Capítulo 11

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Ando tão boazinha, e há quem me chame de malévola, não é mesmo Denise Brito?

Hahha , amoras, mais Dani pra vcs, pq vcs merecem!

Feliz carnaval!!

Daniel

- Daniel, estou pronta!

Marina estava ali, em meus braços, e a declaração que acabou de sair de sua boca deveria me deixar em êxtase, mas não estou. A verdade é que eu sei que é mais uma atitude precipitada tomada pela emoção e o desejo. Sua boca diz que me quer como eu a quero, mas seu corpo demonstra o contrário, ela está tensa. Pelo pouco que a conheço já percebi que ela é uma mulher que age motivada pelas emoções, que não para pra pensar. Que se joga e depois se arrepende. Como eu sei de tudo isso? Basta ver a maneira como ela se comporta, em um momento me liga, no outro foge, e não é isso que eu quero dela, não quero me deixar levar pelo momento e não ter a chance de conhece-la de verdade. Quero que ela também me conheça, que queira estar comigo. Nesse momento ela está falando com o desejo, sei que a atração que nos cerca é muito intensa e eu mesmo já quis me deixar levar. Queria me enterrar em seu corpo e liberar todo essa tensão sexual. Tive que me manter firme e me controlar várias vezes para que não colocasse tudo a perder, porque se eu fizesse algo impensado, tudo estaria acabado. Ela fugiria e eu não conseguiria faze-la voltar atrás. Marina é arredia como um cavalo selvagem. Quanto mais eu me aproximo, mais ela se afasta.

Ainda abraçado-a, beijo seus cabelos e inalo seu perfume doce e suave. Assim como sua pele, macia e cheirosa. Manter o controle tão próximo... definitivamente é uma tortura.

- Não querida, você não está pronta! - digo baixinho em seu ouvido e ela se afasta imediatamente, me encarando com seus belos olhos negros e sua face ruborizada pelo desejo. Então ela desvia o olhar e olhando para baixo me diz.

- Eu... eu não entendo, Daniel. Você me manda flores, me cerca por todos os lados, e quando eu resolvo vir até aqui decidida no que quero, ou pelo menos eu achei que você queria ouvir, você me nega novamente? - Mesmo com uma boa distância entre nós, consigo sentir sua hesitação, seu corpo rijo, e é exatamente como eu pensei. Marina veio até aqui encorajada pelo desejo, pela luxúria, e isso não é o que eu quero. Vou até o aparelho de som e abaixo um pouco o volume. Marina se mantém imóvel no mesmo lugar, plantada no meio da sala de cabeça baixa. Aproximo-me dela e toco suavemente seu rosto levantando seu queixo para que ela olhe em meus olhos. Ela me encara por um momento e eu acaricio sua face. Ela fecha os olhos e suspira profundamente diante o contato de nossas peles.

- Querida, olhe para mim. - Peço suavemente para não assustá-la, e surpreendentemente ela faz como eu lhe peço. Quando me encara, suas pupilas estão dilatadas e seu lábio inferior está tremendo. Seguro uma de suas mãos e vejo que está gelada e suando frio ao mesmo tempo. - Eu não estou te negando. Muito pelo contrário, eu te quero e muito - respiro profundamente - Mesmo que fosse verdade o que você me disse. Eu queria que sua boca estivesse em sintonia com o que passa aqui. - Digo apontando para sua cabeça. - E aqui. - Afirmo colocando minha mão sobre seu coração. - Mas, no fundo eu sei que você está se deixando levar pelo desejo, pelas emoções e não é assim que eu quero. - Ela me olha confusa, seus olhos me remetem toda angústia e confusão que está passando por sua cabeça.

- Daniel, realmente eu não sei aonde você quer chegar, é tudo muito intenso e confuso quando estou com você. Às vezes acho que sei o que você quer, mas ai você me diz umas coisas que me deixam sem saber como agir. - ela diz com uma voz triste.- Eu a compreendo. Às vezes também me pego confuso com tantas emoções misturadas.

- Vem cá querida. - Digo a puxando em direção ao sofá- Sente-se aqui. - A acomodo no sofá e sento ao seu lado. Marina torce as mãos sobre seu colo visivelmente nervosa.

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