Bônus ~ Vittor II

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Quando eu cheguei não consegui sair do carro , até ouvir uma voz me chamar , uma voz familiar f qud eu não ouvia a anos.

- Filho ?
- Mãe. - sai do carro e corri para os seus braços.

Neles eu sabia que eu poderia ficar para sempre , e qud nads poderia me machucar , mas eles ainda não me fizeram deixar de chorar pela Isa .

Quando entramos , eu percebi algo estranho , não tinha mais aquele ar rabugento , ou aquela velharia toda , eles havia se transformado, em coisas que me traziam lembrança.

A mesinha de centro , me lembro da primeira vez que meu pai teve tempo para brincar de carrinho comigo , a estante , onde eu guardei todos os meus livros e acredite o primeiro foi papai que me deu no dia em que completei 12 anos . O sofá, me lembrou das guerrinhas de travesseiro com meus pais .

Tudo aqui me trazia lembrança, e a maioria me lembrava do meu pai , foi com ele que convivi minha infância, ia trabalhar juntos, brincar juntos , mas algo nos separou e foi a ganância e a inveja , e isso nos fez ficar como agora , sozinhos , sem o outro cono companhia . Que apesar de tudo , eu sentia falta desta companhia.

Almocei com minha mãe e contei a ela como andava minha vida , desde quando me formei , até essa inesperada visita .

- Mãe e o pai como esta ? - ela arregala os olhos , as poucas vezes em que vim aqui , jamais havia perguntado dele , e ela se emociona.

- Esta o mesmo velho chato de sempre , mas algo esta mudando nele e eu não sei .
- Gostaria de vê-lo . - ao ouvir isso minha mãe da pulinhos de alegrias e abre um sorriso lindo .

Ela me leva até um quarto nos fundos , e me deixa na porta desejando Boa Sorte .

Quando eu entro começo a olhar em volta , apesar de tudo , esta como sempre , as coisas de trabalho na mesa , os livros na estante e papai na cama , fico olhando ele , e não me lembrava de ser tão parecido com ele . Quando ele me vê , seus olhos se enchem de lágrimas e eu sei que os meus também.

- Vim ver como estava . - digo meio tímido.

- Ta vendo ? To a mesma merda de sempre filho , um velho chato e rabugento.
- Pois é. Então como você esta ?
- Triste , por ter deixado ir meu garotão , e tudo porque ? Pela minha ganância, todos no trabalho diziam que seus filhos eram perfeitos e eu queria algo também para se orgulhar .

Algo lara se orgulhar ? Eu ja não dava orgulho ? Depois de ouvir isso a tristeza me tomou , pendei que ele iria me rejeitar, mas ele começou a se abrir para mim.

- Sabe filho . - ele continua - eu tive muito medo nesses anos , eu estava ficando velho e cansado , e eu tive medo de morrer sem antes te pedir perdão por tudo . - ele respira fundo para continuar - me perdoe pela minha ignorância, fiquei cego pelo poder e deixei que minhas vontades atrapalha-se nossa vixa de pai e filho que até então era perfeita . Me desculpe por não acreditar em você e querer que desista dos seus sonhos . É que foi assim que fui criado, com pais que não estavam nem ai para mim e que não ligavam para o que eu importava.
- Pai , eu não sabia , eu sei que é triste . Eu te perdoou , sabe apesar de tudo . Eu sai daqui revoltado e jurei para mim mesmo que jamais voltaria a ver o Senhor. Mas um anjo entrou na minha vida e me ensinou que para viver bem temos que aprender a perdoar .
- Você é casado ? Tem filhos ? Ta namorando ? Me conte da sua vida.
- Não sou casada e nem tenho filhos . - sorrio para ele e começo a contar da minha vida inteira .

- Filho quer um conselho ? Não deixe ir aquilo que mais ama , so te fará sofrer mais . - ele respira fundo - quando você se foi , eu me senti culpado, culpado por ter afastado de mim meu único filho, senti culpado em não ter mais notícias de você. Não cometa o mesmo erro que seu velho aqui .

Isa ColluthOnde histórias criam vida. Descubra agora