CAP 37 - FDS

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Depois do sonho, ou melhor, do pesadelo que eu tive, eu estava me sentindo bem mais emotiva com tudo. A possibilidade de ter perdido o Luan, coisa que jamais havia passado pela minha cabeça, me deixou um pouco mais sentimental.

Até que, quando eu achei que esses dias de medo estavam passando, chegou o final de semana e com ele o aniversário do Luan.

– Lia, você me prometeu! - Luan tentava me convencer da loucura que ele estava pedindo. – Será o que eu quiser e você vai.

– Por favor, Luan, isso não! Qualquer coisa, inventa qualquer coisa aí que eu faço, menos isso! - O medo voltou a dar sinais dentro de mim.

Eu achava que ele estava de brincadeira comigo, era isso. Não tinha explicação para ele querer uma coisa dessa. Tá bom! Tinha, ele sempre gostou de festas mesmo, e na beira da praia então, era a cara dele.

– Você não tem opção, chatinha. – Ele sorria, já com a sua vitória certa, mas eu sentia meu peito apertar e minhas mãos suarem.

– Tenho um mal pressentimento disso. Escolhe outra coisa, por favor! – Eu implorava, tentando mudar a ideia dele, mas não tive sucesso.

– Para de frescura, Liana. Foi só um sonho, não vai acontecer nada, pode até dirigir meu carro se você quiser.

– Luan... – sentia as lágrimas no meu rosto.

– Ei, eu tou aqui. – Ele se aproximou me abraçando. – A gente não volta à noite tá? Vamos alugar um hotel e ficamos o final de semana todo por lá. Melhor assim?

– Tá bom! – Eu apertei ele ainda mais no abraço.

Apesar de ainda não me sentir confortável com essa ideia, eu tinha que ir. Pelo menos iríamos ficar o final de semana e só voltaríamos no outro dia.

Luan tinha decidido comemorar o aniversário dele em um luau que teria na praia do Paracuru. E só de pensar em festa de interior, carro, estrada escura.. meus medos e lembranças do pesadelo voltavam a me assombrar.

Chegou então a sexta-feira, tudo combinado e toda a turma convidada. Claro que eu dei um jeito de Felipe não ser convidado, apesar que eu sabia que ele estava sabendo da nossa viagem.

– Vai ficar chato pra mim essa tua birra de menina mimada, Liana. – Luan argumentava comigo, mas eu não me importei. – Não tem sentido.

– Se ele falar alguma coisa, que eu sei que não vai, pode colocar toda a culpa em mim. Eu não me importo mesmo!

– Eu não sei quem você pensa que tá enganando. – Ele riu, terminando de colocar as coisas dentro do carro. – Eu te conheço, não esquece disso.

Nós alugamos uma casa na beira da praia, com piscina, sauna, um jardim enorme e um deck que daria pra fazermos a nossa própria festa.

A casa era linda. Duplex, com uma varanda toda no vidro. Tenho a impressão que caberia a festa inteira dentro dela de tão grande que era.

– Chegamos ao Luan Fest. – Rodrigo gritou no jardim, segurando uma garrafa de cerveja e dando um gole na mesma, antes de soltá-la e pular na piscina de roupa de tudo.

– E que comecem os jogos! – Um dos amigos de Luan gritou pular na piscina também.

O final de semana promete! E ainda eram 18 horas da sexta feira. Hoje teria uma festa na areia da praia e já começamos as comemorações por lá.

Cada qual escolheu seu quarto, os casais ficaram juntos, lógico. Eu fiquei com a Rafa em dos quartos, já que éramos as únicas meninas sem namorado. Os meninos, se misturaram nos outros, além da nossa turma, alguns amigos do Luan também estavam lá, eu não tinha intimidade com eles, mas os conhecia.

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