Eu até pensei em passar em casa, mas tava cansada de adiar o inadiável. Peguei a moto e sai a toda velocidade em direção ao hospital, podia não estar pensando direito mas eu tinha um objetivo e eu, ia nem que tivesse que trancar Andrea em uma sala, conversar com a médica.
Cheguei no hospital e fui para a o consultório da castanha, ela estava em horário de atendimento então tive que esperar o paciente sair da sala. Se passaram mais ou menos uns quarenta minutos até o rapaz sair da sala. Sinalizei para o próximo esperar um pouco e segui para dentro da sala. A médica se encontrava digitando algo no computador.
-- Andrea. Precisamos conversar.
-- Não temos nada para conversar Srta. Danvers.-- Ela falou sem me olhar.
-- Ok. Então vamos de monólogo... Você me acusa de uma palhaçada dessa sem nenhuma prova, não me dá a porra do beneficio da dúvida, confia em uma pessoa que conhece a o quê? Dois meses... Andrea temos anos de amizade e todas as vezes que você vacilou comigo eu apenas sentei, te ouvi e te desculpei. E agora você nem ao menos quer me escultar, desculpa mais realmente esperava mais de você, esperava ao menos que vinhesse conversar comigo como uma pessoa adulta e, principalmente, civilizada.
-- KARA, NÃO ME PONHA COMO VILÃ DA SITUAÇÃO...-- Ela respirou, tentado se acalmar.-- E por que eu não acreditaria nela? Emily veio até mim chorando e com os punhos roxos... Como não acreditar?
-- Atá, ela veio chorando com a merda dos punhos roxos e você não se dá o trabalho de olhar as gravações? Pelo amor de deus, eu só bato nas pessoas quando eu quero e sinceramente eu sai dessa vida de pancadaria, e pra que eu correria o risco de perder a única coisa que não tiraram de mim? Por que você sabe que se eu fizer alguma merda com esse hospital, não vai mais ter um K.D no nome dele.-- Respirei, sabia que seria cansativo.-- Anda levanta daí.
-- Pra que?
-- Vou colocar a filmagem ai no seu computador.
Ela se levantou e coloquei o vídeo no computador. Levantei da cadeira e depois sai da sala, queria deixar ela sozinha ou melhor queria ficar sozinha. Mas antes disso teria que passar em uma lugarzinho. Fui em direção ao departamento de RH do H.K.D, a novata teria o que merecia. Cheguei e fui de encontro a Karina, a chefe do departamento.
-- Srta. Danvers, o que te traz aqui?-- Perguntou gentilmente.
-- Gostaria de pedir a demissão da doutora Emily Gorgulio. Mas antes quero que chame ela aqui, por favor.-- Ela concordou e saiu em busca da mulher.
Fiquei escorda na bancada esperando a chefe voltar, o que não demorou muito, quando a tal da Emily me viu faltou ter um infarto, mas logo o teatro começou e a desgramada começou a chorar.
-- F-foi ela... E-ela tentou me estuprar.
-- Jura.-- Falei ironicamente.-- Bom vamos logo com isso, Karina pegue o documento de demissão.-- A ruiva apenas concordou com um gesto de cabeça.
-- Você não pode me demitir.-- Emily me falou com o tom de voz carregado de desdém.
-- E por que eu não posso?
-- Você é só uma pessoa comum, não está em nível de demitir ninguém.-- Olhei para Karina que observava com atenção a fala da mulher, vi em seu rosto que estava segurando o riso.
-- Desculpe te desapontar mas sou a dona do hospital.-- Falei com deboche e tive o deleite por ver a cara de espanto dela.-- Agora vamos nessa... você será demitida por, calunia, falsos boatos contra minha pessoa, dano moral e uma tentativa frustrada de assédio contra MIM. Não adianta falar nada por que eu tenho as imagens e pro seu azar tenho também os áudios daquele dia. Esqueci alguma coisa? Bom... acho que não.
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We are different-- Supercorp--
Hayran KurguKara Danvers uma jovem que perdeu seus pais quando tinha treze anos, naquele ano ela deixou de ser aquela menina doce e gentil e passou a ser um mulher grossa, fria e acima de tudo muito madura e agora com seus vinte e sete anos estava no último an...