Capítulo 13

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Inesquecível: Que não se consegue esquecer; que fica na lembrança; memorável; marcante


Havia muitas coisas que eu poderia ter dito naquele momento. E a primeira e mais sensata seria um sonoro não.

Não. Eu não estava à venda a preço de um apartamento e alguns dólares. Mesmo ela tendo me conhecido como um maldito garoto de programa.

Mas aquela era a garota que eu desejava quase a raias da obsessão desde que pusera meus olhos nela pela primeira vez.

E enquanto ela estava ali parada na minha frente, com os olhos me sondando à espera de uma resposta, eu só conseguia pensar que aquelas eram as palavras que eu mais queria ouvir nas últimas semanas.

Minha mente e meu corpo estavam à espera dela.

Meu coração estava à espera dela.

Então, enquanto minhas mãos subiam para tocar seu rosto, eu só pensava que nada que viesse do que podíamos fazer juntos seria errado.

Não importavam as circunstâncias. Eu ia fazer ser perfeito.

— Isso é um sim? — Sua voz não era mais do que um sussurro. Eu a escutei como carícia em meu íntimo.

— Alguma vez eu te disse não? — Meus dedos traçaram seu rosto e retiraram seu casaco por seus braços.

— Você me disse não quando te propus da primeira vez.

Segurei a barra de sua blusa e ela ergueu os braços obedientemente para eu tirá-la.

— Você não pediu pra eu fazer sexo com você daquela vez.

Seu rosto surgiu meio surpreso e vermelho depois que a blusa desapareceu.

— Teria respondido sim?

Eu me abaixei e segurei seus pés para retirar a bota que devia ser mais cara do que todas as minhas roupas e sorri de lado ao responder.

— Com certeza. — Meus dedos desabotoaram seu jeans e puxaram para baixo, o retirando dela sem dificuldade.

Eu a olhei de cima a baixo. Ela mordeu os lábios e me olhou em expectativa.

E naquele momento eu nos vi como realmente éramos. Eu estava abaixo dela, aos seus pés, como um serviçal, um escravo. E mesmo assim a adorando e pedindo permissão para tocá-la.

— Me leva para a cama, Ethan — pediu baixinho, como se soubesse que eu estava esperando uma deixa. Uma ordem.

Eu me levantei. Em todos os sentidos.

— Então me mostre onde é o quarto — respondi e ela riu. Linda.

Segurando minha mão, ela me guiou pelo corredor até um quarto que também tinha uma linda vista da cidade. Ao longe eu vi a ponte e o Rio Charles.

Mas meus olhos registravam tudo ao nosso redor apenas remotamente. Minha atenção estava toda em Harper King, magistral em seu conjunto de lingerie de renda com os olhos presos em mim quando se deitava sobre a cama.

Comecei a tirar minhas roupas rapidamente. Respirei aliviado ao pegar a camisinha que levava na carteira e jogar sobre a cama.

Seus olhos pareciam entre divertidos e curiosos, enquanto me espiava.

— Você é tão bonito.

Eu parei, nu em frente à cama e me ajoelhei no colchão segurando suas pernas e beijando seu tornozelo.

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