Love To Three (trisal | poliamor)

55. Chapter

PRESENTE PRA VOCÊS, MEUS LINDES 💗

- Então esse é seu plano? - Camila indaga ao terminar de guardar a última peça amarela.

- Prometo que vão ser curtos sete dias, a gente pode até voltar no sábado à noite. - Lauren se defende.

- Lembra da última vez que estiveram em New York com Líli? - Camila rebate.

- Ela ficou doente, sim, aconteceu e não foi algo planejado, essas coisas acontecem. - A de olhos verdes protesta.

- E se a minha filha ficar doente, Lauren?

- Nossa filha não vai ficar doente, Camila.

- Mas...  - Antes que Camila pudesse avançar nas palavras contive a Latina.

- Vocês duas vão acabar acordando nossas monstrinhas. - Alerto antes que uma catástrofe natural pudesse vir acontecer ali mesmo.

- Eu só quero poder apresentar minhas filhas aos meus colegas no trabalho, acho que eu tenho esse direito, não?

- Tem, e ele é todo seu, mas hoje existe uma coisinha chamada tecnologia, que inclusive revolucionou esse ato.

- Elas também precisam conhecer o lugar que daqui a alguns anos irão herdar. - Lauren tenta argumentar. - Eu juro que vou me comprometer com as duas e nenhuma vai voltar resfriada.

- Elas estão tão bem aqui, Lauren! Por que colocar isso na cabeça justamente agora? - Camila diz chorosa.

- Camila... - Lauren já desarma sua pose de durona e vai até ela.

- Não quero conversar mais sobre isso. - Nossa latina mais nova protesta.

- Mas a gente precisa desse diálogo. - Lauren adverte.

- Lauren! - Chamo sua atenção. - Acho melhor você descer, mais tarde a gente conversa sobre isso.

Lauren me encarou feio por alguns minutos, lançou um último olhar tristonho para Camila e em seguida saiu sem muita pressa e com cautela. Era satisfatório ver aquele seu amadurecimento como pessoa, como namorada. Talvez a Lauren de alguns meses atrás permanecesse relutando sua ideia com um diálogo sem rumo e insistente, mas não, hoje ela apenas desarmou suas defesas e optou pelo silêncio.

- Obrigada por isso. - Camila respira aliviada. - Às vezes  a Lauren consegue ser mais sufocante do que já é.

- Eu odeio não concordar com você, mas sinceramente não acho certo essa mania de isolar ela das coisas e de tudo, quando você se estressa. - Solto meio receiosa.

- Então você concorda com ela, Lúcia?

- Eu tenho meus medos de mãe, Camila. - Justifico. - Mas infelizmente não posso parar ela, ou as suas decisões como a outra mãe. Ou sendo mais específica, as vidas das nossas meninas.

- Não se trata de pará-la, eu só não quero minha filha se arriscando nos ares de uma cidade como Nova York.

Não deixei de sorrir, o que fez com que Camila me olhasse incrédula pela minha postura. A questão era que a merda do instinto materno já tinha infectado minha namorada.

- Por que a gente não viaja com ela, hum? - Proponho. - Seria uma das nossas primeiras viagens em família, Lauren poderia trabalhar tranquila, a gente curtia New York com toda segurança do mundo e evitaria uma briga sem cabimento.

- Por que as coisas com você parecem ser mais fácies?

- Já percebeu que quando surge uma questão dessas, Lauren e você sempre se encontram na defensiva na maioria do tempo? Ninguém chega a lugar nenhum dessa forma. Tudo tem jeito, solução, acordo. Passividade é o que está faltando nesse relacionamento.