TELL ME A SECRET || SIRIUS BLACK

"Tinta"

Sirius degustava o beijo como um típico apaixonado, seus dedos entravam pelo cabelo dela com facilidade, e sua mão livre passeava pelo corpo dela.

Ele cessou o beijo e a encarou, seus olhos cinzentos nunca estiveram tão brilhantes, ele distribuiu pequenos selinhos pelo rosto dela, a fazendo soltar uma gargalhada contagiante. As mãos firmes apertam mais a cintura dela contra o corpo de Sirius.

- O que você fez comigo? - o Black pergunta após chupar o lábio inferior dela com vontade.

- Essa talvez seja a mais forte de todas as poções do amor, Slughorn estaria orgulhoso, Abigail. - a voz de Frank Longbottom faz com que Sirius feche os olhos com força.

O grupo de amigos incomum se encolhia no canto da lanchonete, eram as únicas pessoas no estabelecimento, com exceção do dono da loja: um senhor barrigudo que dormia em uma cadeira desajeitadamente.

A sua família vai esperar por você o tempo que for preciso.

Sirius sorri quando Lily se aproxima dando tapinhas nas costas dele e o abraça de lado.

- É, Black depois de tantos rolos de pergaminhos usados para fazer bilhetinhos, o que o salvou foi a fofoca da Marlene. - Sirius retribui o abraço da ruiva com carinho.

- Os meus bilhetinhos eram incríveis e românticos, admita que você gostou. - ele aponta para Abby que sorri enquanto o resto do grupo de aproximava.

Ela sente os braços de Marlene contornarem o seu pescoço sem dificuldade, devido aos 10 centímetros a mais de altura que a McKinnon possuía.

- Eram ótimos, quando eu não os achava antes do banho fazendo uma referência indecente aos meus seios. - ela comenta rindo das bochechas coradas de Sirius, era algo raro vê-lo com vergonha.

- Não era pressuposto que a maluca enfiasse a mão em locais que não deve. - ele encara feio a Marlene, que faz uma careta em resposta.

- Você que me pediu. - Marlene retruca e Lily revira os olhos, já havia escutado aquela discussão milhares de vezes. - Foi um momento mágico, não foi, querida? - ela brinca olhando para Abby, que assente provocando o moreno.

- Marlene, eu nunca pediria pra você colocar as mãos ali, é algo que eu não delegaria para alguém, se alguém deveria encostar na minha garota, esse alguém seria eu. - ele explica pela milésima vez enquanto Lily o imitava satiricamente ao mesmo tempo como se soubesse exatamente o que ele falaria.

- Deveria usar melhor as palavras, não é só sua garota, é NOSSA garota. - Marlene provoca fazendo o almofadinhas apertar os olhos para ela.

Conor da um tapinha amigável nas costas de Sirius, chamando a atenção do garoto para si.

- Se estamos levando em conta esses tipos de toques...- começa fazendo Alice gargalhar com a cara que Sirius faz.

- Eu juro que se o final dessa frase for o que eu estou pensando, eu mato você, cara, eu mato mesmo. - Sirius ameaça visivelmente bravo, fazendo Zhao colocar as mãos para o ar em sinal de rendição.

- Não seja tão ciumento, Blackie. - Lily aperta a bochecha dele, que continuava com a cara fechada.

- Não sabia que hoje era o dia de irritar o Sirius. - Ele reclama.

- Todo dia tem potencial para ser o dia de irritar o Sirius. - Abby comenta depositando um selinho nos lábios dele.

Dias depois, Abby lia um livro de terror publicado recentemente por um trouxa, "o iluminado". A noite estava chuvosa e uma brisa fria entrava no seu quarto, a fazendo arrepiar.

Uma figura corpulenta puxa a cortina de vez fazendo Abby pular da cama e atirar uma almofada.

- É querida, você realmente sabe se defender, essa almofada com certeza seria letal. - Sirius brinca quando a vê bufar e voltar a deitar-se na cama enquanto o observava trancar a porta do quarto com cuidado.

- Você me assustou. - ela comenta sorrindo de leve enquanto colocava de lado o livro, Sirius dá risada encostado na cama.

- O que tanto a deixa assustada nesse livro? - Sirius pergunta observando a capa gasta, Abby se senta mais próxima dele.

- O garotinho tem poderes assustadores, ele consegue ver pessoas que já morreram. - Sirius revira os olhos sorrindo de leve.

- Esse é o motivo? - Abby assente. - Amor, você é uma bruxa e vê gente morta, você tem aula de história da magia com um fantasma.

Ela abre a boca para argumentar, mas paralisa quando a ficha cai, o que faz Sirius aumentar mais ainda o seu sorriso convencido.

- Tem razão, é exatamente por isso que eu gosto de você. - ela fica de pé na cama e caminha até ele contornando o pescoço do garoto com os seus braços.

- Tem certeza que o fato de eu ser um cara gostoso, e foder como ninguém, não tem nada a ver com isso? - ele pergunta brincando com os seios dela por cima da blusa fina.

Abby o afasta rindo e volta a deitar na cama.

- Você é tão convencido. - volta a deitar na cama. - Agora, pode ficar a vontade, eu vou terminar o meu livro.

Sirius puxa a camisa de algodão pela cabeça, a tirando do seu corpo mais definido do que o normal, devido ao esforço físico que fazia trabalhando na casa dos Parsons.

Abby abaixa um pouco o livro observando o garoto puxar os fios para trás, contraindo alguns músculos do abdômen tatuado, ele sorri de canto quando a vê espiando e desabotoa a calça a retirando do corpo sem dificuldade.

- Eu tive uma ideia! - Abby comenta ao ver as inúmeras tatuagens no corpo dele enquanto mordia os lábios.

- Merlin, ainda bem! - Sirius arrancava a boxer do próprio corpo animado.

Em questão de minutos, Abby estava sentada no seu colo passando o objeto macio pela tatuagem de borboleta, deixando um rastro de tinta azul.

- Quando você disse que tinha uma ideia, imaginei que fosse usar a boca, não me deixar excitado enquanto você pinta as minhas tatuagens. - Abby ri do descontentamento dele enquanto ela coloria a pele morena delicadamente.

- está ficando uma gracinha. - ela diz pintando o nariz dele com a tinta azul enquanto ria da expressão irritada.

Uma mão de Sirius a trazia para um beijo calmo, ao mesmo tempo que a outra apertava o seio esquerdo da garota tentando tirar a camisa de Abby, que sorri tirando a mão do garoto dali.

Ela passava o pincel colorindo a última tatuagem do seu abdômen, e o pede para virar as costas, ele o faz bufando um pouco e usando o lençol para cobrir a parte de baixo despida enquanto deitava de bruços. Abby colocou os quadris dele entre as suas pernas e passou os dedos delicadamente pelas cicatrizes grossas.

Algumas foram claramente feitas por Remo Lupin em sua forma de lobo, e outras, apesar de fundas, pareciam algo como um chicote, ela distribui beijos ali enquanto pinta flores nas costas dele.

Na casa dos Potter, Abraxas Malfoy e Bartô Crouch Jr observavam o movimento da família feliz que ali estava jantando, a mãe de James perguntava sobre a Lilian enquanto ele respondia com um sorriso no rosto e o seu pai observava tudo se sentindo o homem mais feliz do mundo.

A coruja de Andrômeda Black bica a janela de Abby, mas não tem resposta, até que larga a carta no chão molhado levantando vôo com dificuldade devido à chuva intensa.

Na carta haviam apenas duas palavras que Andrômeda escreveu às pressas e que futuramente faria o coração de Sirius disparar de medo:

"Os Potter.
- A.B."