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Todos estavam em seus quartos,e Ruby estava deitada na sua cama enquanto a ruiva tomava banho, ela escutava ligeiramente os gemidos da amiga no andar de cima, e tudo que ela queria sem dúvidas era estar fazendo o mesmo com Zelena,mas sabia o quanto aquela ali era complexa.

Ela se ajeitou na cama quando ouvi a porta do banheiro se abrindo. Ela estava feliz,mas seu sorriso logo deu lugar a dúvidas,  pois a ruiva estava com a roupa que chegou ali,estava com seu celular na mão.

—Você  não vai fazer isso! — A morena levantou da cama indo para perto da ruiva.

—Ele me ligou várias  vezes, eu queria mesmo ficar aqui com você. Mas o que eu posso fazer ? Fingir que sou uma adolescente inconsequente dormir com você,  e amanhã lembrar que sou casada ? — Ruby riu ironicamente e foi até a porta do quarto e abriu.—Você  significa algo pra mim, mas eu...

—Por favor! É só  sair.

—Ruby...

—Zelena, você  já é  uma adolescente inconsequente.  Você nos fez significar merda nenhuma entende? E eu só  quero que você pegue suas coisas, e sai de uma vez por todas da minha casa, da minha vida, e que apague meu número do seu telefone.

—Quando você  estiver mais calma podemos conversar.—Ela riu ironicame nte,e pela primeira vez pegou o braco6 da ruiva com raiva e arrastou ela até  a porta principal abriu e a empurrou pra fora.

—Você  não  merece alguém  como eu. 

—O que é  alguém  como você? Eu sou hetero e você  quer porque quer me ter na sua cama, e fez de tudo para me cercar. E se aproveitar da minha fragilidade.  — Zelena sabia que ela estava apelando e falando demais talvez por não ter motivos para deixar Ruby.

—Zelena você  e ele, vocês  se merecem. São dois lixos. Você  quer ficar com ele  ? Fique. Quer ficar com alguém  que te bate que te violenta,  que te machuca, problema seu. Quer ficar com alguém  que você  não ama, fodasse. Eu não sofro mais nem um dia por sua  causa. —Ruby chorava já naquele instante e Zelena claramente percebeu que ela estava colocando um ponto final em uma história que nem se
quer havia começado. Ela tentou se aproximar de Ruby quando percebeu que a morena estava tendo uma crise de ansiedade. Mas a própria morena empurrou ela e gritou. —Eu quero que você  vá pro quinto dos infernos  com esse seu casamento de merda. E pode ficar tranquila que eu não  vou te cercar senhora hetero  que adora uma rola. E fica tranquila que coloco  outra na cama que você  esquentou ainda hoje. —Ruby entrou e bateu a porta. Seu mundo havia desabado naquele momento, ela amava demais Zelena,e cada palavra para ferir a ruiva a feria também. A morena apenas encostou seu corpo na porta e o deixou escorregar até  atingir o chão. Ela chora feito uma criança, sua crise de ansiedade havia voltado com toda força  e ela mal podia se controlar.

—Ruby me deixa ajudar. Sei que você  está  mal.— A ruiva pediu. Ela podia negar. Podia mentir  para si mesma por medo, mais ela era perdidamente apaixonada pela morena, e ter essa certeza assustava ela.

—Some daqui, antes que eu chame a polícia.— Foi a última coisa que Ruby respondeu antes de se levantar, trancar a porta e ir pra sua cama. Ela ia chorar, ela sabia que essa seria sua pior noite, mas ela também  sabia que pela má há quando acordasse ela teria matado todo e qualquer amor que sentirá um dia por Zelena Mills.

...

Zelena ficou alguns minutos ainda na frente da casa, talvez ela esperasse que Ruby aparecesse do nada e a agarra se em seus braços. Mas desta vez isso não aconteceu. E ela ficou perdida. Perdida pela primeira vez. Não tinha outra alternativa agora há não ser voltar para  casa. E pelo horário ela sabia que o que não teria hoje era paz. Pediu um uber. E ficou ali cerca de cinco ou dez minutos.

Não levou muito tempo para chegar em sua casa, mas os poucos minutos que ficou por ali. Ela pensava em toda a briga com Ruby, ela talvez não soubesse mais o que fazer pra evitar tudo aquilo, e chegar na porta de sua casa não  parecia certo. Sim Zelena estava começando a entender que seu lugar não  era e nem nunca foi com August.
Ela abriu aposta e entrou em meio ao escuro. Fechou a porta e ainda de costas para casa, ela pegou seu celular,e entrou no Whatsapp,e Ruby já havia bloqueado ela. E Então  ela ligou para morena,do telefone tocou por diversas vezes até  cair na caixa postal.

—Oi...eu acabei de chegar em casa. Eu sei que  você  deve estar pura comigo. E nem tenho como pedir paciência, você  já é  paciente demais comigo. E eu nem sei como pedir perdão  pra você,  ver você  daquele jeito acabou comigo de tantas formas. Se puder queria conversar com você amanhã, quando estiver mais calma. Não  quero ficar assim com você  Ruby...

—Ruby? É sério ? —A voz de seu marido vinha do breu dentro da casa e quando ela acendeu a luz e se virou, deu de  cara com ele sentado empunhando uma arma.— Você  está  me traindo com uma maldita sapatão?

— Eu não estou.  Ela....

—Você me rejeitou hoje, não quer trancar comigo Zelena, e estava até agora na casa daquela maldita transviada. — ele falava mexendo na arma.

—Eu só  não ando muito bem.— ela falou tentando abrir a porta por trás dela para sair dali, mas ele percebeu e se levantou na mesma hora, a empurrou de perto da porta e pegou as chaves, colocou em seu bolso.

—Me da seu celular ! —ele pediu e quando ela pensou em exitar ele gritou novamente a mesma frase, e como ela não  reagia,ele puxou o telefone da mão  dela, ao tentar mexer ele viu que estava com senha. —Desbloqueia. — ele logo apontou a arma na cabeça  dela.—Agora.

—Ok.—ela falou e colocou a senha, Zelena estava com medo, ela nem sabia o que pensar na verdade, August estava mudando cada vez mais. E aquilo talvez fosse o pior dele se mostrando.

Ele olhava o celular dela de cabo a rabo, olhava todas as conversas  uma a uma embusca de alguma coisas, e como quem procura acha. Viu a conversa com Ruby.

—Sem dúvidas o seu beijo, é  o melhor  que já provei, mas eu juro por Deus que vou esquecer você.—ele falava em voz alta um trecho  da mensagem da morena. O ódio tomava conta de todas as fibras do corpo dele. Em um surto  arrematou o celular na parede.—Eu sou uma piada para você? — ele falava tentando não  gritar, mas seu corpo todo ansiava por esbravejar e a segurar pelo pescoço até sua raiva passar.

—Eu... não... nos não tivemos nada...foi um beijo...e eu vim....

—CALA A BOCA! —ele estava  nitidamente fora de controle. —Fala a verdade pelo menos uma vez Zelena.

—Eu não tenho nada com ela.—ela falou e August não se segurou e deu um tapa na cara dela, e aquele tapa  fez ele perder o controle, logo ele sentiu uma fúria gigantesca tomar conta de todo seu ser, e ele.nem conseguia ter controle do que faria com a ruiva, ele apenas avançou  sobre ela.

Partition - SwanqueenOnde histórias criam vida. Descubra agora