20. Chapter

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Pov Lauren Jauregui

Depois correr por toda Miami, sem qualquer destino, resolvi dormir na casa dos meus pais. Clara e Taylor só chegavam no domingo, no caso amanhã cedinho, e papai estaria sozinho com os abuelitos e a pequena Cleo.

Por falar na cachorrinha, eu estava sendo uma péssima mãe. Depois que viajei pra NY, meus pais ficaram responsáveis por ela, até eu voltar. Agora eu posso levá-la comigo, já que nada mais me prende nesse lugar. Essa noite eu só queria uma boa cama, dormir iria me fazer bem, depois disso, pegaria o primeiro avião de volta e não pisaria em Miami tão cedo. Já estou imaginando o tamanho do sermão de Clara quando chegar, e me preparando pra receber toda a carranca de Taylor Jauregui.

Estou farta de julgamentos, parece que ninguém me escuta, eu sei que eu fiz uma coisa horrível, mas nunca imaginaria tanta repulsa vindo da minha própria família.

Ao chegar, papai espantou-se com minha visita e eu tive que explicar os fatos, claro que eu pulei muitos acontecimentos, mas ele me deixou confortável quando não exigiu esses detalhes. Recebi as bênçãos de meus avôs, Ben e Jorge e fui dormir no quarto de Chris.

Eu não faço ideia de quanto tempo dormi, as persianas estavam fechadas, o que dificultou minha noção de tempo. Acordei com uma dor no corpo e uma puta congestão nasal, o que eu já estava esperando, pelo o dia de ontem. Eu só queria voltar a dormir, porém a movimentação e os ruídos, que vinham dos cômodos vizinhos não me permitiram fazer isso.

Tomei um banho rápido e vesti as mesmas roupas de ontem, o conforto da minha casa gritava nos meus desejos mais profundos. Poderia jurar que minha cara estava horrível, eu sentia isso, todavia o quanto eu adiasse minha chegada em NY, mais doloroso seria.

Sem ao menos bater, Clara adentra no quarto carregando a pequena mala preta, bem conhecida por mim. Sua cara era séria, eu não faço ideia e nem me atrevo a saber o que ela estaria pensando. Antes de deixá-la em NY, nossas palavras foram vagas e monossílabas. Depois de Taylor, mamãe foi uma das que mais criou laços com elas.

Em nenhum momento ela apontou o dedo na minha cara, mas suas atitudes silenciosas estavam sendo piores do que as diretas de minha irmã. Não acho capricho meu, querer um voto de confiança da própria mãe. Eu não sei mais o que pensar, já que meu erro não tem perdão, eu só queria fugir até meu lar e não ter contato com ninguém nos próximos meses.

- Dinah veio aqui e deixou suas coisas, ela pediu pra você ler o bilhete que estaria dentro da mala. - Clara ao abrir as cortinas.

- Que horas são? Como ela veio? E com quem?

- É quase três da tarde, Dinah veio de táxi.

Nada respondo, abro minha mala e como previsto, o bilhetinho escrito no post-it neon estava ali, grudado na parte superior. Que dizia as seguintes coisas; Que eu tivesse paciência, uma ligação avisando minha chegada em NY, e por último, informava sua permanência em Miami nos próximos dias. Procurei em vão alguma informação sobre Camila, mas o bilhete não supriu minha expectativa. Futuramente devo pedir desculpas a Dinah, ela não devia está passando por isso, eu comecei com essa merda e nada mais justo do que resover sozinha.

- Ajeita essa cara e vai receber o pessoal, seu irmão está lá fora esperando pra te ver. - Clara me tira dos pensamentos.

- Eu já estou voltando até NY, mas não se preocupe, antes disso eu vou parar e falar com Chris. - Digo seca.

- Você está na sua casa, pode ficar o tempo que precisar. Eu apenas quero que arrume sua vida, você não pode ficar assim pra sempre.

- Obrigada por me lembrar, sua aversão a mim me fez esquecer esse fato. Mesmo assim dispenso, tenho que trabalhar na Segunda-feira.

Love To Three (trisal | poliamor)Onde histórias criam vida. Descubra agora