Aconteceu no morro ||| continuação

capítulo 533

Théo Narrando:

Tinha mais corpo descendo do que subindo, já tinha perdido 7 soldados e alguns feridos.

Eu tava puto, ainda não tinha subido, estava no forte esperando ordens daquele filho da puta.

Meu celular tocou, era Clara a enfermeira do batalhão.

INL

T: fala Clara

C: Théo, ele tá com a filha aqui, tadinha ela estava desmaiada, eu não posso ficar vendo esses mals tratos, não consigo cara - soluçava- a bolsa dela estourou, ela está com contrações e 7 cm de dilatação, a qualquer momento ela pode ter esse neném ou perder Théo, me ajuda, ele disse que vai mata ela e o bebê tira ela daqui p...

T: fica calma, tô indo praí - ela se despediu

FDL

Théo: Bragança, assume tô indo no quartel, essa história tá indo longe demais

Bragança: tu vai botar tua farda em jogo irmão? Tá maluco, se mete nisso não porra - carreguei duas pistolas

Théo: maluco eu vou ficar é se essa mina morrer, já deu, tu cobre aí. Eu volto pra subir aí

Ele ia falar algo, desci do caveirão e fui atrás da viatura que estava umas três ruas abaixo, cheguei na viatura e tinha dois cabos encostados.

Cabo: tenente, o que tá pegando ?

Théo: vou pegar a viatura aqui, vão dar assistência na outra

Cabo: mas é que o Capitão Marcos...

Théo: bora porra

Entrei na viatura e saí voado pro quartel, peguei um trânsito fodido, ainda liguei o giroflex e saí abrindo corredor, pedindo pra Deus ter dado forças pra minha baixinha.

Cheguei no quartel, desci bolado, passei pelo Coronel Braga que me parou antes que eu fosse pra enfermaria.

Coronel: que porra é essa tenente, abandonado missão? Tá querendo fuder a missão caralho ? - falou puto

Tenente: fuder com a missão digo eu, se essa mina morre ou essa criança, aqueles soldados morrem também? Hoje eu já vi muitos descendo mortos por causa de um babaquice do CARALHO, então Coronel, nem que amanhã eu não volte pra esse caralho ou morra naquele morro, mas eu não vou perder mais uma pessoa por tamanha hipocrisia desse filha da puta não, eu tô honrando o caralho da minha farda - falei puto já o povo me olhava

Coronel: puta honra, defendendo mulher de bandido

Théo: ela pode ser mulher até do teu pior inimigo, eu não deixo ela aí nem fudendo, e quem passar por cima de mim, quando eu voltar a gente resolve

Dei as costas já sabendo que tava muito fudido por falar assim com o meu superior, mas foda-se entrei na sala. Puta que pariu, que cena, ela gemia de dor, tremia mais que tudo, estava algemada e pálida, tirei ela dali botei no meu braço e levei pro meu carro, ninguém falou absolutamente nada.

Saí a mil pro hospital, ela mal falava, só reclamava das dores, aquilo tava acabando comigo.