Vimos nossa quota de altos e baixosOh, a rapidez com que a vida pode mudar em um instante
Parece ser tão bom reunir
Dentro de si mesmo e dentro de sua mente
Vamos achar a paz lá
Após ser deixada pasma sem resposta pelo tal Miguel, a sala que se encontrava foi invadida por três mulheres que logo a encaminharam ao banheiro mais próximo para que tomasse um banho rápido. Não tendo muita escolha, Clara ficou calada devido à surpresa enquanto era arrastada para outro cômodo um pouco afastado, se não fosse pelas circunstâncias o banho seria uma ideia maravilhosa.
Quando a deixaram sozinha, após muita insistência, ela tirou as roupas que vestia e entrou no box do banheiro, seus pés tocaram o chão gelado a fazendo se arrepiar e correr para a banheira que estava preparada. O cheiro de floral espalhava-se pelo o ambiente fazendo com que seu corpo relaxasse um pouco, por mais que seus ombros ainda se mantivessem tensos.
Assim que submergiu seu corpo na água quente ficou surpresa com quão limpa era, dificilmente havia encontrado em seu bairro água tão límpida disponível para beber e eles, nobres mesquinhos, a esbanjavam como se fosse um recurso renovável.
Antes que sua raiva tomasse o controle e destruísse todo o banheiro, ela terminou rapidamente o banho e vestiu as roupas de tecido fino que as mulheres tinham dado. Olhou-se no espelho estranhando a imagem refletida, o banho com a água pura tirou as impurezas e marcas que acumularam no decorrer dos dias de trabalho e a roupa que, surpreendentemente, possuíam suas medidas exatas acentuavam suas curvas que nem sabiam que tinha. Por um momento ela sentiu como se fosse um ser humano e não uma criatura que lutava para sobreviver em mundo cheio de injustiça.
Saindo do banheiro um guarda estava a sua espera e assim que a viu indicou com um gesto de cabeça cortes para que lhe seguisse, sua postura firme. Clara ainda não entendia como passara do cubículo da enfermaria para todas essas comodidades, ainda mais sendo uma prisioneira, mas sentia que não era algo bom, estava acontecendo algo estranho e seu sexto sentido a avisava que não iria gostar.
Seus sentidos nunca haviam falhado antes e não começaria a duvidar deles agora.
Os corredores que estavam eram bem diferentes daqueles que havia visto no pequeno trajeto até o banheiro. Os corredores da enfermaria pareciam frios e sem vida, mas os que viam agora eram apenas ostentação e luxo que ia desde cores vibrantes aos mais variados objetos que lhe pareciam relíquias e antiguidades.
Clara observava calmamente seus arredores, mantendo sua expressão o mais resignada possível para passar a imagem de aceitação do seu futuro. Precisava de detalhes para tramar sua fuga.
Pararam frente a uma porta que continha a insígnia da Revolução, sua respiração falhou sabendo que aquilo significava que aquele cômodo pertencia a uns dos nobres.
A batida na porta faz seu coração se comprimir, tinha consciência do que ocorria com pessoas como ela quando estavam sobre o poder deles. Inconscientemente ela olhou ao redor do corredor procurando uma saída vendo apenas uma janela no final do corredor, não era uma boa ideia e nem ao menos sabia que andar estava, mas não ficaria ali como um cachorrinho da Revolução.
Ela correu ao mesmo tempo em que a porta se abriu não se dignando a olhar para trás com medo de perder a coragem.
Os passos atrás dela indicavam que duas pessoas estavam a perseguindo, ela ainda escutou alguém gritando, mas ignorou enquanto se lançava contra a janela de vidro. A adrenalina funcionou como anestésico, sua mente não registrava os cortes profundos e os cacos de vidro que entravam em sua pele por eles.
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Saga Revolução - Livro I Rebelião
Ficción GeneralAVISO: Sinopse atualizada. Saga Revolução - Livro I Rebelião O mundo foi completado mudado, os continentes como conhecemos não existem mais. Os recursos básicos são escassos e controlados pelos nobres e governadores. É nesse mundo que Clara,a jov...