Capítulo 3

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Daniel

Marina, até seu nome é belo.

Fico observando-a sair com outro cara, sentindo uma imensa vontade de matá-lo. Por impulso decido segui-los. Quando chego à porta da saída, vejo que ela decide ir embora do clube sozinha. - que me deixa aliviado.

Levo meus dedos onde há poucos minutos estavam dentro dela até o meu nariz e sinto o seu cheiro. Um cheiro único... que me enlouquece. Mais enlouquecido ainda, fico quando os chupo e sinto seu sabor em minha língua. Um sabor tão único quanto o seu cheiro. Tão maravilhoso quanto todo o seu corpo. Isso me deixou ainda mais ligado do que já estou. Minha vontade naquele momento, era fode-la até perder os sentidos, mas eu não podia. Não sem saber nada sobre ela.

Sexo pra mim significa muito mais do que uma foda para aliviar a tensão. Sexo pra mim é algo divino e deve ser tratado como tal. O corpo de uma mulher foi feito para ser adorado, não algo para ser usado de qualquer maneira. Para eu estar com uma mulher, deve haver pelo menos o mínimo de envolvimento, não saio por ai fodendo mulheres aleatoriamente. Eu preciso ter uma conexão, e não me perguntem o porquê, mas senti uma conexão forte com Marina assim que coloquei meus olhos sobre ela em cima daquele palco, algo como se o destino dissesse que era pra ser. Ainda não sei explicar ao certo o que é, só sei que existe algo além do tesão, uma atração que nos cercou e pude sentir isso com toda força no instante em que nos beijamos, nossos corpos se encaixaram com perfeição naquele breve momento em que estivemos juntos. Seus pequenos seios se encaixaram perfeitamente em minhas mãos e minha experiência me diz que ela também sentiu toda essa conexão. A maneira com que ela se entregou suas pupilas dilatadas enquanto eu a tocava e seus gemidos em meu ouvido, me deixaram saber que ela precisava de mais, e eu seria um condenado se não desse isso a ela.

A ideia dela procurar alivio em outro lugar, me fazia ter pensamentos assassinos, por isso, a saciei. Mas deixar levar e te-la por completo sem ao menos saber seu nome, era um limite que eu não ultrapassaria, eu sabia que ela estava embriagada e eu não a tomaria assim.

Tenho minhas preferências sexuais e quando vou para a cama com uma mulher, quero que ela esteja consciente de tudo que está acontecendo para que ela aproveite comigo cada momento de prazer.
Mas então me bate a realidade seguido de um desespero: O que eu sei dela? Como a verei novamente? Afinal, a única coisa que sei é seu nome e mais nada.

Volto para o bar e sento-me no bar do clube. Chamo o barman e peço mais uma dose de whisky, quando ele me serve, eu me arrisco a perguntar.

- Aquela moça que estava dançando, Marina, vem sempre aqui. – Ele me olha de uma maneira desconfiada antes de responder.

- Senhor, as regras do clube não permitem que passemos informações do que acontece aqui dentro.

- Entendo. – Respondo derrotado e passando as mãos pelos cabelos, acho que ele entende meu desespero, pois deixa escapar.

- Sempre, ela sempre vem aqui. – E se afasta sem dizer mais nada.
Bom, muito bom! Se ela vem sempre aqui, significa que agora eu também virei...

Marina

Frustrada.


É assim que estou me sentindo nesse exato momento, quem aquele idiota pensa que é para me deixar excitada dessa maneira e me deixar na mão? Maldito, Daniel! Como se não bastasse me deixar assim, ainda me estragou para o resto da noite, pois depois daquele orgasmo e da maneira que me senti em seus braços eu não quis saber de mais ninguém, uma foda fácil? Uma noite regada a sexo e mais nada? Impossível depois daquilo. Ele me tirou da minha zona de conforto e a maneira com que meu corpo reagiu a ele foi uma coisa totalmente diferente do que já havia sentido.

Para mim, o sexo era sempre uma coisa superficial, gozava e pronto, mas naquele momento ali não, foi algo a mais e só piorou quando ele me olhou ternamente e acariciou o meu cabelo. Era como se ele me conhecesse a vida inteira e soubesse de todos os meus segredos e isso me deixou desconfortável. Em contra partida, eu nunca quis tanto alguém dentro de mim como eu o quis, queria que ele me fodesse sem rumo, sem limites. Mas o que o maldito fez? Colocou tudo a perder quando quis saber o meu nome, tudo nele indicava que ele queria mais, por que ele não podia simplesmente se deixar levar pelo tesão e transar comigo em um dos quartos do clube? Não, ele tinha que me desconsertar, tinha que querer intimidade, algo que eu não permito em minha vida.

Não, eu não permito que as pessoas se aproximem, eu não sei lidar com a perda e já perdi demais nessa vida, então evito intimidades, se não deixo as pessoas se aproximarem o suficiente a ponto de me apegar, não corro o risco de sofrer pela dor da perda, é por esse motivo que não tenho amigos e muito menos relacionamentos amorosos, é só sexo e nada mais.

Retiro meu vestido e quando o passo pela minha cabeça sinto seu cheiro. Um cheiro só dele. As minhas mãos e meus braços estão impregnados com o seu perfume. Ele tem um cheiro amadeirado e forte. Cheiro de homem e é ao mesmo tempo perturbador.

Jogo meu vestido para bem longe e corro para o banho, começo a me esfregar com força, para retirar seu cheiro de mim.
Quando saio do banheiro, ainda estou excitada, mas me nego a me dar o alivio. Me recuso a pensar naquele babaca. Tomo um dos remédios que meu psiquiatra receito e me jogo na cama. Não gosto de tomá-los regularmente, pois eles me deixas lesada, mas hoje eu preciso me acalmar, estou extremamente ansiosa. Tomo o comprimido e logo o sono me leva.

“Estou em meu quarto e de repente Daniel entra, sento-me na cama e ele vem até mim, sem dizer nada e sem pedir licença me toma em seus braços e me beija. Minhas mãos involuntariamente vão até seus cabelos e o puxo ainda mais para mim, me perco em seus beijos e em tempo recorde nossas roupas voam pelo quarto, ele chupa um dos meus seios enquanto acaricia o outro com a mão, estou excitada e imploro por ele dentro de mim, ele levanta a cabeça e fixa seus olhos nos meus.

- Marina, eu preciso te provar.
- Oh, sim, por favor. – Imploro com a voz entrecortada.
Então ele se abaixa e abre minhas pernas, ele cheira o meu sexo.
- O melhor perfume do mundo! – E ataca meu sexo me chupando com força. Seguro os seus cabelos e o trago ainda mais de encontro a mim, movo os meus quadris no ritmo das investidas de sua língua maravilhosa, afundando ainda mais seu rosto entre minhas pernas e tentando aliviar a tensão que se forma em meu ventre. E ele continua a me chupar com voracidade, alternando com lambidas em meu clitóris inchado, e quando ele enfia seus dedos em mim eu venho, gozo gritando seu nome e sentindo meu corpo convulsionar.

Acordo assustada, suada e completamente molhada. Só ai a realidade me bate. Foi tudo um sonho e até em meus sonhos ele veio me atormentar. Levo minha mão até meu sexo encharcado e necessitado e me dou o alivio que tanto preciso, e quando estou prestes a gozar é a imagem dele que vem a minha frente, e eu me deixo levar com um gemido sofrido e seu nome em meus lábios.
Posso estar louca, mas eu preciso desse homem dentro de mim, não sei como o reencontrarei. Amanhã voltarei ao clube e se ele estiver por lá, começarei o meu jogo de sedução. Eu o terei dentro de mim, custe o que custar e será do meu jeito, sem amarras, sem compromisso...

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