Destinos Traçados

Capítulo 2 - primeira parte.

Eee olha quem apareceu, simmm, apesar do livro estar previsto para o fim de janeiro já estou mexendo nele e eis que surge a primeira parte do 2 capítulo e é o meu presente de ano novo a vocês!!!

Feliz   2015, cheio de paz, amor e realizações!!!!

<3

Daniel

Minha volta ao Brasil não foi nada agradável, meu pai me recebeu da maneira mais fria possível. Tudo piorou, quando eu disse a ele que não voltaria a trabalhar em seu escritório.

Mas se ele tinha suas restrições em relação a mim, eu também tinha as minhas em relação a ele. Na verdade o que existia era muita mágoa e eu não conseguia o perdoar pelos últimos anos de sofrimento da minha mãe. Ele não me perdoava por ter ido embora e deixado tudo para trás.

A minha volta tinha um motivo; Caio, meu irmão. Sentia que ele precisava muito de mim, mas quando eu o encontrei, vi que era muito pior do que eu pensei. Caio estava seguindo um caminho errado, muito errado, saía todas as noites em festas regadas à bebidas e drogas. Meu irmão, não tinha mais nada daquele menino alegre que cresceu ao meu lado.


Cada um lida com a dor de uma maneira, mas meu irmão escolheu a pior possível. Em partes, era até compreensível. Além da perda da nossa mãe, a convivência com meu pai não era das mais fáceis, nem mesmo para ele, que seguia suas regras. Claro que aos olhos do meu pai, o grande culpado de tudo isso, era eu. É típico dele, fugir de suas responsabilidades. Foi assim com minha mãe e ele estava fazendo o mesmo com o Caio.

Obviamente, meu pai já havia arrumando uma namorada. Uma menina que tinha idade para ser filha dele e ele a exibia como um troféu por onde andava, mas para mim, nada disso importaria se meu irmão estivesse bem, o que não é o caso.

Com a morte da minha mãe, Caio e eu ficamos com uma vida financeira confortável, recebemos nossa parte que cabia a ela na herança que era do pai dela, então, aluguei um flat, pois não há a mínima possibilidade de ficar na casa do meu pai. Comecei a procurar um local para montar meu escritório e o meu sonho de verdade, era que o Caio viesse trabalhar comigo, mas seria querer demais. Sem sombra de dúvida armaria uma grande guerra, então resolvi deixar isso por um tempo de lado.

Assim que cheguei ao Brasil, logo fui apresentado à rotina maluca de Caio. Saí com ele algumas noites e era tudo muito intenso, noites regadas a muitas bebida e orgias. Não que eu seja um puritano, muito pelo contrário, eu gosto de sexo, e muito. Durante o tempo que passei fora, várias mulheres passaram pela minha cama, mas essa coisa de muita gente juntas durante um ato sexual, não fazia meu tipo, definitivamente não. Quanto às drogas, era evidente que ele não usaria na minha frente ,então numa tentativa de evitar que ele afundasse ainda mais nesse caminho eu o acompanhava.

Era uma noite de sexta feira e meu irmão estava com uma ideia fixa em me leva a um clube. No começo, achei que se tratava ser uma boate como outra qualquer, mas ao chegar lá, vi que era totalmente diferente. Ali, o sexo era a atração principal. Nos palcos, nas salas particulares e nos quartos reservados, havia de tudo e para todos os gostos: Swing, sessões de BDSM, casais exibicionistas e por aí vai. Caio desapareceu e eu imaginei que ele provavelmente estaria se divertindo com toda essa perversão.

Sento-me no banco alto do bar e peço um uísque. Fico observando o local e vejo casais flertando com outros casais e se acariciando descaradamente. Outros,
só observam como os olhos de prazer. Pelo que eu sei, essa prática é chamada no meio de "voyeur". No palco, as dançarinas fazem uma dança sensual, vestidas em seus corseletes vermelhos e pretos. Algumas dançam pole dance, outras dançam para os clientes, mas no meio de toda essa agitação e corpos semi nus, algo completamente hipnotizante, se destaca exatamente por destoar de toda essa cor. Meus olhos param no palco onde uma bela mulher está de costas, não muito alta. Ela está com um vestido recatado na cor clara, e sandálias de salto. Seus cabelos cor de chocolate com uma tiara estilo menininha me faz imaginar coisas. Ela dança sensualmente e de repente a tal mulher, desce o zíper do seu vestido acompanhando o ritmo da música. Meus olhos estão vidrados nessa mulher, mas nada me prepararia para o momento em que ela se vira e seus olhos cruzam com os meus. Ela deixa seu vestido cair aos seus pés, ficando apenas com uma fina camada de seda sobre seu corpo, uma meia calça fina ¾ e uma cinta liga e colares de pérola. Nada nela combina com aquele local, seu rosto bem delineado e delicado, me lembra um anjo. Daqui posso ver os seus olhos negros que mostram toda a fragilidade daquela menina em cima do palco.

Ela me enfeitiça e quando dou por mim, já estou de pé me dirigindo em sua direção. Sem desviar meus olhos dos dela, ela continua dançando e meu corpo todo reage como se meu corpo estivesse esperneado por ela. Nunca fiquei tão excitado em toda a minha vida, essa mulher despertou todos os meus sentidos.

Ela não se inibe com a minha atenção, pelo contrário, sobe e desce no ritmo sensual da música. Suas mãos acariciam seu cabelo e desce em direção ao seu colo, meus olhos seguem seus movimentos. Estou totalmente hipnotizado por essa perfeição bem diante dos meus olhos. Seus seios são pequenos e pelo fino tecido consigo ver seus mamilos enrijecidos. Em momento algum, ela se deixa intimidar e não desvia seu olhar do meus. Ela se vira de costa e me olha por cima de seu ombro e sorri para mim, um sorriso angelical e ao mesmo tempo sensual.

Naquele momento eu sabia que estava perdido. Essa mulher bem diante de mim, com o rosto de um anjo, com os olhos que mostram toda a dor do mundo e com um corpo totalmente propício ao pecado, mudaria minha vida... para sempre!