Julho Ribeiro
Acordar cede, sendo que eu poderia estar todo enrolado na minha coberta nos braços do meu namorado, isso é um saco, só não xingo bem alto nesse exato momento pois Ana está a minha frente toda jogada no tapete brincando com alguns carros e bonecas, nessas horas eu sou um ótimo amigo, pode até me chamar de creche, ficar com a filha do meu amigo pelo dia inteiro para ele transar com o namorado, é, acho que ele tem que fazer uma escultura em minha homenagem, eu mereço demais, não que eu não goste da minha sobrinha, eu aprendi a amar esse pequena, só que ao invés de ser eles, podia ser a gente, transando pelo dia inteiro, eu diria que estou com invejo, muita inveja.
Olho pelo pequeno corredor que dar até a cozinha, sei que Juliano está preparando a papinha de Ana. Deixo ali entretida, e entro na cozinha, vendo-o de costas para mim, ele está na pia com o pratinho de comida de Ana ao lado enquanto espreme umas laranjas para o suquinho dela, ver todo esse homão tendo uma delicadeza para preparar a comidinha de Ana quase me faz rir, eu amo tudo nele, sua pele morena, seus cachos no topo na cabeça, me dar vontade de ficar mexendo nas mechas por horas, ele é tão perfeito, tão...não encontro palavras para definir tamanha beleza desse homem senhor. Devagar eu chego por trás dele e abraço sua cintura, ele dar um pequeno pulo pelo susto, e eu beijo suas costas rindo dele.
-Que susto amor.
-Eu percebi.
-Onde está Ana?
-Ficou brincando no tapete. - Ele termina de espremer a fruta e coloca no copinho branco com a figurinha do Olaf na frente, fechando o copo ele liga a torneira e lava as mãos.
-Está tudo pronto por aqui. Agora você a alimenta. - Fala enquanto se vira dentro do meu abraço, deixando um selinho em meus lábios.
-Porque eu? Porque não você?
-Eu até tentei, da última vez, a uns dias atrás, não lembra? - Mordo meus lábios para não rir quando a memória me acerta em cheio. - Eu quase tomei um banho de suco, fora o feijão que veio parar até na minha sobrancelha.
-Tá bom, eu entendi, eu dou a comida a ela. - Falo rindo. - Mas também amor, você queria ensinar ela a comer sozinha e entregou a colher na mão dela.
-Ela já tem um ano, é bom ir aprendendo essas coisas, comer sozinha é uma coisa essencial. - O beijo, agarrando com mais força sua cintura.
-Disse bem, um ano, ela só quer saber de bagunça, ela nem sabe o significado de essencial. - Ele revira os olhos.
-Tá bom senhor sabe tudo.
-Eu não sei de nada.
-Ah não? Falando assim parece um pedagogo. - Ele se afasta de mim, indo em direção a sala. - Vou buscar a pestinha, ainda temos que ir no shopping, preciso comprar umas roupas e meus sapatos pra dança. Aproveitamos e levamos ela a um passeio. - Ele some pela porta, e eu grito.
-Sim senhor.
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Estamos andando pelo shopping, na verdade, Ana está correndo enquanto Juliano está atrás dela, acho a cena até que fofa, então passamos por uma joalheria.
-Ela anda demais meu deus. - Meu namorado fala em minha frente enquanto mantém os olhos na pequena que tem um pequeno balão dos Backyardigans nas mãos, ela olha tudo bem animada. - Onde vamos almoçar? - Ele pergunta me entregando suas sacolas e pegando Ana no colo.
-Onde você quiser.
-Tem aquele perto da saída, vi que tem um parquinho lá, vai dar pra gente comer tranquilos enquanto Ana brinca. - Fala enquanto tenta soltar uma das mãos de Ana de seus lindos cachos.
-Ok, ah, lembrei que tenho que comprar uma coisa, já passamos pela loja, você pode ir na frente com Ana e pegar uma mesa? - Seus olhos focam em me e lhe dou meu melhor sorriso.
-Volta logo, por favor, não posso lidar com ela sozinho. - Eu deixo um selinho em seus lábios, passando as sacolas de volta para ele.
-Prometo voltar logo. - Ele se vai, parece um pai, e tenho vontade de rir, cheios de sacolas e um bebê no colo.
Quando ele some das minhas vistas eu volto alguns passos e paro em frente a porta de vidro da joalheria. Entro a passos vacilantes na loja, olhando alguns anéis nas vitrines.
-Precisa de ajuda? - Olho para o lado, vendo uma linda moça, seus cabelos pretos e longos, os cachos caindo por seus ombros.
-Eu acho que preciso de alianças de noivados
-Acha? - Ela rir e eu a acompanho.
-Tenho certeza.
-Venha comigo por favor. - Ela se direciona até o balcão, colocando sobre os mesmos vários modelos de alianças.
Passo alguns minutos ali com ela, até que acho a perfeita.
Depois de tudo acertado e dividido em 5x vezes no meu cartão, até porque, ninguém aqui é rico. Acabo saindo da loja com a caixinha no meu bolso, alguns minutos acabo encontrando o restaurante, olho ao redor e vejo Juliano sentado na mesa mais próxima do pequeno parquinho, vejo Ana correndo com algumas outras crianças, quando ele me nota, sorrir para mim, me sento ao seu lado.
-Demorou. - Me olha desconfiado.
-Não foram nem 20 minutos.
-Mas demorou. Ana quase chora porque uma menina trombou nela, por pouco não consigo fazer ela não chorar.
-Você é inteligente, tenho certeza que daria conta.
-Você faz muito de mim meu bem.
-Claro que faço. - O puxo para próximo de mim, beijando sua boca. - Você é perfeito. - Ele sorrir, comemos nosso almoço mantendo uma conversa animada, e um olho em nossa pequena menina.
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Horas se passaram, são exatamente 4 horas da tarde, em duas horas vamos levar Ana em casa, foi um dia repleto de brincadeira divertidas e muitas risadas, acho que me peguei querendo ser pai, não que eu queira nesse minuto, mas quem sabe daqui uns anos eu adote um pequeno? Mas bom, isso não é assunto para agora. Estamos eu e Juliano deitados no sofá aproveitando que nossa pequena hóspede está dormindo para assistir a um filme qualquer. Estou muito bem acomodado no peito do meu amor.
-Será que eles passaram o dia todo transando? - Olho para ele e rio.
-Haja disposição hein. O que eles pensam que são? Dois leões?
-Acho que eles são muito jovens.
-Mas nós também somos. - Falo passando minha mão por debaixo da sua camisa.
-É, somos sim, acho que podíamos aproveitar que Ana está dormindo. - Ele diz se aproximando mais e deixando alguns beijos em meu pescoço e garganta, enquanto sua mão aperta com vontade minha bunda, um gemido baixo sai de mim.
-Amor, ela pode acordar a qualquer minuto. - Minha voz sai com dificuldade.
-Não vai. - Quando ele desabotoa minha calça e está prestes a desce-la escutamos um choro ao longe.
Suspiramos fundo saindo da nossa pequena bolha de tesão.
-Acho que agora entendi porque eles pediram para ela ficar aqui. - Fala se levantando e indo até o quarto.
Eu respiro fundo, colocando minha roupa no lugar e seguindo atrás dele.
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De Repente...VOCÊS! - Romance gay
Romance(Essa estória contém conteúdo adulto, não recomendado para menores de 18 anos) --------- O que você faria quando do nado seu irmão mais velho aparecesse na sua porta com sua linda filha de apenas 1 ano lhe pedindo ajuda depois de saber que a esposa...