capítulo 532

657 27 5
                                    

Acordei com muita dor, estava numa salinha tipo de hospital, tinha uma enfermeira comigo.

Gabs: aonde eu tô? O que aconteceu?

Ela me olhou e permaneceu calada

Gabs: Eu quero ir embora, quero ter meu filho, por favor moça

Tentava me levantar mas estava com uma algema em uma das mãos

Gabs: tira isso de mim, o meu bebê vai morrer moça, me tira daqui por favor tenha compaixão por favor eu não posso perder meu bebê

Comecei a chorar e ela me olhava com pena mas não disse nada, se levantou e saiu da sala e na hora, quem eu menos queria ver no momento aparece.

Marcos: ora... Já acordou dona do morro ?

Riu batendo na mesa

Marcos: que papel ein Gabriela? Minha vida toda pagando coisa pra tu e pro vagabundo do teu irmão, dei do bom e do melhor pra no final eu ser taxado com imbecil e meus filhos virando traficantezinho de merda. E a vagabunda ainda tá grávida e pelo que a mulher falou, a bolsa já estourou. Vou deixar tu aí só pra tu ter a dor de perder um filho, eu perdi dois de uma vez só. E se tu não morrendo processo eu descarregou essa arma na tua cabeça e na cabeça desse teu filho de merda.

Falava rindo, eu não tive nem reação, que dor ouvir aquilo, principalmente o final e nem conseguia chorar

Gabs: nem que eu morra aqui, mas eu espero que você seja muito infeliz e que perda tudo, tudo que um dia teve, o amor da minha mãe, você não terá, ela vai te culpar pro resto da vida e você também, você vai morrer de remorso, Marcos, se eu sair daqui, pode ter certeza que nem do seu nome eu lembro mais. Babaca eu ÓDIO VOCÊ ! - ele riu

Marcos: tenho pena de você - deu as costas e saiu da sala.

Fiquei alguns minutos pensando em tudo que tava rolando e as contrações voltaram, dessa vez muito mais fortes e seguidas.

Eu já gritava horrores, eu já tinha em mente que perderia o meu bebê, só sabia pedir a Deus que o guardasse ou me levasse junto, eu não suportaria viver com essa dor.

Acho que passou uma hora e meia e eu nas dores insuportáveis, gritava de dor e ninguém vinha ao meu encontro, chorava muito. Aquilo estava sendo o pior momento da minha vida.

A porta se abriu de vez, eu não tinha nem forças pra poder olhar pra cima eu já estava em outro mundo de tanto dor que eu sentia, senti minha mão sendo solta

Xxx: você não vai ficar aqui, eu não vou deixar tu perder teu bebê, baixinha

Aquela voz, Théo de longe eu o reconheceria

Gabs: obrigada, obrigada mesmo Théo, ele ... Meu pai ele...

Desabei a chorar, ele me tirou dali, me pôs deitada no banco do carro e saiu comigo.

Théo: provavelmente que amanhã eu não esteja mais aqui, mas não deixaria você passar por isso, ele é maluco de querer isso com a própria filha- eu gemi de dor

Théo: toma meu relógio, marca o tempo das contrações, mas fica comigo tá ? Fica acordada

Assenti e ele acelerou, quando vi o hospital, foi como se estivesse chegando no paraíso, até as dores diminuiram.

Ele largou o carro de qualquer jeito e me pegou no colo e foi entrando no hospital.

Aconteceu no morro ||| continuaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora