CAP 38 - A FESTA

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Sávio Neto.

Esse era o nome dessa perfeição que estava na minha frente.

– Eu sou Liana Ferraz. – Ele ainda segurava minha mão com seus olhos penetrantes nos meus.

Senti alguém chegar por trás de mim, colocando uma mão na minha cintura e ficando ao meu lado.

– Algum problema por aqui, Liana? – Rodrigo perguntou olhando diretamente para Sávio.

– Oi, meu nome é Sávio. Prazer. – Ele soltou minha mão e esticou na direção do Rodrigo.

– Rodrigo. – Curto e grosso ele respondeu. Eles soltaram as mãos e então ele me olhou. – Tá tudo bem?

– Tá sim, Rô. Estamos conversando.

– Tá certo. – se aproximou para beijar meu rosto e falou no meu ouvido. – Qualquer coisa me chame, estou por perto!

E saiu.

Super proteção. Eu tinha isso por todos os lados. Além de Luan, agora tinha Rodrigo.

– Quem é ele? – Me perguntou, achando que talvez pudesse ser meu namorado, eu acho, pelo jeito que franziu a testa ao perguntar.

– É um amigo.

Continuamos conversando sobre várias coisas, incrível como tínhamos gostos em comum e alguns totalmente o contrário do outro. A conversa com ele fluía tão naturalmente, que não sei quanto tempo ficamos ali.

Sávio tinha 25 anos, apenas 2 anos mais velho do que eu. Era formado em Direito e trabalhava na equipe de advogados de uma das grandes empresas do estado no ramo alimentício.

Ele era diferente, simpático, educado e não tinha aquelas cantadas baratas dos garotos em festa. Era bem agradável a conversa.

Depois de conversarmos sobre várias coisas, ele se aproximou mais de mim. Meu coração acelerou com aquilo. Eu não sentia uma atração assim com ninguém, apenas Felipe me tirava do chão, mas Sávio, de alguma forma, mexia comigo também.

Ele colocou a mão no meu rosto, acariciando minha bochecha, fechei os olhos. A mão dele foi até a minha nuca, segurando o meu pescoço, senti a respiração dele mais perto de mim e então resolvi abrir os olhos, encontrando aqueles olhos verdes me encarando e fazendo meu corpo todo se arrepiar.

– Desculpa, mas eu não consigo resistir. – Ele falou enquanto a mão que estava no meu pescoço apertou ainda mais os meus cabelos entre os dedos e a sua outra mão me puxou pela cintura, colando nossos corpos e no mesmo instante, senti um leve puxão nos meus cabelos, posicionando minha cabeça para trás, e nos segundos seguintes os nossos lábios se encontraram.

Foi um beijo calmo e suave. Ele beijava meus lábios com carinho e cuidado. Suas mãos me acariciavam enquanto ele me beijava lentamente, provocando cada célula do meu corpo. Nossa, que beijo gostoso!

Ele se afastou, olhando para mim com um sorriso e com as duas mãos já na minha cintura, me apertou contra seu corpo me levantando do chão.

– Você é maravilhosa, Liana Ferraz. – voltou a me beijar, me colocando de volta no chão após girar algumas vezes comigo.

Um tempo depois, as meninas se aproximaram, eu apresentei ele à todos e ficamos na mesma roda. Eu peguei mais um drink pra mim já que Sávio não estava bebendo.

– Quer dançar? – Ele esticou a mão, me convidando. Tinha começado a tocar o Aviões do Forró, que eu adoro e uma das coisas que mais amo, dançar.

– Claro!

Ele dançava forró muito bem. Em cada troca de música, eu ganhava vários beijos e abraços, ele é estilo Luan, pegajoso, grudento, que não perde uma oportunidade para um beijo. Não sei quantas músicas dançamos, minhas pernas estavam doendo por conta da areia. Dançar na areia é mais cansativo do que eu pensei. Nós nos afastamos um pouco e ficamos sentados olhando o mar e conversando, sempre ganhando muitos beijos dele.

ERA PRA SER VOCÊOnde histórias criam vida. Descubra agora