Caution

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ATUALIZEI E SAI CORRENDO

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Lauren Jauregui - Point Of View


Aquela ligação me deixou perturbada. Como que a Alexa descobriu onde eu trabalho? E como chegou aqui tão rápido? Alguma coisa não está se encaixando direito.

— Quem era?— Meu corpo gela.

— D-do trabalho, pra marcar uma entrega pra amanhã de manhã. — Foi a pior desculpa que eu já inventei. Ela sabe que me demiti e não tem por quê alguém combinar alguma entrega.

— Mesmo?— Seu olhar me atinge como uma raio. Me desconcentro e acabo trocando os potes de sal e açúcar.

— Oh, Camila! Tu tá desconfiando de mim, é? — Pronto apertei o gatilho. Parabéns, Lauren!

— Eu tenho motivos?— Ela sabe...

— Égua! Claro que não! Vamo comer que tá pronto — Tento mudar de assunto. Ela começa a pegar as coisas da mesa enquanto eu deposito o macarrão em um recipiente com molho.

— E essa Alexa mandou alguma noticia? — Ela diz assim que me sento. Começo a me servir.

— Ta no Acre. Ta bem. É só isso que eu sei dela.

— Lauren. Você não ta mentindo, né— Me levanto.— Ei!

— Tu não confias em mim, não?

— Eu só perguntei, você ficou toda desconcentrada quando eu perguntei da ligação. Foi só isso.— Pelo seu tom de voz, é mais que óbvio que se eu não disser ela descobre sozinha, e eu sei que ela tem essa capacidade.

— Vamo jantar logo, que daqui a pouco sua mãe liga.

Não digo nada durante todo o trajeto de ida, ela também. Apenas me concentro nas conversas paralelas de meu pai e minha tia. Pois o restante foram no carro com ela.

— Boa noite, gente— Dona Sinu se despede, seguida de dona Ednalva que apenas acena. Meu pai e minha tia fazem o mesmo e entram, deixando apenas eu e Camila do lado de fora.

— já vou, já. Amanhã tenho que resolver uns assuntos da empresa.— Faço menção de sair.

— Espera! Dorme aqui. — Ela me segura pelo braço, me aproximando mais de sí.

— Não vai dar,não. Amanhã eu acordo cedo e se eu ficar aí nem sei que horas a gente dorme.— Ela passa as mãos nos meus cabelos, encostando sua testa na minha. Lhe dou um beijo calmo a princípio, depois pegando intensidade, colo seu corpo no meu e vou em direção a seu pescoço dando leves chupões seguidos de selinhos.

— Tá... Chateada?— Ela pergunta ainda com os lábios próximos aos meus. Posso sentir sua respiração quente.

— Não. — Ela concorda. — Boa noite, tá?

— Boa noite... Marrenta — Não consigo deixar de sorrir. Dou um beijo rápido, porém com desejo.

xxx



— É o que? — Pergunto indignada após ouvir toda a história contada por Biga.

— To te falando, aquela mulher ficou aqui plantada, dizendo que só ía embora quando falasse com você. Daí eu falei que você tinha ido lá pro Pará, foi aí que ela sossegou e decidiu ir embora. Pedi pro Chris te ligar na hora, desculpa se te acordamos ou atrapalhamos alguma coisa.— Meu olhar vaga.

Tão Opostas Quanto Iguais Onde histórias criam vida. Descubra agora