CAP 48 - O CASAMENTO DO LUAN

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Julho de 2012

Não foi nada fácil superar o término do namoro com Felipe, foi uma fase bem complicada, mas eu tinha meus amigos ao meu lado, apesar de também serem amigos dele e também estarem do lado dele, o nome dele não era mencionado perto de mim.

A única coisa que fiquei sabendo foi que ele foi passar um tempo administrando a filial de Goiânia e não estava mais aqui. Isso era bom, afinal assim, eu não corria o risco de ter que encontrar com ele e poderia sair pra me divertir e esquecer os problemas da vida.

E foi isso que eu fiz nesses seis meses que se passaram, muita festa, muita diversão e lógico, muito beijo na boca. Por que perder tempo e não aproveitar se ele não me quer? Eu aproveitei.

Mas estávamos nos preparativos para o casamento do Luan e da Andressa, então eu sabia que eu iria correr o risco de encontrar com ele novamente, seria quase impossível ele não vir pro casamento, até por que as famílias deles são interligadas e eles são quase primos, então, ele viria, com certeza.

Falta apenas uma semana para o casamento, eu comecei a ficar nervosa na possibilidade de ver Felipe cara a cara, mas eu passaria por essa sem mostrar o quanto ele ainda mexe comigo, eu sei que consigo.

Resolvi passar o dia no CT treinando nos cavalos, isso esvaziava todos os meus pensamentos e eu ficava bem. Era meu lugar de esquecer do mundo.

Era sábado, quase dez horas da manhã quando cheguei no CT, não estava muito lotado, o que não é muito comum para um sábado, mas eu agradeci mentalmente por isso.

Fui direto para as baias, tinha apenas um tratador com um dos cavalos, como eu já estava com a minha bota, apenas pedi pra tirar a minha égua da baia e já fui andando com ela.

Peguei a Pérola e fui para uma área de grama que tem antes das pistas, fiquei lá com ela, parada embaixo de uma árvore, esperando os treinos que estavam acontecendo acabarem.

— Oi, bom dia. Está esperando pra entrar?

Me virei olhando pro lado e encontrando o dono daquela voz. Ele era tão fofo, o cabelo grande bagunçado, os olhos castanhos e um sorriso encantador.

— Sim, estou. — Respondi e voltei a olhar pro treino que acontecia.

— Você corre tambor ou bate esteira? — Ele insistiu em prolongar a conversa.

— Tambor, mas hoje parece que tá meio complicado, todas as pistas estão ocupadas.

— Também percebi, e nem tem tanto carro lá fora, achei até estranho.

—  Eu pensei a mesma coisa.

Ele riu e esticou a mão.

— Prazer, meu nome é Caio.

— Liana.

A conversa foi fluindo naturalmente, Caio era engraçado, simpático e gostava das maioria das coisas que eu gostava.

Ele me chamou pra jantar com ele e eu aceitei. Nesses últimos meses eu estava aproveitando tudo, conhecendo muita gente e Caio até poderia ser um bom amigo.

Fui pra casa e me arrumei, ele foi super pontual e às 20h como combinado, estava na frente da minha casa.

Chegamos no restaurante e começamos a conversar sobre diversos assuntos. Descobrir que ele é veterinário e possui cavalos também, não exerce muito a profissão pois cuida mais dos animais da sua própria fazenda e às vezes de algum dos amigos.

Nosso amor incomum pelos animais foi o assunto mais falado durante a noite. Eu estava encantada com o jeito que ele falava dos cavalos e com o sorriso lindo que ele não tirava do rosto.

ERA PRA SER VOCÊOnde histórias criam vida. Descubra agora