Capítulo 3 ♡

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Fernando Mendez

Os últimos dias se passaram rápidos, apenas eu e Ana, na companhia um do outro.

O que me faz lembrar que dois dias atrás ela teve uma forte febre, eu fiquei desesperado, não sabia como agir, apenas a coloquei no carro e a levei para o pediatra que sempre cuidou dela. Mas a febre não era nada demais, foi apenas um susto, e que susto. Mas voltamos para casa, e hoje ela está muito bem, sem nenhuma febre.

Vou ter que levá-la comigo ao teatro em que vou ter que fotógrafar. Julho iria ficar com ela, estava acertando com ele ontem, mas a noite surgiu um trabalho para ele, acho que os destino está bricando comigo, estava tudo certo, mas do nada, ao acaso, alguém precisava que Julho fosse fotógrafar um casamento. Então acabou de que Ana terá que ir comigo de qualquer jeito, por um lado é bom, mas tempo ao lado da minha menina, por outro, tenho certeza que ela não vai se contentar com apenas um pouco da minha atenção, pois vou está ocupado e terei de a manter presa no carrinho. Será trabalhoso, mas não posso fazer nada, não tenho outra opção.

Uma hora depois, estamos nos dois ja vestidos, coloco Ana em sua cadeirinha no banco de tras e sigo para o teatro.

Estaciono o carro numa vaga, e coloco Ana no bebê conforto, entro no teatro e me indentifico como o fotógrafo, logo o cara que dirige toda a peça, que eu não faço idéia de como se chama, me apresenta tudo, e algumas pessoas que iriam participar da apresentação, faltou apenas o dançarino principal que vai fazer par romântico com uma moça que é a bailarina principal também, ela estava um pouco atrasado.

Todos acharam Ana muita fofa, e não pude impedir o sorriso besta meus lábios.

Passado as apresentações, faltava pouco para começar.

Preparei minha câmera, e um lugar bom num dos espaços vazios atrás das cadeiras e com uma vista boa do palco, deixei o bebê conforto sobre uma cadeira vazia e me posicionei.

A peça começa, uma música clássica começa tocar, os bailarinos fazendo movimentos lentos e graciosos. Capturo cada cena cheio de admiração pela dança espetacular.

Mas as luzes se apagam, e depois volta a se acender, começa a tocar a música Can I be him de James Arthur no instrumental, e a luz foca num único homem de cabeça baixa no centro do palco. Me pego hipnotizado pela cena, dou um zoom na câmera e capturo a sombre de seu rosto, tudo muito misterioso. Mas quando começa um novo acorde mais rapidinho, o homem levanta sua cabeça, seus olhos pretos me pegando de cheio, parece que ele focou em mim, na lente da minha câmera, é como se ele estivesse olhando diretamente para mim, dançando para mim. Seus movimentos calmos e precisos, quando a mulher aparece e eles começam uma dança fascinante juntos. Mas só consigo olhar para os movimentos daquele homem, uma agitação estranha em meu peito, meu corpo se ascendendo com as curvas acentuadas naquela roupa apertada, meu Deus. O que está acontecendo aqui? Quem é esse homem?

Ele rodopia a mulher no ar, e a música a acaba com eles se encarando. Engulo em seco ao ver seus cabelos loiros cairem por sua testa suada quando ele se curva para agradecer os aplausos. Tiro mais fotos, agora focando nos dois se curvando.

Mas aproximo minha lente de seu rosto quando ele se levanta, o zoom mostrando seu cabelo sobre seus olhos, olhos esses que estão focados em mim, então eu aperto o botão, eternizando esse olhar maravilhoso.

Mas será mesmo que ele está olhando para mim? Eu estou muito longe para que ele possa ter me notado. Será coisa da minha cabeça? Ele deve está olhando para o público, isso mesmo.

Logo os dois saem e começa a última parte da apresentação. Fotógrafo tudo aquilo e tento não lembrar dos olhos pretos que me deixou duro e de coração  acelerado.

De Repente...VOCÊS! - Romance gayOnde histórias criam vida. Descubra agora