Capítulo II

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Revisado por brunamendonca17

**** Nota da Autora ****

Por favor comentem e me digam o que acham.

Espero que gostem!

*** Nota da Autora ***

(E eu disse: Oh)

Então eu segurei minha cabeça erguida

Escondendo o ódio que queima dentro

Que só alimenta o orgulho egoísta

(E eu disse: Oh)

Tudo o que estamos mantidos em cativeiro

Fora do sol

Um sol que brilha em apenas alguns

Ele andava de um lado para o outro tentando se acalmar, a situação estava se tornando insuportável na sede da Revolução desde que ele havia mudado enfim a sua percepção sobre o verdadeiro significado dos atos praticados pela organização da qual fazia parte. Além disso, ele tinha que focar nos preparativos da sua nomeação como Dux, que estava se aproximando rapidamente.

Mas nem mesmo as inquietações sobre o futuro incerto que lhe aguardava eram sua principal preocupação no momento, e sim o sumiço repentino de seu irmão mais novo.

Aquele mimado inconsequente, Miguel resmungou em pensamento.
Ele se retirou da reunião de alinhamento estratégico da que participava naquela manhã, juntamente com outros membros nobres, assim que se encerrara mais uma discussão sem fundamentos, para então sair em disparada para os aposentos de seu irmão e averiguar se ele não havia feito exatamente o que lhe havia proibido. Seu irmão possuía uma tendência de fazer exatamente aquilo que lhe era negado.

Em sua mente, a reunião não passava de um borrão sem sentido. Ele não havia falado muito e só respondia quando era questionado diretamente, seus pensamentos estavam todos direcionados em seu irmão.
Se sentou na poltrona analisando a situação, procurando uma alternativa para resolver seu problema enquanto suas mãos se emaranhavam nos fios negros de seus cabelos.

Henry havia ido ao encontro de sua namorada, ou seja lá como ele se referia a ela, sem sua companhia, como se não bastasse o local de escolhido como ponto de encontro, um armazém antigo em um dos bairros mais simplórios pertencentes à província de Érgaron. Ninguém desconfiava dos encontros que ocorriam há quase cinco meses, pois Miguel fazia questão de encobrir todos os vestígios das artimanhas, além de acompanhar Henry nessa loucura, fato que ainda realizava já que fizera questão de criar desculpas para a ausência do garoto no café e nos treinos daquela manhã.

Se alguém chegasse a desconfiar das fugas da sede da Revolução que os irmãos Lancers faziam, para se dirigir até a província mais precária de Ergáron e conhecer as terras das quais viriam comandar, provavelmente receberiam uma punição severa, e não queria nem imaginar o que fariam com Henry se descobrissem seu envolvimento com um dos moradores de lá.
Não enxergava nada de errado no relacionamento de Henry com a garota provinciana, entretanto para os nobres mesquinhos com quem conviviam e principalmente para o Salus Populi, atual líder e governante da jurisdição, isso seria considerado o mais ultrajante dos insultos aos princípios e regimentos revolucionários.

Apoiou a cabeça no encosto da poltrona se dando conta de que teria que descobrir o paradeiro do seu irmão tolo sem ajuda alguma daqueles que o rodeavam, para que assim evitasse a descoberta do desaparecimento de seu irmão.

Seu subconsciente lhe sussurrava as piores sugestões do que faria se alguém houvesse ao menos tocado em um fio de cabelo de seu irmão, e para ele não havia dúvidas de que se algo houvesse acontecido ao mais jovem faria questão de tornar cada uma das bárbaras sugestões realidade.

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