17. Chapter

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Pov Lauren Jauregui

- Vai ficar tudo bem, ok. Eu tenho que ser realista com você, não sei como as meninas vão reagir a isso, mas não adianta se acabar em lágrimas. - Dinah ainda afagava meu cabelo.

Fazia mais de meia hora que estávamos na mesma posição, as duas sentadas no último degrau, enquanto eu me acabava no choro. Dinah não entendeu nada quando eu desmoronei, Taylor teve que explicar tudo e ela apenas me deu colo.

- Você me odeia? - Pergunto ao encarar seus olhos.

- Não, Laur, eu não te odeio. Eu tô assimilando isso ainda, vou deixar você se recuperar primeiro, depois eu penso em te surrar, tá bom? - Diz e sorri de lado.

- Eu não sei o que fazer, o combinado era de domingo estarmos em Miami, mas minha mãe quer que eu vá amanhã e resolva isso.

- Tem que ser necessariamente em Miami? - Sorri fraco.

- Eu que lute.

- Você que lute mesmo, agora vem. Você precisa se recompor e me explicar direito essa história.

- Acho que não sei se aguento, Dinah.

- Me responde pelo o menos se eu posso ficar aqui. Minha casa todinha está lá fora esperando pra subir.

- Me diz que a "casa" que você trouxe foi mobília e não os Hansen's.

- Exagerei, eu só deixei algumas malas lá fora. Mas sabia que eu tenho um piano rosa? Se tiver espaço eu...

- Dispenso, já temos um, clássico e preto. - Corto imediatamente sua ideia.

Quando eu cheguei na recepção e avistei as "algumas malas", tive noção que a Dinah não tem seu juízo perfeito. Era simplesmente 6 malas e algumas frasqueiras das mais sortidas cores e tamanhos.

Onde eu ia colocar aquele monte de bagagem? E o mais importante, o que era tudo aquilo?

Por sorte, o pessoal do prédio nos ajudou a subir. Mamãe e Taylor nos ajudaram a arrumar tudo no antigo quarto de hóspedes, que de agora em diante seria seu quarto. Meu corpo já pedia descanso, depois da desidratação ao longo do dia e dessa visita inesperada, tentei acabar minha noite decentemente, apesar dos olhares matadores que Taylor lançava a cada segundo. É sério que ela continuaria me punindo?

Depois que eu me aprontei pra dormir, mamãe me deu um pouco de colo e agora Dinah estava aqui tentando me animar, segundo ela. Don't You Worry Child, na voz de Walter Coppola tocava baixinho pelo quarto, enquanto a loira pintava minhas unhas do pé. Sim, ela não brincou quando disse que era a noite das garotas.

- Desculpa não te dado muita atenção, mas eu prometo que na segunda eu resolvo alguma coisa, tudo bem?

- Pra começo de conversa, eu quero você 100% bem. Não se preocupa, trate em resolver sua cagada primeiro. - Diz enquanto se concentrava no mindinho.

- Don't you worry, don't worry , child... - Começo a cantar baixinho.

- See heaven's got a plan for you... - Dinah, divinamente afinada, continua a letra.

- Ok, escuta, ninguém te pediu para cantar bonito.

- Eu tava tentando te ajudar, vadia. - Não deixo de rir desse ícone, agora eu estava entendendo o motivo de Camila gostar tanto dessa doida.

Camila... Ah, Camila...

- Você acha que Camila vai me perdoar? - Solto e automaticamente e ela para pra me encarar.

Love To Three (trisal | poliamor)Onde histórias criam vida. Descubra agora