Capítulo VI

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Nota da Autora

Boa tarde, pessoal. Como vocês estão?

Sim, ainda estou viva!

Se divirtam com esse capitulo inusitado.

"Mudar
Não vou deixar quem me usar, que me influencie
Quero ser sincera ao sentimento que eu tomo agora

Mudar
Não importa quantas vezes
eu renasça Vou abraçar minha tristeza

E seguir correndo

Encontrei uma traição agradável

Mas não vou me deixar ser seduzida"

- Mudança - Miwa

√√√ Rebelião √√√

Clara andou rapidamente por extensos corredores, aproveitando-se de sua boa memória para lembrar o trajeto que haviacorrido per anteriormente. Quando se deparou com quadros excêntricos soube que estava no caminho correto.

Agora ela entendia o motivo pelo qual era impedida de sair do quarto, Miguel foi receoso de que ela desmascarasse na frente de um dos nobres, fato que aconteceu caso ela veio a descobrir sua dupla identidade, coisa que julgava bem possível ocorrer mais cedo ou mais tarde em suas andanças pela sede ou por algum deslize do próprio Miguel.

Sua postura ficou tensa quando as coisas começaram a fazer sentido em sua mente, Clara estava trabalhando com alguém que era muito mais ardiloso e perigoso do que ela tinha imaginado. Era óbvio que estava metida em algo muito maior do que julgara inicialmente, não era apenas um plano para salvar a vida de Emily e sim um conflito político que poderia acabar com a vida dela.

Assim que entrou no quarto sentou-se na cama de Miguel, um turbilhão de pensamentos que enchendo a mente e a deixando pasma, de nada já havia adiantado sua pequena excursão pelos corredores da sede, para adquirir mais informações para sair do lugar. Tudo o que conseguiu foram mais dúvidas e agora não sabia bem o que fazer.

Depois de sua descoberta sua mente se negou a pensar em outra coisa que não fosse como utilizar a informação adquirida sem se colocar em risco. Parecia que cada vez que se permitia conhecer mais da situação em que estava mais ligado a esse conflito político ela se encontrarva. Ela não era ingênua, suspeitava dos acontecimentos que ocorriam entre os governadores e os conspiradores, pois, principalmente em seu bairro, os rumores sobre eles se espalhavam rapidamente e geravam grandes discussões sobre quem estaria certo.

Entretanto, estar tão próximo a estação era bem mais complicado do que se não podia imaginar e isso a deixava um pouco receosa. Estava presa em um lugar desconhecido, sem nenhuma alternativa de fuga e tendo que confiar em alguém que não passou de um agente duplo da Revolução pronto para destruir tudo que conhecia sem nenhum remorso.

"Parabéns, Clara! Você sempre arruma um jeito de se meter em algo complicado", pensou ela sarcasticamente.

Como palavras ditas por Miguel estavam gravadas em sua mente de forma que ela não poderia esquecer, o que causava mais irritação. Ele tinha mentido, estava enganando muitas pessoas e não passava de mais um nobre mesquinho que só se preocupava com seus próprios interesses. Todo aquele teatrinho era apenas para ganhar a confiança dos conspiradores, desde o discurso eloquente sobre como provincianos também eram humanos e que mereciam ter seus direitos respeitados, até discordar dos guardas e membros da Revolução. Tudo previamente pensado para dar andamento ao seu plano de manipulação, assim como fez todos aqueles nobres repugnantes.

Saga Revolução - Livro I RebeliãoOnde histórias criam vida. Descubra agora