Bruno França
Torço minhas mãos em nervosismo, estava em casa descansando com Ana quando me ligaram do hospital, senti logo todo meu corpo tremer, pensando ser uma notícia ruim, já me sentir mal, mas quando a voz calma da mulher que estava do outro lado da linha falou que Fernando tinha acordado, primeiro fiquei sem reação, e logo depois comecei a chorar, baixinho para não passar essa vergonha na frente de um desconhecido, então depois veio o desespero de saber que ele estava sozinho em um lugar desconhecido, então liguei apressado para Juliano, sabia que ele e Julho não negariam meu pedido de vir cuidar de Ana, então assim que deixei minha filha com pessoas de minha total confiança, corri e vim para o hospital dar toda a minha atenção ao meu amor.
Estou no quarto em que ele vai ficar até amanhã, nesse momento ele está fazendo vários exames que a enfermeira explicou, então amanhã quando o médico estivesse com os resultados de todos eles em mãos e estivesse tudo ok com sua saúde, ele pode ser finalmente liberado. Estou aqui rezando para que tudo esteja no mais perfeito estado com a saúde dele.
Não sei quando tempo passou, apenas sai de meus pensamentos com a porta sendo aberta, então eu vejo seu corpo sobre uma maca, a enfermeira me olha, mas não consigo desviar meus olhos de seu rosto um pouco pálido, seus olhos estão fechados, e me pergunto se está tudo bem, meu coração acelera, minhas mãos começam a suar.
-Está tudo bem, ele apenas dormiu, foi muitos exames, ele se cansou. - Depois de examinar cada detalhe de seu rosto lindo, olho para a enfermeira, então noto dois homens igualmente vestidos de brancos, enfermeiros também, eles se aproximam mais da cama com a maca e passam o corpo adormecido do meu namorado para a cama, ele está vestido com as características roupas de hospital, a enfermeira o cobre e logo os dois homens se vão levando a maca.
-Mais tarde irei trazer o almoço dele, ele está bem, não se preocupe demais. - Ela sorri gentil e toca meu ombro.
-Obrigado. - Ela sai do quarto e fecha a porta.
-Acho que ela está interessada demais em meu namorado. - Ouço sua voz um pouco rouca, meu corpo treme, engulo a vontade de chorar. Não é o momento.
-Mal acordou e já está com ciúmes amor, não era eu o ciumento. - Finalmente me viro e encaro seus lindos olhos azuis, mordo com força meus lábios quando noto seus olhos cheios de lágrimas não derramadas, ele sorri pequeno.
-Eu pensei que nunca mais iria ver você, ou Ana. Eu, Bruno...- Ele chora, seu choro forte. Ele abre seus braços enquanto em encara, não consigo mais segurar as minhas próprias lágrimas, abaixo a cabeça. É real mesmo? Ele realmente está aqui. - Amor, por favor, eu preciso de você, preciso do seu abraço, por favor...- Levanto minha cabeça, sigo em sua direção e assim que estou próximo o suficiente ele me puxa para seus braços, minha cabeça se acomoda em seu peito, me sento na beirada da cama e o abraço de volta, sentindo seu calor, sentindo meu Fernando de volta, ele está aqui. Finalmente ele está aqui. Posso escutar seus soluços assim como sei que ele pode escutar os meus, choro pela saudade, pelo medo que sentir de perder o amor da minha vida.
Passados alguns minutos, estamos mais calmos, tiro minha cabeça de peito que bate desgovernado, não muito diferente do meu. Olho diretamente para as suas lindas pedras azuis, a qual chamamos de olho.
-Eu te amo. - Quero que isso seja a primeira coisa que ele escute de mim. Quero que ele veja em meu rosto, em minhas expressões, nas minhas palavras, o quanto eu o amo. Ele sorri lindamente, suas bochechas rosadas, olhos brilhantes.
-Eu também te amo Bruno.
-É bom saber disso. - Suas mãos se entrelaçam as minhas.
-Como está Ana?
-Ela está bem, não se preocupe, apenas sentiu sua falta, lógico.
-Como tudo aconteceu? - Eu respiro fundo.
-Apenas um acidente infeliz, adolescestes bêbados carros dos pais, foi uma bagunça, mas apenas você saiu pior, Ana por sorte saiu ilesa.
-Foi o que me disseram quando acordei chamando por ela e por você. - Seus olhos estão molhados novamente. - Imagina o que poderia ter acontecido Bruno, nossa filha é apenas um bebê, olha o que esse acidente fez comigo, se no meu lugar fosse Ana? O que atitudes impensadas podem fazer, não só com a próprias pessoas, mas com gente inocente ao redor. - Ele fala nervoso. O puxo para meus braços, em um abraço apertado do jeito que dá pela sua posição meio deitado e sentado na cama.
-Ei, está tudo bem, felizmente isso passou. Estamos todos bem, Ana está em casa com nossos amigos, vai ficar tudo bem.
Fico com ele em meus braços por uns longos minutos, aproveitando para matar as saudades.
-Ei, agora me toquei de uma coisa. - Ele fala um pouco baixo e se afasta de mim, mas calmo ele sorri.
-O que foi? - O olho desconfiado.
-Tem razão, o que passamos até aqui não foi nada bom, nada legal. E falo tanto da perda do meu irmão, quanto de tudo o que aconteceu depois, mas temos que olhar para o lado positivo sempre não é mesmo?
-Sim, isso mesmo.
-Às vezes podemos ficar tristes, é normal, é um estado da vida em que todos temos que passar, e mesmo que estejamos no pior, temos que aguentar e seguir em frente, temos que ser fortes, procurar ajuda quando não estiver mais suportável de levar sozinho.
-Isso amor, e saiba, você sempre vai me ter ao seu lado. Ok?
-Ok. - Ele sorri todo bonito e eu não posso deixar de me apaixonar mais ainda por ele, pelo sorriso, por tudo nele. - Maaas...- Ele sorri travesso.
-Mas o que? - Pergunto.
-O que eu realmente me toquei, foi que o senhor meu namorado não me deu um único beijo desde que me viu. - Ele aponta para os lábios e faz um pequeno biquinho.
-Amor, eu estava preocupado com sua saúde, se estava bem, não tive tempo de pensar em beijo.
-Mas bom, eu tive, estava morrendo de saudades da sua língua na minha.
-Meu Deus Fernando, você não está em condições para nada nesse momento. - Ele revira os olhos.
-Para um beijo eu estou sim.
Suas mãos me puxam para ele, seus braços me apertam a cintura quando estou perto o suficiente.
-Eu te amo, demais.
-Te amo meu Fernando.
Sorrio, e de bom grado lhe concedo espaço para que sua língua gostosa se enrosque na minha, minhas mãos cercam seu pescoço e me entrego no beijo mais gostoso que já dei em minha vida, todos os beijos dele tem esse sabor, sabor de que foi o melhor de todos.
Eu o amo, e estou realmente ansioso para que ele saia daqui e eu possa lhe pedir em casamento.
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Oi anjos, desculpas se demorei demais, prometo que logo tudo volta a ser atualizado com mais rapidez, acho que não estou boa da cabeça, pensei de novo que já tinha postado esse cap 🤡🤡 eu iria postar antes mesmo do cap 17 de Otávio, mds... Sério, preciso de tratamento.
Beijos, nos vemos em breve ;)
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De Repente...VOCÊS! - Romance gay
Romance(Essa estória contém conteúdo adulto, não recomendado para menores de 18 anos) --------- O que você faria quando do nado seu irmão mais velho aparecesse na sua porta com sua linda filha de apenas 1 ano lhe pedindo ajuda depois de saber que a esposa...