"Eu amava você"

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- Hummm. É isso ou ficar aqui preso com você gritando na minha orelha.

- Quanta gentileza.

- Por que está se metendo nisso, Juliette?

- Não me interessa o que sente por mim, entendeu? Eu me preocupo com você. Sempre me preocupei, sempre vou me preocupar e não vou deixar nada acontecer com você.

Depois de uma longa pausa, ela fechou os olhos e soltou um longo suspiro.

- Tá bom, eu vou pra merda do hospital.

- Obrigada!

Sarah tremia no trajeto até o Hospital. Antes de sairmos de casa, mandei uma mensagem de texto para Zara e prometi mante-la informada ao longo da noite.

Quando chegamos, tivemos a sorte de encontrar o pronto-socorro bem tranquilo. Sarah foi levada imediatamente para uma das salas de atendimento, Ninguém protestou quando a acompanhei. Nem mesmo a Sarah.

O médico colocou a agulha em sua veia para administrar antitérmica e analgésico. Durante a hora seguinte, ele também pediu vários exames de sangue.

Um novo médico que assumia o plantão entrou na sala.

- Como se sente, senhora Andrade?

- Péssima. - Sarah apertou os olhos para ler a identificação no crachá. - Esse é seu nome verdadeiro? Dr. Danger?

O médico revirou os olhos.

- Pronuncia-se Danguer.

- Já sabe o que houve com ela, doutor?

Ele estendeu a mão.

- Pode me chamar de Will.

Eu a apertei.

- Juliette.

Ele sorriu, dando à apresentação um quê de flerte.

- Bom, parece que há uma combinação de fatores. Uma infecção bacteriana identificada que causou febre alta e vômito e a consequente desidratação. Já excluímos hipóteses mais graves.

Ele olhou para Sarah.

- Ainda bem que sua namorada trouxe você pra cá. Febre alta como a sua pode ser perigosa em adultos

Sarah olhou para mim por um instante, antes de encarar o de Danger novamente

- Vai demorar para melhorar?

- Alguns dias, provavelmente, mas queremos que passe a noite aqui em observação por causa da febre alta e para repôr líquido e vitaminas.

- Vou ter que dormir aqui?

- Sim, mas vamos leva-la para um quarto mais confortável.

- Posso me negar a ficar?

- Lamento, mas não. Tenho certeza de que sua namorada vai ficar com você.

- Não sou a namorada dela. - esclareci. - Ela está em Nova York.

- Irmã?

- Não. Somos só.... Hesitei.- oque éramos mesmo? - Fomos amigas havia muitos anos. Agora dividimos uma casa herdada.

O dr Danger parecia bem confuso.

- Não namoram, então?

- Não. - Sarah confirmou depressa.

- Não!! - repeti.

- Mora por aqui. Juliette?

- Sim, ha dez minutos do hospital.

Entre tapas e beijos - SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora