceleração gradativamente, minha respiração ficava descompassado, as vozes ao meu redor ficaram mais distantes, e parecia que tudo estava retorcido em minha cabeça, balancei a cabeça tentando voltar ao normal sem sucesso. Passei minha mão  em meu pescoço com certo desespero. Merda. Eu estava tendo um ataque de pânico.

—Elsa. — Uma das enfermeiras estava de frente comigo. —Preciso que respire fundo. Sei que é  difícil, mas deste jeito você  não vai conseguir ajudar ela. Olha para mim. Respira junto comigo. —Ela falava e aos poucos eu conseguia me atentar a ela, demorou alguns minutos, minutos esses importantes, e quando consegui sair daquela maldita crise, respirei fundo e entrei em contato com a polícia, mas eu não ia conseguir ficar esperando então sai do hospital,  deixei a Hope com uma amiga, peguei meu carro e parti em disparada pro local que eu já conhecia muito bem. Não demorei muito afinal eu estava dirigindo feito uma louca. E logo avistei o carro da Cora, e aquilo ao mesmo tempo que me aliviou,  me deixou preocupada, fui seguindo ela não tão perto, e meu coração parou quando eu vi o carro perder o controle e cair dentro do lado de ponta cabeça. Eu acelerei, e tentava me controlar para não ter outra crise e invés de ajudar só  atrapalhar. Eu não  sabia ao certo o que fazer, foi quando eu vi Cora na água e eu parei o carro com tudo e sai, e foi aí que do nada Ana puxou ela para dentro da água, e eu sem pensar duas vezes pulei dentro do lago. E nadei pra perto delas, Ana segurava ela embaixo da água e eu mergulhei tentando desprender o cabelo de Cora das maos dela, mas ela não soltava, e foi aí que eu emergi e sem pensar duas vezes dei um soco nela, certeiro em seu nariz que começou a sangrar e ela soltou as duas mãos de Cora, mas para o meu desespero Cora não emergiu.

—Não,  Não,  não. — Eu repetia aquilo em total desespero, eu não queria nem pensar no pior, mas mergulhei novamente e vi tudo que eu não queria, Cora, apagada, afundando cada vez mais no lago. Eu a puxei para perto, e consegui subir novamente e nadei para borda arrastando ela,  era difícil mais puxei ela para fora, Cora não esboçava nenhuma reação.  E aquilo me deu uma tristeza que eu não sabia explicar.  Trouxe o corpo dela mais pra perto, e comecei a fazer a massagem cardíaca nela. —Por favor amor. —Eu já estava chorando, eu não podia perder a Cora, eu fiquei tanto tempo espetando alguém como ela, e eu amava aquela mulher mais do que tudo, nunca amei ninguém assim, e eu não ia conseguir lidar com perder ela.  Continuei as pressões no peito dela, e senti quando Ana parou atrás de mim, ela estava com a arma na mão  me olhando.

—Para Elsa.

—Não.

—Ela morreu. Esquece ela.

—NÃO,  ELA NÃO  MORREU.  — Eu continuava precionando o peito dela.

—Elsa sai de perto dela se não eu vou atira.

—Quer me matar, me mata sua desgraçada. — virei pra ela por um momento. —essa mulher, é  a mulher que eu amo, ela é  tudo que eu e minha filha queremos, e mais amamos. E eu não posso aceitar perder ela. — continuei forçando o peito dela e ouvi nitidamente Ana ajeitar a arma pra atirar, e naquele minuto a polícia chegou e eu ouvi três disparos, eu  abracei o corpo de Cora, gelado, inerte ali. E comecei a chorar. Eu estava sem chão.  E foi quando ela começou a tossir. E e eu me afastei tentando limpar minhas lágrimas e apoiar ela para que gospise toda a água. —Calma amor, eu tô aqui. — Falei e ela segurava meu braço com certa força  e parecia um pouco desnorteada. E foi só aí que eu olhei em volta e corpo de Ana boiava na água. Sim ela estava morta. Respirei fundo, enquanto ainda fazia carinho em Cora em meus braços.  Coloquei ela no carro e conversei com os policias até que fui liberada para levar ela pro hospital,  ela estava cansada, e um pouco aérea, havia perdido bastante sangue devido ao ferimento  na perna.  Enquanto eu dirigia peguei a mão dela.—Amor?

—Oi amor, eu só estava pensando. Eu não queria que ela tivesse morrido.

—Amor isso tudo foi escolha dela. A única coisa que me importa é que ela não conseguiu o que queria com você.  Eu não ia saber o que fazer sem você amor. —Ela me sorriu e eu beijei a mão dela.

—A Hope?

—Ela está bem amor, a essa altura deve estar com a Regina, eu pedi que ligassem para elas e explicassem tudo,  elas devem estar no hospital,  e já devem saber de tudo que aconteceu.

—Zelena e Regina devem estar surtando.

—Sim, mas vai passar amor.— Falei já estacionando o carro, descemos e eu apoiei ela para que fossemos até o hospital, ela estava mancando bastante por conta da perna. E quando chegamos na porta do hospital dei sinal para que buscassem uma cadeira de rodas. E enquanto esperava fiquei segurando ela. É ela me Olhou e me beijou.

—Eu te amo.

—Também te amo.—Logo Cora foi receber atendimento, e eu fui assinar alguns papéis e ir até o quarto ela estava com as filhas dela, e quando entrei no quarto, Hope estava deitada no peito dela e assim que a ruiva me viu ela veio como um furacão para cima de mim.

— Você acha que isso é  legal para minha mãe ? Ela acabou de operar o coração e olha o que você arrumou pra  ela, uma ex louca que quase matou ela.

—Zelena para. —Regina e Cora tentaram chamar a atenção dela.

—Não é  Zelena para, por causa da ex louca dessa garota quase perdemos nossa mãe,  isso não é  saudável.  Não sei o que você pensa  que quer com nossa mãe, mas é  óbvio que você  não é  alguém positiva para estar ao lado dela. — uma lagrima escorreu em meu rosto, e eu limpei e fui dar um passo a frente e Zelena não deixou.

—Zelena, ela é  minha mulher.

—Vocês não são nada perante a lei, e eu não sou obrigada a deixar você entrar aqui. —respirei fundo e Cora me olhava preocupada.

—Zelena se você acha que essa sua ceninha vai me fazer dar meia volta e não ficar com a minha mulher, vai ter que se esforçar mais. Porque em Cima daquela cama estão minha esposa e minha filha, minha família, e nem você nem ninguém vai me afastar delas, você  é  filha dela e respeito isso, mas a garotinha nos braços dela também  é, não sei se vocês sabem disso, mas ela registrou a Hope, e outra coisa eu não preciso de um papel para dizer o que ela é  minha, mas em breve teremos esse papel também. E eu adoro você,  adoro a Regina, mas juro que se você não me deixar chegar perto dela eu vou esquecer que você é  filha dela por um momento, e vou arrancar você desse quarto pelos cabelos ruiva. E eu não estou brincando. — Terminei e ela simplesmente deu um passo pro lado e eu respirei fundo e fui para perto da Cora e Regina fez dois joinhas com as mãos e saiu puxando a Zelena chamando ela de idiota. —Desculpa tratar sua filha assim.— Me aproximei e dei um beijo em sua testa.

—Não conhecia esse seu lado. Mas admito que adorei ouvir você  me chamando de sua mulher. Sua esposa.

—Amor você  é,  claro que vamos oficializar isso tudo. Mas você  é  minha mulher. E pelo amor de Deus nunca mais me assusta desse jeito Cora. Nunca tive tanto medo, como eu tive na hora que te vi ali, sem reagir. — Eu falava tentando não  chorar, ela me fez um carinho no rosto, e Hope começou a chupar o dedo e mexer no cabelo dela. — E esse grudinho seu ai?

—É  minha macacaquinha. — ela falou e Hope deu risada.

—Amor o que acha de férias? Podemos viajar um pouco, e ficar um pouco longe daqui... claro se você quiser... bom...

—EI.. vamos. Podemos viajar para onde você  quiser.

—Ótimo então,  vou organizar tudo e pedir férias, e vamos ter um tempo Só  nos três.

Partition - SwanqueenOnde histórias criam vida. Descubra agora