Capítulo V

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Nota da Autora

Boa noite, pessoal. Como estão?

Sei que faz muito tempo que não atualizo, mas eu não desisti dessa história! Espero que o capítulo apazigue seus ânimos. Eu me divertir muito escrevendo ele.

Se divirtam nesse mundo cheio de conflitos políticos.

Capítulo V

Sonhando com o jeito que costumava ser

Você pode me ouvir?

Caindo dentro do escuro

Deslizando através das fissuras

Caindo nas profundezas, eu posso nunca mais voltar

Caindo dentro do escuro

Caindo dentro, caindo dentro, do escuro

√√√ Rebelião √√√

Clara abriu a porta do quarto vagarosamente, temendo que aquilo não passasse de um truque de Miguel para irritá-la, pelo pouco tempo em que o conhecia estava claro que ele adorava fazer joguinhos.

Ele havia feito muito isso, joguinhos para confundi-lá.

Mesmo que os dois não tivessem conversado muito durante o curto espaço de tempo que foram obrigados a conviver, isso porque quando Clara acordava estava sozinha no quarto com a porta trancada e ao cair da noite ela adormecia antes de vê-lo adentrar o cômodo. Miguel, porém, com pequenas insinuações a fazia ciente que sua tranquila estadia não passava de um pequeno agrado concedido por ele. Como, por exemplo, ordenar que os guardas mantivessem vigilância constante durante sua ausência para evitar uma repetição do acontecimento de dias atrás ou enviar serventes diariamente para lhe fornecer alimento, Clara podia afirmar que nunca havia comido uma comida de tão boa qualidade nos últimos anos.

Ela sabia ainda que além do guarda ao lado de fora havia outros rondando a sede, fato descoberto após fazer amizade com uma das serventes que lhe trazia refeições. Marcela era a responsável por trazer seu café e almoço, elas aproveitam o tempo que a servente esperava a outra terminar de se alimentar para conversarem.

Clara sabia que Miguel ainda estava receoso de que ela tentasse fugir novamente, receio esse que ela julgava desnecessário, uma vez que as consequências de sua última ainda estavam presentes em seu corpo, na forma de pequenas cicatrizes, como um lembrete constante de que ela precisava, pelo menos por enquanto, concordar com o pequeno acordo que havia firmado com ele. Qualquer coisa que a levasse, mesmo que remotamente, para mais perto de Emily seria aceita enquanto não bolava um plano melhor, e isso ela sabia que não demoraria a ser feito.

No entanto, ela não sabia o motivo pelo qual Miguel havia deixado a porta aberta dessa vez e o fato de não haver sentinelas por perto, apesar disso manteve em mente que aquilo era o bastante por enquanto e por isso aproveitaria a oportunidade, mesmo que fosse algum truque daquela mente deturpada.

Assim que seus pés pousaram no corredor ela deu um suspiro de alivio, ainda era uma prisioneira dos que, pelo que havia entendido, eram conhecidos como a nobreza da Revolução (eles governavam a nação de forma mais corrupta possível), mas não podia deixar de ficar contente ao se dar conta de que aquela era a primeira vez em mais de uma semana que poderia sair do quarto. Sempre fora uma pessoa ativa, estar presa há tanto tempo a deixava inquieta e pensativa demais, aumentando sua aflição quanto ao paradeiro de Emily. Ela precisava começar a agir antes que enlouquecesse.

Saga Revolução - Livro I RebeliãoOnde histórias criam vida. Descubra agora