57. Chapter

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olá bebêres!
importante: achei necessário uma drástica aceleração de tempo, então sem julgamentos.

capítulo com alguns flashbacks para não deixar meus leitores perdidos, então provavelmente será dividido em dois.

Alguns anos depois.

Pov Lauren

- Mamãe Lo vai morrer, Mami? - Consigo ouvir a doce voz da minha filha mais velha, mesmo grogue pelos remédios para ansiedade e com todos meus membros inferiores dormentes. - Eu não quero que ela morra, mamães. - Sinto um forte a abrupto encosto sobre meu peito.

- Zahra Lilith! - Ouço as vozes repreendoras de duas das quatros mulheres mais amadas por mim.

- Filha, a Mamãe Lauren acabou de sair de uma cirurgia e está com o corpo cansadinho, não pode forçar, entende? - Lucy alerta.

- Não se preocupa, Zhali. - Agora foi a vez da minha pequena Lola. - Não lembra o que o tio Christopher falou? Mamãe veio apenas cortar o fio do pintinho pra não nos dá mais irmãozinhos. - Disse como se fosse óbvio. - Ela vai ficar bem, não vai morrer e eu não quero mais um irmão, você quer?

Acho que pelo o menos um sorriso involuntário saiu sem eu menos perceber, graças a droga desses psicotrópicos. Espero que logo logo eu tenha forças o suficiente para esmurrar a cara do meu irmão estraga crianças.

- Lola Guadalupe, cállate. - Camila repreende nossa filha mais nova.

- Senhorita Lúcia, Senhorita Camila, gostaria de um momento com as duas. - Consigo ouvir a voz conhecida do meu médico.

- Venham, meninas. - Lúcia profere.

- Eu vou ficar com minha mãe. - Lilith impõe.

- Se ela ficar, eu também quero ficar. - Lola se mete.

- Não se preocupem, vai ser rápido, elas podem ficar com a Senhorita Perez, nossa enfermeira. - Volta a se pronunciar o mais velho.

- Não forcem nada com a mãe de vocês e escutem a Senhorita Perez. - Camila advete.

Depois que ouvi a porta fechando, consigo sentir o reflexo das mesmas que estavam no quarto.

- Ouviram, a mãe de vocês. - Uma voz desconhecida orienta.

- Um irmãozinho seria divertido, a gente poderia montar uma banda como a do vovô Mike. - Líli quebra o silêncio do quarto, depois de alguns minutos silenciosa.

- Você só pensa nisso. - Resmunga a menorzinha. - Brincar de banda é muito chato, Zhali, mesmo assim ainda temos nossos amigos, então a gente não precisa de um irmãozinho.

- Sabe garotas, eu adorei ter muitos irmãos, acho que vocês poderiam pensar no lado bom de ter mais um na família.

- Meu tio falou que irmãos custam dinheiro, Senhorita.

- Acho que nossa mãe pode pagar mais um irmãozinho pra gente, ela sempre deixa alguma nota no nosso cofrinho do quarto. - Lilith explica.

- Mais um? - A mulher indaga.

- Temos um irmãozinho que mora no céu, Senhora.

- Ele se chama Kaled, só que minha mamãe Lauren às vezes chora quando oramos por ele... eu não gosto dele. - Lola solta.

- Ele deve ter sido um menino mal com ela e agora está no cantinho do pensamento.

Com 8 e 7 anos respectivamente, Lílith e Lola já tinham uma noção do que havia acontecido em uma passado não tão distante. Contar pra elas que longe daqui, em um espaço sobrenatural existia um ser celestial com o mesmo sangue delas não foi nada fácil. Aquelas pestinhas eram realmente bem dotadas com uma inteligência fascinante, então aquele fato a cada ano vivido ficava mais evidenciado entre as duas. Lola apesar de ser a mais nova, teve um desenvolvimento surreal ao longo dessa pouca diferença de idade, o que resultou das duas hoje em dias possuírem apenas alguns centímetros de diferença. Não deixo de lembrar de momentos importantes durante essas anos, anos que me fizeram uma pessoa completa por ser apaixonada por essas mulheres.

Love To Three (trisal | poliamor)Onde histórias criam vida. Descubra agora