capítulo 543

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Coringa: ei mamãe, acorda... Meu filho quer mamar

Alisei seu rosto e aos poucos vi o sorriso que me trazia paz se abrir. Porra, mermão, me amoleceu todo.

Ficar ali com ela, escutar tudo o que ela tinha pra dizer, me doeu pra caralho, mas mesmo assim era tão bom tê-los só para mim.

Fiquei com a minha mulher e meu filho, a manhã e a tarde quase toda, em momento algum ela perguntou do morro, então eu não tocaria no assunto.

[...]

Chegamos em casa trouxe ela no colo até o quarto, coloquei a mesma deitada, o berço do Calebbe estava ao lado da cama, tudo pronto pra receber os dois.

A deitei na cama e minha mãe e as meninas vieram atrás paparicando o meu filho.

Mãe: deu né gente, vamos lá pra baixo, vamos deixar os papais babarem no neném um pouco sozinhos

A Gabi riu e ela entregou o Calebbe pra mim e saiu fechando a porta.

Gabi: em casa, finalmente

Levantou com uma certa dificuldade e eu coloquei meu filho na cama

Coringa: vai tomar banho ?

Gabs: ai eu vou

Coringa: ajudar?

Gabi: por favor

Fomos até o banheiro, ajudei ela com a roupa e de lá ela disse que se virava só.

Então voltei pro quarto, peguei uma roupa qualquer pra ela e deixei no banheiro.

Então, já pronta, ela me abraçou pelas costas enquanto eu olhava a rua da varanda.

Gabs: que paizão ein, tô gostando de ver- beijou meu pescoço

Coringa: na madruga tô aí ... - olhei ela de lado e a mesma riu

Gabs: eu sei, eu sei

Abracei ela de lado e fomos interrompidos por um chorinho rasgado

Gabs: isso é fome, tô sentindo

Entramos e o moleque estava se esticando na cama

Coringa: porra, vida ruim ein, chorou come, chorou limpou e dormiu, chorou comeu denovo ... Tá ruim não ein

Deitei na cama ao lado deles, em questão de segundos apaguei, já estava a duas noites sem dormir.

Aconteceu no morro ||| continuaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora