Capítulo 26

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Me levantei do banco que eu estava e partir para frente da casa, na esperança de esclarecer os pensamentos mas quando botei o pé para dentro da casa Zelena se pós em minha frente com o olhar me intimando a ficar e conversar com ela. "Sabia que devia ter ido por fora".

-- O que você quer Zelena?-- Curta e grossa, sei que não devia trata-la assim mas é mais forte que eu.

-- Quero conversar, Regina contou a mim e a Emma sobre... bom sobre tudo. Mas fico feliz em saber que de tudo isso saiu uma coisa boa.-- Como assim, coisa boa?

-- O que quer dizer com isso?

-- Não sou mais irmã mais velha, ou seja virei irmã do meio e Regina... bom, continua sendo a irmã mais nova de sempre.-- Percebi que tinha mania de colocar "bom" em quase todas as suas frases.-- O que quero dizer é que espero que sejamos boas irmãs, claro que eu não vou deixar de te irritar apenas vou deixar de dar em cima de Lena pela nossa irmandade.

-- Que reconfortante.

-- Posso continuar se quiser, não tenho problema nenhum com isso.

-- Não, podemos viver em paz e harmonia.-- Um tremor diferente passou pelo meu corpo.

-- Pois então começamos, o que faz acordada a essa hora?

--Estava conversando com uma amiga, e você? O que tá fazendo me espiando?-- Eu nunca fui desconfiada, mas quando acaba de cair do cavalo em relação a algumas pessoas você fica automaticamente na retaguarda.

-- Te esperando para conversar.

-- Pode ser amanhã? Nem sei que horas são e estou morta de cansada.

-- Pode ser, mas amanhã sem exceção.

-- Certo. Onde Tom tá dormindo?

-- No segundo quarto a esquerda.

-- Obrigada, bom a noite Zelena.-- Sorri para ela e a ruiva devolveu o gesto.

Subi para o quarto com uma das palavras que Irís tinha me dito minutos antes martelando minha mente.

"Pense comigo Kara, ele é um robô e robôs em geral tem um botão de desligar, não tem? Procure-o e em caso de estranheza em seu comportamento basta apenas desligar."

Naquele momento as palavras soaram para mim como uma afronta, como eu poderia fazer aquilo? De uma forma tão covarde... Adentrei  o quarto e para minha surpresa Tom estava acordado, olhando para a janela.

-- Inicie o protocolo descobertas.-- Uma voz feminina que eu não reconhecia soou de Tom.

-- Tom?

-- Olá projeto 000-1, feito e realizado por Alura Zor-el.-- A voz continuou, eu estava assustada e tinha plena certeza de que meu irmão não estava mais ali.-- A tantas coisas que eu queria te pedir que eu nem sei por onde começar.-- Um homem agora se dirigia a mim.-- Bom... o projeto 000-1 foi uns dos primeiros autônomos da empresa D-Corp, com a expectativa de sucesso quase mínimo tivemos uma considerável surpresa ao saber que além de tudo o autônomo pode se desenvolver e criar seu próprio corpo. No começo usamos o corpo de uma pessoa no qual a causa da morte foi tuberculose, a cobaia na época tinha sete anos e três meses e o corpo estava sendo conservado por uma equipe não identificada do orfanato onde a cobaia vivia. O coração que colocamos no corpo é totalmente mecânico...--Cheguei perto do meu irmão e encostei a mão nele.

"Não interfira na transmissão", "Não interfira na transmissão".

Encostei em sua cabeça e tateei em busca de algo que nem eu mesma sabia o que era, senti elevações e que me fizeram sentir calafrios que foram da base da nunca até a base da coluna, eram cicatrizes. Tateei mais um pouco e senti uma elevação que me indicava que ali ficava o botão de desligar, como Iris previra minutos antes. Eu me sentia mal sobre isso e com certeza não iria fazer

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