[Flashback]
|Casa de Angra, seis anos antes|
Eu: Marco... — de olhos fechados.
Pedro: Polo! — mergulha na piscina.
Eu estava com as mãos esticadas procurando Pedro na piscina, até ouvir a voz de minha mãe nos chamando.
Aparecida: Pedro, Bia, a gente tá indo na cidade fazer compras.
Pedro: Trás um Doritos pra mim, Cidinha.
Aparecida: Trago sim, não abram o portão pra ninguém!
Eu: Pode deixar, mãe.
Nossos pais saíram e ficamos mais um tempo na piscina, eu havia acabado de completar dezesseis anos, Pedro estava prestes a fazer dezessete.
Pedro: Tô com fome.
Eu: Vamo na cozinha.
Pedro saiu da piscina e meus olhos percorreram por seu corpo, ele estava diferente, mais atraente, olhar para ele me trazia uma sensação esquisita em baixo da barriga. Tentei ignorar meus arrepios e sai da piscina, peguei uma toalha e comecei a secar meu corpo, em seguida comecei a secar meu cabelo e por fim vesti meu short jeans.
Eu: Quer comer o quê?
Quando olhei para Pedro, seus olhos estavam concentrados em meu corpo.
Eu: Pedro! — chamando sua atenção.
Pedro: An? Oi?
Eu: Quer comer o quê?
Ele ficou um pouco pensativo e depois soltou uma risadinha maliciosa.
Eu: Tô falando sério! — Taquei a toalha nele — Eles foram comprar comida, não tem quase nada pra fazer.
Entramos na cozinha e fuçamos os armários, achamos milho de pipoca e colocamos na panela, também achamos leite condensado, aproveitamos pra fazer brigadeiro.
Eu: Mexe aqui, meu braço tá doendo.
Pedro começou a mexer a colher na panela e eu dei um pulinho para me sentar no balcão.
Eu: A gente podia ver um filme né.
Pedro: Liga lá a TV.
[...]
Estávamos dando risada assistindo 'Cada um tem a gêmea que merece'.
Eu: Dá o brigadeiro aí.
Pedro: Não.
Eu: Para de palhaçada.
Pedro: Vem pegar.
Ele esticou o braço com a panela em sua mão, eu fui em cima dele para pegá-la, mas ainda não conseguia alcançar, puxei o braço de Pedro e consegui pegar.
Pedro: Sua chata. — pegou a colher e sujou meu rosto.
Eu: Seu otário! — dei risada e sujei o rosto dele.
Pedro: Vem aqui, deixa eu limpar você.
Ele pegou um pano de prato que estava perto e limpou a minha bochecha, eu dei risada da cara dele.
Pedro: O que foi?
Eu: Você tá engraçado.
{Escute Dangenrs Woman - Ariana Grande}
Ele ia me entregar o pano pra tirar o doce do rosto dele, mas pra fazer uma graça eu o lambi.
Pedro: — risada.
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Meu Doce Rancor
FanfictionRancor, significado: sentimento de profunda aversão provocado por uma experiência vivida. Se desvencilhar de um rancor não parece ser fácil, aliás, não é fácil, após um coração partido todo o meu corpo arde com o ódio que passou a me dominar, como a...