Partition - Swanqueen

21

~•~•~•~

Emma

Estava no telefone com Zelena eu já estava desesperada que Regina descobrisse de qualquer  jeito, e eu não  sabia bem como começar aquela conversa.

—Emma ela ama você,  só  senta e conversa como você fez comigo. Vai dar tudo certo.

— Zelena eu e você  é  diferente, você  é  minha amiga.

—Quanto mais você  enrolar pior vai ser, ela está aí nos Estados Unidos, um país diferente, se ela descobri do nada ela vai surtar Emma.

—Eu acho que ela vai surtar de qualquer jeito.

—Ela vai ficar puta, mas vai te ouvir. Pensa nisso.

—Eu vou falar com ela, o Henry e o Daniel acho que dormiam eu vou chamar ela pra conversar.

—Faz isso loira.

—Obrigada Zel.

—Magina. —Desliguei o telefone e quando me virei Regina estava atrás de mim.

—Você estava com a Zelena no telefone ?

—Sim.— Eu não sabia o que ela tinha escutado mais tentei ficar calma.

—Henry e Daniel dormirao, aí pensei que podíamos namorar um pouquinho. —ela veio para perto e eu me afastei.—Qual problema Emma?

—Eu preciso conversar comvocê, já protelei isso tempo demais.

—Assim você  me assusta.—Ela falou e eu peguei nas mãos dela e a fiz sentar no sofá e sentei do lado dela, olhei em seus olhos e respirei fundo, eu sabia que não tinha volta e que tudo entre nós podia acabar após aquela conversa.  Eu estava um pouco enjoada talvez fosse nervoso.

—Bom, eu quando fui pro Brasil, fui porque precisava de calma e de um pouco de inspiração pro meu livro. Mas principalmente porque eu estava sufocada aqui. Minha família nunca foi fácil, sempre esperaram certas coisas de mim, e idealizaram uma vida pra mim. E eu sempre me ajeitei a tudo que eles queriam, e acabei me casando muito nova.— O rosto de Regina mudou quando falei a palavra "casando". —Eu achava que ele era um cara legal, mas com o tempo fui percebendo que não,  que ele era um escroto, e que eu sempre me forcei a gostar dele, a gostar do corpo dele, do beijo, do toque. Diferente de você,  que foi tudo natural, tudo desejável, tudo gostoso. —Ela sorriu, mas estava na cara que estava incomodada. —Bom eu sempre quis ser mãe,  tanto que por isso estou atrás de adotar o Daniel,  eu sempre tentei engravidar e nunca deu certo. As vezes eu recebi um falso positivo  que era descartado com minha menstruação poucos dias depois, e isso sempre me feriu muito, eu sempre fui atrás de médicos,  mas meu marido se negava a ir e aceitar que talvez ele fosse o problema. E eu depois de anos passando por isso se já não o amava no início,  depois esse sentimento se apagou totalmente, e aí foi quando minha venda caiu totalmente e eu comecei a ver as traições dele, ver quem ele era de verdade, e que ele nunca se importou comigo. E aí eu falei de divórcio,  mas isso mexeu com ele, e acabaram acontecendo algumas coisas que não me orgulho.— Engasguei com aquela parte da conversa, acho que enterrei certas coisas tão fundo que nem me lembrava. Respirei fundo.

—Que coisas ?

—Ele não aceitou bem a questão do divorcio, sismou que eu tinha outro, ele estava bêbado esse dia e eu não notei, e ele acabou me forçando a dormir com ele, me machucou tanto no físico quando na alma, e eu quis morrer aquele dia. No outro dia ele me fez desistir do divórcio. E nossa relação era tão abusiva que eu não percebia. Eu nunca precisei dele pra nada, sempre fui independente, ganhei meu dinheiro com meus livros, institui esse padrão de vida e eu sustentava ele. Mas eu não via as coisas, e chegamos no ponto dele me dizer que iria engravidar uma mulher fora do casamento que queria um filho de qualquer jeito, mas não queria um bebê de proveta ou um órfão,  eu achei isso um absurdo. E pra completar ainda me convidou pra um a três.