Capítulo 10 - No Barco

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Assim que eu olhei pra frente, notei um grupo de meninas acenando pra mim.

"Pe-dro Sam-pa-io!"

Elas começaram a cantarolar em coral, uma delas me chamou e eu não tive como negar, sempre faço questão de atender meu público.

POV Bianca

O Pedro desceu do barco e foi falar com as meninas que estavam o chamando. Ele tirou fotos e conversou com todas, algumas pediram pra gravar vídeo dançando uma música dele, uma das garotas ligou o celular e colocou a música do Pedro pra tocar, quando eu escutei a letra me lembrei do dia do lual.

[Flashback]

Pedro: Sabe o que eu acho? — me puxou mais pra perto e colocou a boca perto do meu ouvido — Tu fala mal de mim, mas quer me pegar de novo.

[Flashback]

Eu: Pilantra.

O pior é que a música não é ruim, ela gruda na cabeça. Minha mãe veio me chamar pra jantar e eu acompanhei ela até a mesa.

[...]

Regina: Ah não, minha pulseira!

Elísio: O que foi, querida?

Regina: Eu acho que deixei minha pulseira no barco.

Aparecida: Bia, vai lá com o Pedro buscar?

Pedro veio até o meu lado e fomos em direção ao barco, assim que chegamos lá começamos a procurar, mas, pulseiras não são objetos que se destacam nos lugares, então ficamos um bom tempo procurando.

Pedro: Faz assim, procura aqui em baixo e eu vou ver se tá lá em cima.

Eu acenti com a cabeça e comecei a procurar em baixo dos móveis. Senti o chão tremer e acabei caindo.

Eu: Que porra é essa?

Ouvi um barulho de motor e fui até o andar de cima, Pedro estava pilotando o barco.

Eu: O que você acha que tá fazendo?

Pedro: Meu pai nunca deixa eu pilotar, vou dar uma volta.

Eu: Uma volta? — indignada — Eles estão esperando a gente!

Pedro: Para de ser chata, eles nem vão perceber, achou a pulseira?

Eu: Ainda não.

Eu olhei para trás e já estávamos bastante afastados da costa.

Eu: Pedro! A gente já tá longe, volta com o barco.

Pedro: Da próxima vez eu deixo você no píer.

Ele virou o barco para a direção do píer, eu estava tranquila por tê-lo convencido a voltar, mas, do nada o barulho do motor parou de ecoar e aos poucos o barco foi diminuindo a velocidade até ficar completamente parado.

Eu: Por que você parou?

Pedro: Não fui eu.

Eu: Para de palhaçada, faz o barco andar!

Pedro: Eu não fiz nada, juro.

De início eu pensei que fosse uma brincadeira idiota de Pedro, mas quando ele começou a mexer repetidamente nos botões eu comecei a me desesperar.

Eu: É sério?

Pedro: É, eu acho que a gasolina acabou.

Eu: — levei as mãos à cabeça — Não.

Meu Doce RancorOnde histórias criam vida. Descubra agora