Capítulo 3

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POV KARA 

Depois que Lena tomou banho e foi embora tratei de relaxar e preparar o meu psicológico para a luta de hoje a noite, eu raramente ficava nervosa com essas coias mas hoje eu sentia que alguma coisa ia mudar e pra piorar eu não sabia se era pra melhor ou pra pior. já eram umas seis e quarenta e comecei a me arrumar, peguei as luvas e o protetor de dentes desci rumo ao galpão abandonado que usávamos para as lutas ilegais. 

O lugar já estava cheio de pessoas fazendo apostas e depositando o dinheiro, escutava meu nome vez ou outra, algumas pessoas com que fiz amizade me cumprimentaram e me desejaram sorte, mas se tinha uma coisa que eu não acreditava era em sorte. Estava passando por um dos juízes quando ouvi que o pai do meu oponente tinha sofrido um acidente e que não poderia lutar hoje. 

-- Max...-- Meu treinador, veio até mim e sorriu para que eu continuasse.-- Com quem, exatamente, vou lutar?

-- Ah esqueci... Você vai lutar com um tal de Olsen, conhece?-- Neguei.-- Olha vou te falar o básico... Ele tem um direita péssima, mas tem muita força no chute então toma cuidado. Não sabe lutar muito bem no chão, mas gosta da grade. Minha dica pra você hoje é: Fique longe das grade e tente ao máximo desviar dos chutes ok?

-- Certo, longe das grande e dos chutes. Obrigada, Max.

Ele sorriu e se afastou e eu entrei no que eu chamo "Quadrado da pancadaria". Os gritos do lado de fora não atrapalhava na minha tática, que era simples, "Derrubar, socar e ganhar." Eu sempre usava essa tática e na maioria das vezes ganhava. Meu rival entrou e ficou me encarando com cara de deboche e como se fosse superior, "Deve ser machista esse ai!". Está cientificamente comprovado, não gostei dele e provavelmente ele não gostou de mim. A luta de hoje vai render!

O apito do juiz soou e o Olsen veio como um elefante raivoso em minha direção desviei e ele acabou batendo na grade, se virou e acertei um soco na face esquerda dele, me distrair por míseros segundos e ele acertou  um chute na minha costela e senti um estolo e arfei com a dor, ele quebrou minha costela, senti a dificuldade para respirar mas isso apenas me incentivou a continuar, tentei acertar um chute mas ele segurou minha perna e me deu um soco na boca. Cai no chão, senti o toque de alguém no meu ombro e me virei e vi meu pai, pisquei e quando voltei a abrir meus olhos ele não estava mais lá. Levantei e acertei repetidos socos na cara dele, acertei um chute na parte interna da coxa e dei uma chave de braço no pescoço dele, minutos se passaram e o cara tava ficando roxo, senti as batidas de rendição na minha perna e soltei ele.

Eu até tentei cumprimentar ele, mas o mesmo saiu antes disso. Desci com as mãos na costela quebrada e com uma grande dificuldade de respirar, senti as mãos de Max nas minhas costas me ajudando a seguir em frente.

-- L-ligue para a Andi e fale que preciso dela agora.

-- Certo... quer que eu te leve?

-- Sim, mas vamos no meu carro.

-- Ok, senhorita Danvers.-- Ele riu e eu quase acompanhei mas a dor me cortou e no lugar do riso saiu um gemido de dor.-- É melhor eu ligar para Andi agora.-- Ele disse pegando o celular e ligando.-- "Andi... preciso de você agora, Kara não está muito bem... certo te encontro na casa dela...".

Seguimos para minha casa e toda vez que  Max passava por um buraco ou por um quebra-mola e arfava de dor. Minha respiração estava entrecortada e senti que ia desmaiar procurei um frasco de álcool e deixei perto do nariz, chegamos na entrada da casa e abri o portão agradeci mentalmente por Lena já ter ido embora, senão seria mais do que complicado explicar os machucados. O carro da médica entrou logo em seguida, Andi me ajudou a descer do carro e Max foi embora logo que entramos em casa, ele disse que ia chamar um carro de app.

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